sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Ivon Curi




(Caxambu, Minas Gerais em 05/06/1928 - Rio de Janeiro em 24/06/1995).

Aos 11 anos de idade, Ivon Curi venceu um concurso de calouros sua cidade. Começou a cantar profissionalmente na rádio local, na década de 40. Trabalhou no Laboratório Silva Araújo e foi vendedor de passagens da Panair.

Foi tentar a sorte no Rio de Janeiro, onde foi crooner da orquestra Zacarias, do hotel Copacabana Palace. Em 1947 foi contratado pela Rádio Nacional e em seguida pela Tupi. Ivon começou cantando 'La Vie em Rose' e 'Pigalle' e, ao gravá-las, estourou nas paradas de sucesso. Ficou bastante conhecido como intérprete de canções francesas, algumas de suas gravações mais populares eram "C'est Si Bon" e "La Vie en Rose". Na realidade, sua primeira gravação havia sido 'O Adeus', de Dorival Caymmi, que não obteve êxito comercial. Em 1948, Ivon era o astro do programa 'Ritmos da Panair', da Nacional. Na década de 50, foi eleito O Rei do Rádio e teve cinco de seus discos entre os dez mais vendidos do país, entre eles, 'Me Leva' (com Carmelia Alves), 'Farinhada', 'João Bobo', 'Feijão', 'Ta Fartando Coisa em Mim', 'Amendoim Torradinho' e 'Xote das Meninas'. Por essa época cantou ao lado dos maiores astros e estrelas da música brasileira.

Na década de 50 excursionou pelo Brasil e pela Europa, e desenvolveu suas aptidões para "one-man-show", cantando, contando piadas e histórias, fazendo mímica e etc. Em 1951, Watson Macedo levou-o para a Atlântida, onde participou dos filmes da fase áurea das chanchadas e transformou-se num popular humorista de rádio, cinema e televisão. Ivon gostava de cantar fazendo trejeitos e criou um estilo todo pessoal, que ficava entre o irreverente e o bem-comportado. Embora lançado como cantor galã, de voz pastosa, Ivon participou da comédia 'Aviso aos Navegantes' em 1951. Como o personagem era um tipo nobre, meio maneiroso, o público começou a fazer analogias, achando-o muito delicado. As fãs chegaram a escrever: 'Sendo como você é, você não deveria ter aparecido no cinema, pois acabaram-se os meus sonhos'.

Ivon chegou a sofrer um arranhão em sua carreira, com as gravações despencando nas vendas e contratos cancelados. Decidiu, então, encerrar a fase romântica e levou para o palco a imagem de homem alegre e piadista, lançando as cançonetas, mais interpretativas. Atuou também nos filmes 'É Fogo na Roupa', ao lado de Ankito e Adelaide Chiozzo, em 1952, 'Garotas e Sambas' , 'Adorável Inimigo? e 'Assim era a Atlântida' em 1975.

Em meados dos anos 60, teve início o movimento da Jovem Guarda e Ivon permaneceu nove anos sem conseguir gravar. Transformou-se em empresário da noite carioca, ao abrir o Sambão e Sinhá, restaurante-boate idealizado por ele e que tornou-se casa conceituada, onde frequentavam presidentes da República, ministros e embaixadores. Vendeu tudo em 1984 e passou a dedicar-se novamente à carreira artística. Fez 16 temporadas em Portugal, todas com estrondoso sucesso. Se apresentou em programas de televisão e gravou discos.

Falava fluentemente francês, inglês e espanhol e conheceu a Ásia, África, Europa e Américas. Famoso na 'Escolinha do Professor Raimundo' com o personagem Galdêncio, o gaúcho da fronteira, sem a cabeleira característica. Sua peruca ficou tão popular que inspirou Renato Aragão no bordão 'pelas perucas do Ivon Cury'. Na Rede Globo, ele também partipou da novela “Feijão Maravilha”, em 1979, interpretando o “Seu” Rachid. Em 35 anos de carreira, lançou seu 27º disco em 1994, 'Douce France', interpretando clássicos franceses.

Casado com Ivone Cury, deixou três filhos, Ivna, Ivana e Ivan.

Ivon Curi morreu aos 67 anos no dia 24 de junho de 1995.

Fontes: Site Cliquemusic, Astros e Estrelas - Fotos - Sites Diversos

Older Cazarré




(Pelotas, Rio Grande do Sul em 16/01/1935 - Rio de Janeiro em 26/02/1992).

  Ator, produtor teatral, diretor e dublador, Older Berard Cazarré nenhum cinema estreou em 1956, fazendo três filmes no mesmo ano: "Com Água na Boca", "Sai de Baixo" e "Samba na Vila".

  Em TV ele estrearia participando do TV de Vanguarda e depois de fazer TV Comédia.e Participou, na TV Tupi, das novelas "Hospital", "Na Idade do Lobo", "O Conde Zebra", "O Machão", "O Sheik de Ipanema "," Vila do Arco "," Canção para Isabel "e" O Julgamento ".

Na década de 1970 foi um dos atores mais atuantes do cinema nacional, participando de muitas comédias, as famosas pornochanchadas.

Na TV Globo estreou em 1979 fazendo "Feijão Maravilha depois" e "O Amor é Nosso", "Ti Ti Ti" e "O Direito de Amar".

  Cazarré foi atingido por uma bala perdida, enquanto dormia em seu apartamento, em Copacabana, e morreu a caminho do hospital, aos 57 anos, quinze dias antes de estrear uma peça "Das duas uma ..." escreveu mesmo que ele e produzia.

  Texto: Rodolfo Bonventti.

  Fontes: Globo, Captura de Imagens (Youtube)

 

quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

Chico Martins




(Machado, Minas Gerais, em 27/05/1924 - São Paulo em 23/04/2003).

