segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

Walter Forster




(Campinas, São Paulo em 23/03/1917 - São Paulo, 03/09/1996).

Walter Gerhard Forster era seu verdadeiro nome. Seu pai, Jacob Forster, era filho de alemães de origem irlandesa, e sua mãe, Ida Forster, era suíça do cantão alemão.

Em 1935, aos 18 anos, Walter Forster começou sua carreira artística, como locutor na Rádio Educadora de Campinas. Em 1937, mudou-se para São Paulo, onde trabalhou nas Rádio Bandeirantes, Difusora de São Paulo, Tupi, Nacional e Excelsior. Foi locutor, redator, rádio-ator e diretor de rádio-teatro .

Walter foi um dos pioneiros da Televisão Brasileira, participando ativamente de sua inauguração em 1950. Como era diretor artístico na Rádio Tupi, ajudou a formar o elenco para a televisão Tupi, PRF3. Foi dele a idéia de realizar a primeira novela para a televisão: “Sua Vida me Pertence”(1951).Escrita, dirigida e protagonizada por ele - onde fazia par romântico com a atriz Vida Alves -, a novela exibiu o primeiro beijo da televisão brasileira. Ainda na década de 50, Forster criou e dirigiu o primeiro programa feminino da televisão brasileira, “O Mundo é das Mulheres”, apresentado por Hebe Camargo. Trabalhou também na TV Paulista onde fazia dobradinha com Hebe Camargo no programa “Maiôs à Beira-Mar”.

Na década de 60, Forster trabalhou em “Beto Rockfeller”, a novela que revolucionou o gênero na televisão. Da década de 70 atuou em "Vitória Bonelli" (1972), "Ídolo de Pano" (1974),"O Profeta” (1977) e "Como Salvar Meu Casamento" (1979) . Na década de 80, Walter fez “Maçã do Amor” e “Helena”(da extinta Rede Manchete), entre outras obras como as mini-séries “Avenida Paulista” e “Memórias de um Gigolô”. Sua última participação em telenovelas foi no papel de um juiz, em “Sangue do Meu Sangue”(1995), do SBT. Walter fez sucesso também apresentando a versão nacional do programa “Acredite Se Quiser”.

No cinema, atuou na comédia “Toda Donzela tem um Pai que é uma Fera”, em “Os Paqueras” (1969), “Amor Estranho Amor” (1982) e “Eu”, ambos de Walter Hugo Khouri. Além de interpretar, criar e dirigir programas, ele presidiu a Associação dos Pioneiros da Televisão Brasileira.

Ganhou cinco vezes o Prêmio Roquette Pinto, como melhor intérprete, melhor ator-galã, melhor narrador de rádio, etc

Após a morte de sua esposa, em 1983, aposentou-se, realizando apenas algumas atividades com contratos mais curtos, como na TV Globo e na TV Vida.


Fonte:Museu da Televisão Brasileira, Cine TV Brasil, Imdb; Acervo de fotos Orias Elias, Acervo Rodolfo Bonventti.

Nenhum comentário:

Postar um comentário