O ator Francisco Martins, mais conhecido como Chico Martins, cursou uma Escola de Arte dramática (EAD), em São Paulo, entre 1954 e 1957. Depois de formado, atuou em importantes companhias teatrais da época como Arena e Teatro Brasileiro de Comédia. Mas o grupo no qual permaneceu mais tempo foi o Oficina, de 1961 a 1968, período fecundo na produção artística da Companhia. Sob direção de Zé Celso Martinez, que participou desde primeiras encenações, ainda influenciadas pela linguagem do TBC, como "A Vida Impressa em Dólar" e "Pequenos Burgueses" de até montagens mais inovadoras e polêmicas, como "O Rei da Vela". Foi também não Oficina que conheceu Etty Fraser, com que se Casou em 1963. Ambos foram homenageados por Zé Celso em "Celebração não Oficina", quando o casal dançou uma valsa na passarela do teatro.

Ao longo de sua carreira, atuou sob direção de nomes como Antunes Filho, Augusto Boal e Celso Nunes. Seus últimos trabalhos foram com o grupo TAPA. Além de "A Importância de Ser Fiel", atuou nas montagens de "A Megera Domada" (1994), "Ivanov" (1998) eo "Telescópio" (1999).

Atuou, ainda, em muitas novelas da TV Tupi e algumas da Globo, entre elas, "Meu Rico Português", "O Machão"; "Os Apostolos de Judas" e "Olhai os Lírios do Campo".

Sua última peça foi "A Importância de Ser Fiel", em 2002, em que contracenava com a mulher, Etty Fraser.

Chico Martins tinha câncer na próstata. Faleceu aos 78 anos, vítima de pneumonia.

Fontes: Site Teatrochik, O Estado de S. Paulo, Acervo Rodolfo Bonventti.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

Geraldo Del Rey




(Ilhéus,BA, 29/10/1930 - São Paulo em 25/04/1993).

O ator Geraldo Del Rey é formado pela Escola de Teatro da Universidade da Bahia, e ingressou no Teatro Oficina no início da década de 60.

Teve importantes participações nos palcos e na televisão, onde chegou a atuar em 25 novelas e outros tantos especiais.

Consagrou-se em 1962 por sua participação em "O Pagador de Promessas", filme brasileiro premiado com a Palma de Ouro em Cannes.

Além de "O Pagador de Promessas", Geraldo Del Rey foi protagonista em dois filmes clássicos brasileiros: "A Grande Feira", de 1961, e "Deus e o Diabo na Terra do Sol", de 1964, dirigido por Glauber Rocha. Outros filmes importantes foram: "Menino de Engenho"; "Lampião, o Rei do Cangaço" e "Ana Terra".

Era conhecido como o "Alain Delon brasileiro", devido a sua semelhança com o ator francês.

Na metade dos anos 60, Geraldo Del Rey passou a atuar na televisão, em diversas novelas. Em 1970, atuou ao lado de Regina Duarte em "Véu de Noiva", novela de Janete Clair.

No início dos anos 70, em virtude do seu engajamento político, foi mandado embora da Rede Globo e sua carreira entrou em declínio.

Del Rey fez também, as novelas "Lua Cheia de Amor", na Globo; "Pecado de Mulher" e "Anjo Marcado", na Excelsior.

Na Tupi estrelou "Roda de Fogo", em 1978 e antes perticipou de "Rosa dos Ventos". Na Bandeirantes, ele formou um trio médico, ao lado de Jorge Dória e Sebastião Campos ao protagonizar o Dr. Cláudio, em "O Todo Poderoso".

Em 1978, Geraldo chegou a trabalhar numa loja de aluguel de smokings e longos sofisticados. O ator se sentia à vontade ajudando os fregueses a experimentar os trajes e não via nenhum prejuízo à sua carreira artística.

Nos anos 90, voltou a Rede Globo. Sua última interpretação foi o jornalista Damasceno, na minissérie "Anos Rebeldes", produzida em 1992, cujo pano de fundo era a ditadura militar instalada no Brasil nos anos 60 e 70. Ainda na Bandeirantes participou da minissérie totalmemte rodada na Bahia, "Capitães da Areia".

Geraldo Del Rey faleceu aos 63 anos, vítima de câncer no pulmão, 25 de abril de 1993.


Fontes: Wikipedia, Site Cine Brasil - Multiplicar, Globo, Adoro Cinema, Sites Diversos, Acervo Rodolfo Bonventti.

terça-feira, 26 de dezembro de 2006

Rony Cócegas


Hamilton Kenji Kuniochi

(Salvador, Bahia em 1940 - São Paulo em 25/07/1999)

O ator e comediante Ronilson Nogueira Moreira, mais conhecido pelo pseudônimo Rony Cócegas, nasceu em Salvador.

Estreou na TV Excelsior em 1967 fazendo imitações no programa de Raul Gil, passando em seguida para a atração "Show do Riso". Desde então atuou em programas infantis e humorísticos como "Chico City", "Os Pankekas" e "A Praça é Nossa" e também no teatro e no cinema.

Seus personagens mais conhecidos foram o Lindeza (do famoso bordão "Calma, Cocada!") e o Galeão Cumbica, na Escolinha do Professor Raimundo.

Filmografia:
1985 - Rabo I
1980 - Os Paspalhões em Pinóquio 2000
1979 - Os Pankekas e o Calhambeque de Ouro
1977 - As Amantes de Um Canalha
1976 - Pura Como Um Anjo, Será... Virgem?
1969 - Amor em Quatro Tempos
1969 - Deu a Louca no Cangaço

Rony Cócegas faleceu aos 59 anos de idade, por insuficiência múltipla dos órgãos. Ele estava internado há 21 dias na Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital São Camilo, com sangramento gástrico, choque hemorrágico e insuficiência respiratória, decorrentes de alcoolismo. Na época, estava atuando na "Escolinha do Barulho", exibida pela Rede Record, onde interpretava o personagem Galeão Cumbica.

O corpo do humorista foi sepultado em Salvador.

Roni era casado com Irene Santana, com quem teve dois filhos (Rogerson e Robinson). Ele ganhou o apelido de Roni Cócegas na época em que tocava bateria na noite de Salvador.

Fontes: Sites Wikipedia; Geocities, Diário do Nordeste.

(LR)

Marina Montini




(Rio de Janeiro, 10/01/1948 – Rio de Janeiro, 20/03/2006).


Nasceu em Vila Isabel, filha única de pai exigente e mãe orientadora e orgulhosa, da filha, de seu charme. Foi ela quem a incentivou na formação artística. Marina fez balé clássico e até caratê, aprendeu a desfilar e após ser escolhida, Miss Renascença e Miss Guanabara, foi convidada para ser modelo da Bloch. Aí tudo começou e rápido. Vencedora de vários concursos de beleza, modelo preferida de Di Cavalcanti, manequim e atriz, carreira no Brasil e no exterior. Morou na Alemanha e na Itália. Foi retratada por uma série de desenhistas e pintores e pousou para os principais fotógrafos, nas terras por onde passou.

A modelo e atriz surgiu como rainha do bloco de embalo Bafo da Onça e foi lançada por Jair Taumaturgo num programa da TV-Rio. Em 1965, recebeu o título de Mulata Quarto Centenário e, já nos anos 70, ficou um ano em cartaz no Golden Room do Copacabana Palace, como dançarina e modelo do show Rio Zé Pereira. Depois, Ricardo Amaral a levou para a casa noturna que tinha no Champs Elysées, em Paris. Fez muito sucesso na década de 1970, quando foi capa das principais revistas do país, como a Manchete e Playboy.

Mas, a imortalidade veio mesmo pelas mãos do pintor Di Cavalcanti, de quem se tornaria uma das grandes musas. A primeira vez que Di Cavalcanti a viu foi num imenso outdoor anunciando pneus. Marina tinha 17 anos e era modelo. Com 1,80, boca carnuda e corpo exuberante, Marina posou durante sete anos para o pintor.

Marina fez alguns filmes, como "Pecado Mortal", "Os Paqueras", "Um Whisky Antes, um Cigarro Depois", entre outros. Participou também de produções italianas e americanas. Ela foi destaque em uma produção de Glauber Rocha em homenagem ao artista Di Cavalcanti. O teatro veio logo em seguida, junto com os shows do Abelardo Figueiredo.

Ela sofria de cirrose .Com o agravamento da saúde, e dificuldades financeiras, Marina passou oito meses morando no Retiro dos Artistas, em Jacarepaguá, entre 2003 e 2004. Segundo a direção da casa, ela chegou lá muito doente, por causa do álcool, mas conseguiu se recuperar.

Morreu aos 58 anos, vítima de insuficiência hepática. Marina morava no Leme, na zona sul do Rio, em companhia de uma amiga. Ela era viúva e não tinha filhos.

Fontes: Portais de notícias (Folha Online, Estadão, etc) , Jornal Copacabana , "Marisa Montini, a musa mulata" em www.booklink.com.br/arthurpoerner

sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

Elisa Fernandes




(Rio de Janeiro em 1950 - Rio de Janeiro, 02/01/1993).

Essa carioca do Bairro do Leblon começou a carreira no cinema. A estréia de Elisa Fernandes como atriz foi em 1970 no filme "O Meu Pé de Laranja Lima" como a irmã do personagem Zezé.

Logo depois, Elisa Fernandes participou do premiado filme de Paulo Porto, "Em Família" e fez, com Renato Aragão e Dedé Santana, "Ali Babá e os Quarenta Ladrões".

Fez, ainda, "O Descarte" com Glória Menezes e Ronnie Von e "Quem Tem Medo de Lobisomem?".

Na televisão, Elisa Fernandes ficou conhecida por interpretar jovens românticas em novelas de época como "Senhora", "Vejo a Lua no Céu", "A Escrava Isaura" e "Maria, Maria".

Seu último trabalho na TV foi na novela "Carmem" da TV Manchete.

Elisa Fernandes morreu de câncer, no Rio de Janeiro, aos 42 anos, no dia 02 de janeiro de 1993.


Fontes: Site Gilberto Braga online, Site Lucélia Santos, Acervo Rodolfo Bonventti, Site Mundo Latino.Ru; Site Globo Memória.

Vídeos relacionados:

Elisa Fernandes na novela "Vejo a Lua no Céu" - 1976

http://inmemorian.multiply.com/video/item/146

Simplício


Foto: Hamilton Kenji Kuniochi


(Itu, São Paulo em 05/10/1916 - Itu em 14/02/2004)

Francisco Flaviano de Almeida, mais conhecido como Simplício, foi um humorista brasileiro. Ele é o responsável pela fama de Itu como "a cidade onde tudo é grande".

Seu interesse pela carreira artística surgiu quando ele assistiu ao espetáculo de circo que passava pela cidade. Ele ficou impressionado a ponto de deixar sua cidade e ir embora junto com os artistas do circo, tornando-se um deles.

Com a companhia rodou o interior do estado de São Paulo e grande parte do país, acabando por conhecer o ator Manuel de Nóbrega, que o convidou para trabalhar na TV.

Já morando na cidade de São Paulo, passou a trabalhar em programas humorísticos nas rádios Cultura ("O Clube dos Mentirosos") e Piratininga ("Torre de Babel"). Ele fez parte do primeiro programa de humor da televisão brasileira, "A Praça da Alegria", veiculado pela TV Tupi e apresentado por Manuel de Nóbrega.

Simplício ainda passou pela Rede Record, Bandeirantes, Rede Globo e SBT. Foi na Rede Globo, em 1967, que ele começou a fazer o personagem que divulgava Itu como "a cidade onde tudo é grande" – o que começou como piada mas acabou virando marca da cidade, tornando Simplício muito querido entre seus conterrâneos.

Numa das clássicas cenas de seu personagem de Itu, este entrava em cena com a mulher, Ofélia, e dizia o texto (com um carregado sotaque interiorano): "Vai, Ofélia, diga para o homem de que tamanho é a abóbora lá de Itu!" – ao que a mulher respondia, abrindo os braços: "É deste tamanho!" – e ele retrucava, bravo: "Não Ofélia, não é a pitanga, é a abóbora!".

Seu último trabalho na televisão foi no programa "A Praça é Nossa" do SBT.

Antes da carreira artística, Simplício trabalhou como vendedor em um armazém e também numa fábrica de tecidos em Itu, além de ter sido pipoqueiro, engraxate, jornaleiro e vendedor de lanche nos trens.

Ele gostava muito de música e tocava bateria, e chegou a ser Secretário Municipal da Cultura e Turismo em Itu.

Simplício casou-se em 1959 com Helena Maria de Almeida e teve dois filhos, Francisco Alberto e Luiz Eduardo e vários netos.

Em uma de suas últimas entrevistas, Simplício contou que passou a ser chamado por esse apelido em sua estréia no circo, na cidade de Amparo, quando alguém o lembrou que ele precisava de um nome artístico. "Eu sempre fui um cara muito simples, quase simplório, aí começaram a me chamar de Simplício" – disse ele.

Simplício morreu aos 87 anos em um hospital em Itu, vitimado por uma hemorragia interna, decorrente da falência múltipla dos órgãos. O então prefeito de Itu, Lázaro Piunti, decretou luto oficial por três dias, e o orelhão e o semáforo gigantes da praça Padre Miguel (objetos inspirados pelo comediante e símbolos da cidade) amanheceram envolvidos por laços pretos. O comércio central trabalhou com as portas entreabertas, em sinal de luto.

Seu corpo foi enterrado no Cemitério da Saudade, em Itu, onde foi homenageado pela Prefeitura e pelo Corpo de Bombeiros.

Fonte: Wikipédia.

Texto: Rodolfo Bonventti

Tião Macalé




(Rio de Janeiro em 17/12/1926 - São José do Rio Preto, SP, em 26/10/1993).



Augusto Temístocles Silva, mais conhecido como Tião Macalé, ficou nacionalmente conhecido no programa humorístico "Balança Mais Não Cai", como o "crioulo difícil" ao lado da atriz Marina Miranda, a "crioula difícil".

Estreou no cinema em 1970, no filme "Os Caras de Pau", mas a grande base do seu trabalho foi no programa dos Trapalhões. Ainda no cinema, participou dos filmes:

1990 - O Mistério de Robin Hood
1988 - O Escorpião Escarlate
1983 - Atrapalhando a Suate
1983 - A Longa Noite do Prazer
1978 - As Mil e Umas Posições do Amor
1976 - Costinha o Rei da Selva
1976 - Com Um Grilo na Cama
1975 - Com as Calças na Mão
1975 - O Estranho Vicio do Dr. Cornélio
1975 - O Padre Que Queria Pecar
1974 - O Comprador de Fazendas
1974 - Café na Cama
1973 - Salve-se Quem Puder
1970 - O Impossível Acontece
1970 - Os Caras de Pau


Foi num comercial para o supermercado Disco que o artista consagrou a expressão "nojento".

No final de 1992, sofreu um derrame e passou a trabalhar com dificuldade.

Faleceu aos 67 anos de idade, vítima de infecção pulmonar.

Fonte: Adoro Cinema Brasileiro - Fotos Sites Diversos

(LR)

terça-feira, 19 de dezembro de 2006

Adoniran Barbosa




(Valinhos, São Paulo em 06/08/1910 - São Paulo em 23/11/1982).

O cantor, compositor e ator João Rubinato, verdadeiro nome de Adoniran Barbosa, nasceu na cidade de Valinhos.

Ele Achava que João Rubinato não era nome de cantor de samba. Resolveu mudar. De um amigo pegou emprestado Adoniran e, em homenagem ao sambista Luiz Barbosa, adotou seu sobrenome. Foi assim que Adoniran Barbosa tornou-se um dos maiores nomes do Cancioneiro popular brasileiro e uma das mais importantes vozes da população ítalo-paulistana.

Adoniran nasceu no interior de São Paulo. Filho de imigrantes italianos, abandonou os estudos ainda no primário para trabalhar. Foi tecelão, balconista, pintor de paredes e até garçom. No começo da década de 30, passou a freqüentar os programas de calouros da Rádio Cruzeiro do Sul de São Paulo.

Em 1933, depois de ser desclassificado inúmeras vezes devido à sua voz fanha, Adoniran conquistou o primeiro lugar nenhum programa de Jorge Amaral Cantando "Filosofia" de Noel Rosa. Em 1935, Compós, em parceria com o maestro e compositor J. Aimberê, sua primeira música "Dona Boa", eleita a melhor marcha do Carnaval de São Paulo naquele ano. Na Rádio Cruzeiro do Sul ficou até 1940, transferindo-se, em 1941, para a Rádio Record, um convite de Otávio Gabus Mendes. Ali começou sua carreira de ator participando de uma série de radioteatro intitulada "Serões Domingueiros".

Essa foi uma oportunidade para começar uma Adoniran criar sua galeria de personagens, sempre cômicos, como o Malandro Zé Cunversa ou Jean Rubinet, um gala de cinema francês. O linguajar popular de seus personagens encontrava par em suas composições. Uma maneira de compor sem se preocupar com a grafia correta tornou-se sua maior característica e lhe rendeu críticas de gente como o poeta e compositor Vinícius de Moraes. Adoniran não deu importância às declarações de Vinícius, tanto que musicou uma poesia do escritor carioca transformando-a na valsa "Bom Dia, Tristeza".

às críticas que recebia Adoniran rebatia: "só faço samba pra povo. Por isso faço letras com erros de português, porque é assim que o povo fala. Além disso, acho que o samba, assim, fica mais bonito de se cantar ".

Na Record, Adoniran conheceu o produtor Osvaldo Moles, responsável pela criação e pelo texto dos principais tipos interpretados por ele. Os dois trabalharam juntos durante 26 anos. Sem rádio, um dos maiores sucessos dessa parceria foi o programa "Histórias das Malocas", onde Adoniran representava o personagem Charutinho. O programa ficou no ar pela rádio Record até 1965, chegando a ter uma versão para a televisão. Os dois também dividiram a criação de vários sambas.

Dessa união nasceram, entre outros clássicos, "Tiro ao Álvaro" e "Pafúncia". Em 1945, Adoniran começou a atuar não cinema. Sua primeira participação foi nenhum filme "Pif-Paf", seguido de "Caídos do Céu", em 1946, ambos dirigidos por Ademar Gonzaga. Em 1953, atuou em "O Cangaceiro", de Lima Barreto.

O impulso na carreira de compositor veio em 1951, quando o conjunto demônios da Garoa saiu premiado do Carnaval paulista com o samba "Malvina", de sua autoria. No ano seguinte, eles repetiram o feito, agora, com a criação de Adoniran Barbosa e Osvaldo Moles, "Joga uma Chave". Começava ai mais uma parceria de anos na vida do compositor.

Como pequenas crônicas da vida paulistana criadas por Adoniran com sotaque peculiar, resultado da fusão das várias raças que escolheram um capital paulista como morada, tornaram-se conhecidas em todo Brasil na interpretação dos demônios da Garoa. "Saudosa Maloca", que o próprio autor havia gravado sem sucesso em 1951, foi registrada por eles em 1955 e garavada por Elis Regina nos anos 70. Do mesmo ano é a gravação de "O Samba do Arnesto". Mas foi "Trem das Onze", de 1964, seu maior sucesso. Em 1965 uma composição não foi premiada Carnaval do Rio de Janeiro. Além dos demônios da Garoa, o samba recebeu uma versão da cantora baiana Gal Costa.

Em 2000, foi escolhida pela população de São Paulo, em um concurso organizado pela Rede Globo, como a música que mais representa a cidade. A partir de 1972, Adoniran começa a trabalhar em televisão. No início eram apenas bicos como "cobaia" para testes de câmera.

Em seguida, começou a atuar em programas humorísticos como "Ceará Contra 007" e "Papai Sabe Nada" da TV Record, além de ter participado das novelas "Mulheres de Areia" e "Os Inocentes". Seu primeiro disco individual só foi gravado em 1974, seguido por outro em 1975, eo último em 1980, este com a participação de vários artistas: Djavan, Clara Nunes, Clementina de Jesus, Elis Regina, os grupos Talismã e MPB-4, entre outros, participaram do registro em homenagem aos seus 70 anos.

Os três discos levam apenas o nome Adoniran. Adoniran Barbosa morreu aos 72 anos, pobre e quase esquecido. No momento de sua morte estavam presentes apenas sua mulher, Matilde Luttif, e uma irmã dela. Boêmio, com direito a mesa cativa não salão principal do Bar Brahma, um dos mais tradicionais de São Paulo, Adoniran passou os últimos anos de sua vida triste, sem entender o que tinha acontecido à sua cidade. "Até a década de 60, São Paulo ainda existia, depois Procurei mas não achei São Paulo. O Brás, Cadê o Brás? E o Bexiga, Cadê? Mandaram-me procurar uma SE. Não achei. Só vejo carros e Cimento Armado. "

Fonte: Site UOL Almanaque Folha - Fotos: Sites diversos

Mussum




(Rio de Janeiro em 07/04/1941 - São Paulo em 29/07/1994).

Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum, nasceu no Morro da Cachoeirinha, no Rio de Janeiro.

Ele foi criado lá com muito sacrifício, mas estudou 9 anos num colégio interno, recebendo um diploma de ajustador mecânico.

Teve uma carreira militar de 8 anos nas Forças Armadas onde chegou a cabo da Aeronáutica e ao mesmo tempo participava com a Caravana Cultural de Música Brasileira de Carlos Machado. Fez parte do grupo "Os Originais do Samba" e viajou com eles por quase todo o mundo. Foi participando de programas musicais na TV Record, no final da década de 60, que ganhou o apelido de Mussum, dado por Otelo Zeloni. Quando Mussum foi convidado pra ser um Trapalhão, não queria aceitar de jeito nenhum, pois ele achava que "artistis de tevê tinha que pintar a cara e isso não era coisa de homem".

Foi seu amigo Dedé Santana que insistiu para ele aceitar o convite em 1969 e Mussum passou a integrar o programa "Os Insociáveis", na época na TV Record, que logo passou a se chamar "Os Trapalhões" e que terminaria tornando-o muito famoso em todo o país.

Participou de 27 filmes com Os Trapalhões, além de mais de vinte anos de participações televisivas, através das quais imortalizou o seu modo particular de acrescentar as terminações "is" ou "évis" a palavras arbritrárias (ex: forévis, ônibusis, coraçãozis) e pelo seu inseparável mé (gíria para cachaça, que na verdade quer dizer mel).

Em 1984, ele, Dedé e Zacarias brigaram com Renato Aragão e realizaram um filme e gravaram alguns programas sem Renato Aragão. Mas as pazes vieram seis meses depois e quarteto se manteve unido até a morte repentina de Zacarias.


Mussum faleceu ao não resistir a um transplante de coração.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

Walter Forster




(Campinas, São Paulo em 23/03/1917 - São Paulo, 03/09/1996).

Walter Gerhard Forster era seu verdadeiro nome. Seu pai, Jacob Forster, era filho de alemães de origem irlandesa, e sua mãe, Ida Forster, era suíça do cantão alemão.

Em 1935, aos 18 anos, Walter Forster começou sua carreira artística, como locutor na Rádio Educadora de Campinas. Em 1937, mudou-se para São Paulo, onde trabalhou nas Rádio Bandeirantes, Difusora de São Paulo, Tupi, Nacional e Excelsior. Foi locutor, redator, rádio-ator e diretor de rádio-teatro .

Walter foi um dos pioneiros da Televisão Brasileira, participando ativamente de sua inauguração em 1950. Como era diretor artístico na Rádio Tupi, ajudou a formar o elenco para a televisão Tupi, PRF3. Foi dele a idéia de realizar a primeira novela para a televisão: “Sua Vida me Pertence”(1951).Escrita, dirigida e protagonizada por ele - onde fazia par romântico com a atriz Vida Alves -, a novela exibiu o primeiro beijo da televisão brasileira. Ainda na década de 50, Forster criou e dirigiu o primeiro programa feminino da televisão brasileira, “O Mundo é das Mulheres”, apresentado por Hebe Camargo. Trabalhou também na TV Paulista onde fazia dobradinha com Hebe Camargo no programa “Maiôs à Beira-Mar”.

Na década de 60, Forster trabalhou em “Beto Rockfeller”, a novela que revolucionou o gênero na televisão. Da década de 70 atuou em "Vitória Bonelli" (1972), "Ídolo de Pano" (1974),"O Profeta” (1977) e "Como Salvar Meu Casamento" (1979) . Na década de 80, Walter fez “Maçã do Amor” e “Helena”(da extinta Rede Manchete), entre outras obras como as mini-séries “Avenida Paulista” e “Memórias de um Gigolô”. Sua última participação em telenovelas foi no papel de um juiz, em “Sangue do Meu Sangue”(1995), do SBT. Walter fez sucesso também apresentando a versão nacional do programa “Acredite Se Quiser”.

No cinema, atuou na comédia “Toda Donzela tem um Pai que é uma Fera”, em “Os Paqueras” (1969), “Amor Estranho Amor” (1982) e “Eu”, ambos de Walter Hugo Khouri. Além de interpretar, criar e dirigir programas, ele presidiu a Associação dos Pioneiros da Televisão Brasileira.

Ganhou cinco vezes o Prêmio Roquette Pinto, como melhor intérprete, melhor ator-galã, melhor narrador de rádio, etc

Após a morte de sua esposa, em 1983, aposentou-se, realizando apenas algumas atividades com contratos mais curtos, como na TV Globo e na TV Vida.


Fonte:Museu da Televisão Brasileira, Cine TV Brasil, Imdb; Acervo de fotos Orias Elias, Acervo Rodolfo Bonventti.

domingo, 17 de dezembro de 2006

Monique Alves




(Rio de Janeiro, 07/08/1962 - Rio de Janeiro, 29/08/1994)


Monique Alves Atuou nas novelas "Meu Bem, Meu Mal" (1990), "Pacto de Sangue" (1989), "A Máfia no Brasil" (1984) (minissérie), "Partido Alto" (1984), "Pão Pão, Beijo Beijo "(1983) e" Sétimo Sentido "(1982).

No cinema, fez Monique Alves "Rockmania" (1986), "Amenic - Entre o Discurso ea Prática" (1984 e) "Aventuras de um Paraíba" (1982).

Monique Alves morreu em 1994 em virtude de complicações por causa de uma leucemia. Ela se submeteu a dois transplantes de medula, um outro em Paris e não Instituto do Câncer, no Rio de Janeiro.

Foi casada com o diretor Dênis Carvalho, com quem teve uma filha.


Fontes: Wikipédia e Site Dênis Carvalho, Arquivo Rodolfo Bonventti e Captura de Imagens (Youtube)

Geny Prado




(São Manuel, São Paulo em 14/07/1918 - São Paulo em 17/04/1998).

Se Mazzaropi representa o ideário caipira no Cinema Brasileiro, Geny Prado, com certeza, representa o seu contraponto feminino, ao atuar em mais de 15 filmes ao lado do genial comediante. É a nossa mais querida "caipira" do Cinema Nacional.

Geny Prado começou sua carreira sem rádio, como atriz, na década de 40. Nesse veículo, conhece Amácio Mazzaropi, e os dois iniciam então uma parceria de sucesso também na televisão e no cinema. Com seu personagem Jeca, Mazzaropi se torna um dos artistas mais amados pelo público popular, e com Geny Prado como sua esposa, uma mulher do Jeca, faz uma dobradinha inesquecível não cinema nacional. Geny Prado constrói carreira de sucesso também em novelas, onde atua em quase trinta títulos, sobretudo na Rede Tupi. Sua estréia cinematográfica não se dá em 1959, em `Chofer de Praça`, primeiro filme produzido por Mazzaropi e dirigido por Milton Amaral.

Com Mazzaropi, Geny Prado participa de inúmeros sucessos como `Jeca Tatu`, `Tristeza JCA fazer `,` Um Caipira em Bariloche `,` Jeca Contra o Capeta `,` O Jeca ea Freira ' `O Jeca ea Égua Milagrosa`, entre outros. Em 1985, o universo de seus filmes recebe uma deliciosa homenagem do cineasta André Klotzel em `A Marvada Carne", um dos melhores filmes brasileiros, e que marcou uma Despedida da atriz das nossas telas.

Geny Prado morreu aos 79 anos no dia 17 de abril de 1998.


Trabalhos no cinema:
`Chofer de Praça` (1959), de Milton Amaral;
- `Jeca Tatu` (1960), de Milton Amaral;
- `Como Aventuras de Pedro Malazartes" (1960), de Amacio Mazzaropi;
- "Zé do Periquito '(1960), de Amácio Mazzaropi e Ismar Porto;
-" Tristeza do Jeca »(1961), de Amacio Mazzaropi;
-` O Vendedor de Lingüiças »(1962), de Glauco Mirko Laurelli;
- »Casinha Pequenina" (1963), de Glauco Mirko Laurelli;
- `O Lamparina" (1964), de Glauco Mirko Laurelli;
- `Meu Japão Brasileiro` (1965) , de Glauco Mirko Laurelli;
- `O Jeca e a Freira" (1968), de Amacio Mazzaropi;
-"No Paraíso das Solteironas (1969), de Amacio Mazzaropi;
- "Golias Contra o Homem das Bolinhas "(1969), de Victor Lima;
-» Betão Ronca Ferro », de Geraldo Affonso Miranda e Pio Zamuner;
-` Um Caipira em Bariloche »(1973), de Amacio Mazzaropi e Pio Zamuner ;
- `O Jeca Contra o Capeta" (1976), de Amácio Mazzaropi e Pio Zamuner;
- `Jecão ... Um Fofoqueiro não Céu "(1977), de Amácio Mazzaropi e Pio Zamuner;
-` O Jeca e seu Filho Preto "(1978), de Berilo Faccio e Pio Zamuner;
-` A Banda das Velhas Virgens » (1979), de Amacio Mazzaropi e Pio Zamuner;
- `O Jeca ea Égua Milagrosa" (1980), de Amacio Mazzaropi e Pio Zamuner;
- `A Marvada Carne» (1985), de André Klotzel.


Fontes: Site Mulheres do Cinema Brasileiro, do site Adoro Cinema Brasileiro, Site Mazzaropi, Acervo Rodolfo Bonventti, Captura de Imagens (Youtube).

Carlos Imperial




(Cachoeiro do Itapemirim, Espírito Santo em 24/11/1935 - Rio de Janeiro em 04/11/1992)

Carlos Eduardo Corte Imperial em 1943 muda-se com a família para o Rio de Janeiro. Foi jornalista, compositor, ator, produtor de cinema e político.

Estréia como ator no cinema em 1957 no filme "Canjeré", participando nas décadas seguintes de inúmeros outros, como "Asfalto Selvagem" (64); "A Noiva Da Cidade" (78); "A Viúva Virgem" (72) e "Banana Mecânica" (74).

Já no início da década de 60, é asssistente de direção de J.B.Tanko em alguns filmes.

No final da década de 60 ele fundou o Clube da Pilantragem com Jece Valadão, Rui Guerra e Hugo Carvana. Já na década de 80 ele criou o Clube dos Machões em contraponto ao movimento feminista.

Em 1968, Carlos Imperial enviou para amigos, inimigos, personalidades e autoridades do governo militar um cartão de Natal com a foto dele sentado em uma privada com as calças arriadas. A brincadeira rendeu uma temporada no presídio de Ilha Grande.

Em 1972 produz para o teatro "Um Edifício Chamado 200" e "Check-Up".

Em 1974 funda a CIPAL, produtora de seus filmes dali em diante.

Ë o responsável pelo lançamento dos artistas Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Wilson Simonal, Gretchen, entre outros. Eclético, faz de tudo um pouco. De temperamento polêmico e difícil, é amado e odiado, mas ninguém, nem mesmo seus inimigos, negam seu talento artístico.

Foi dono de conjunto musical, cantor e pianista de boate, compositor, produtor de discos, descobridor de talentos, jornalista, radialista, produtor e diretor de TV, produtor e diretor de teatro.

Carlos Imperial contou em uma entrevista que criou a imagem do pilantra e brincou com com o estabelecido e as tradições.

Ele também foi vereador no Rio de Janeiro em duas legislaturas pelo PDT, sendo o mais votado da cidade em 1984. Foi casado duas vezes e teve dois filhos, Marco Antonio e Maria Luiza.

Faleceu aos 56 anos de idade, de infecção generalizada, após ser internado com problemas cardíacos e ter feito uma cirurgia para a extração de um órgão que recobre os grandes vasos da base do coração.

Fontes: "Astros e Estrelas do Cinema Brasileiro", de Antônio Leão da silva Neto, malditosfilmesbrasileiros.blogspot.com (Remier e Denilson Monteiro), Site Adoro Cinema Brasileiro, Acervo Rodolfo Bonventti .

(LR/RB)

Martim Francisco




(Brasópolis, Minas Gerais em 1924 - Rio de Janeiro em 1989).

O ator e humorista Martim Francisco nasceu em Minas Gerais e ainda criança se mudou para o Rio de Janeiro.Foi um dos primeiros atores da TV Tupi, passando depois pela TV Excelsior, TV Rio e TV Globo.

No cinema estreou em 1955 em um pequeno papel no clássico "Rio 40 Graus" e logo se emprenhou pelas comédias leves como "Maluco por Mulher", "Eu Sou o Tal", "A Ilha dos Paqueras" e "O Supercareta".

Seu personagem mais famoso foi na TV, o inesquecível Padilha do programa "Planeta dos Homens" na Rede Globo e quando morreu, aos 65 anos, vitimado por um câncer, ele participava do programa "Chico Anysio Show".

Texto: Rodolfo Bonventti.

Mazzaropi




(São Paulo em 09/04/1912 - São Paulo em 13/06/1981)

Filho de uma empregada doméstica e de um chofer de praça, Amácio Mazzaropi nasceu no Bairro de Santa Cecília, em São Paulo.

Em 1914, a falta de dinheiro e o espírito inquieto do pai, levam a família Mazzaropi de volta para Taubaté, de onde tinha saído, onde o pai vai trabalhar como operário têxtil na Companhia Taubaté Industrial - CTI.

Desde pequeno, Amácio revela vocação artística. No Grupo Escolar onde estudava tinha incrível facilidade para decorar poesias e logo vira o centro das atenções nas festas da escola como declamador-mor.

Amácio é matriculado no Ginásio Washington Luís. Em casa, estuda e decora textos do livro Lira Teatral. No monólogo Chico, imita um tipo caipira que agrada em cheio numa festa da escola.

Freqüenta os circos que passam pela cidade e não esconde sua vontade de se tornar ator circense. Os pais, contrários à idéia, o mandam para a casa do tio Domingos Mazzaropi, em Curitiba. O objetivo é distanciá-lo da “perdição” dos palcos dos circos. Trabalha como caixeiro da loja de casemira da família.

Aos 14 anos, Amácio retorna à São Paulo com o mesmo sonho de atuar no circo. Conhece o famoso Ferry, faquir do Circo La Paz, e, para desespero dos pais, começa a viajar com eles.

Em 1929, sem dinheiro, Amácio deixa o circo e volta para a casa dos pais em Taubaté. Torna-se tecelão da Companhia Taubaté Industrial.

Em 1931, Amácio volta a fazer teatro, agora como ator e diretor.

Com a efervescência cultural de 1932, Mazzaropi anima-se e estréia na Troupe Carrara, no cine Theatro Polytheama, em Taubaté, no papel de Eugênio Carvalho, na comédia HERANÇA DO PADRE JOÃO, de Baptista Machado. Em 1935, Amácio convence a família a seguir com a Troupe de teatro que criara. Os pais, persuadidos, viram atores, ajudam na administração e passam a realizar diversas turnês.

Em 1944, morre o pai de Mazzaropi, aos 56 anos.Quatro dias depois da morte do pai, Amácio estréia ao lado de Nino Nello no Teatro Oberdã, em São Paulo com a peça FILHO DE SAPATEIRO, SAPATEIRO DEVE SER.

Em 1945, instala o seu pavilháo em para São Paulo., no bairro de Santana e a casa vive cheia. Passa a morar no Tucuruvi, de onde virá o apelido “Bernard Shaw do Tucuruvi” numa alusão cômica ao famoso ator inglês.

Com o sucesso do pavilhão, Mazzaropi assina contrato com o Teatro Colombo, onde atua por mais de um ano.

Em 1946, Mazzaropi é convidado por Demerval Costa Lima, diretor da Rádio Tupi de São Paulo, para fazer o programa Rancho Alegre. A produção é de Cassiano Gabus Mendes e logo alcança grande audiência.

No fim do ano, assina contrato com a Companhia Dercy Gonçalves e atua ao lado da famosa atriz, na super revista SABE LÁ O QUE É ISSO?, de Jorge Murad, Paulo Orlando e Humberto Cunha, no Cine Theatro Odeon.

Em 18 de setembro de 1950, é inaugurada a primeira emissora de televisão brasileira, a TV Difusora de São Paulo, canal 3. Convidado para o show de estréia, Mazzaropi torna-se o primeiro humorista na TV. A direção resolve lançar o programa RANCHO ALEGRE com Amácio e a atriz Geny Prado.

Em 1951, os diretores Abílio Pereira de Almeida e Tom Payne estavam no Nick Bar, em São Paulo, quando viram Mazzaropi na TV. Resolvem chamá-lo para um teste na Companhia Cinematográfica Vera Cruz, onde filmou SAI DA FRENTE. Mazzaropi está com 39 anos.

Seguiram-se vários filmes: NADANDO EM DINHEIRO, CANDINHO, A CARROCINHA, O GATO DE MADAME, que marca a estréia de Odete Lara no cinema, O FUZILEIRO DO AMOR, O NOIVO DA GIRAFA, CHICO FUMAÇA, CHOFER DE PRAÇA, JECA TATU, AS AVENTURAS DE PEDRO MALASARTES, ZÉ DO PERIQUITO, TRISTEZA DO JECA, seu primeiro filme colorido, O VENDEDOR DE LINGÜIÇA, A CASINHA PEQUENINA, O LAMPARINA, MEU JAPÃO BRASILEIRO, O PURITANO DA RUA AUGUSTA, O CORINTHIANO, O JECA E A FREIRA, NO PARAÍSO DAS SOLTEIRONAS, UMA PISTOLA PARA DJECA, BETÃO RONCA FERRO, O GRANDE XERIFE, UM CAIPIRA EM BARILOCHE, O GRANDE XERIFE, PORTUGAL, MINHA SAUDADE, O JECA MACUMBEIRO, JECA CONTRA O CAPETA , JECÃO…UM FOFOQUEIRO NO CÉU, O JECA E SEU FILHO PRETO, A BANDA DAS VELHAS VIRGENS, O JECA E A ÉGUA MILAGROSA., seu 32º e último filme.

Em 1980, começou a produção de MARIA TOMBA HOMEM, obra jamais realizada.

Mazzaropi morreu em 13 de junho de 1981 aos 69 anos, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo e a causa mortis foi uma septicemia.

Sua mãe morreu em 1983, aos 91 anos.


Fontes: Site Mazzaropi, Site Adoro Cinema Brasileiro

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

Sadi Cabral




(Maceió in 10/09/1906 - São Paulo em 23/11/1986).

Sadi Souza Leite Cabral veio para o Rio de Janeiro ainda pequeno. Em 1923, ingressou na Escola Municipal dramática, onde iniciou sua carreira não teatro. Estreou profissionalmente em 1924, na Companhia de Abigail Maia, atuando em "secretário de Sua Excelência". Em 1927 faz o curso de dança e coreografia de Maria Ollenewa e Richard Nemanoff e atuou em alguns espetáculos do Teatro Municipal como bailarino.

Em 1929, afastou-se do teatro e passou a dedicar-se ao rádio, sendo um dos introdutores das novelas radiofônicas no Brasil. Voltou ao teatro no final da década de 30 e participou de grandes companhias do teatro brasileiro - Teatro do Estudante do Brasil, Os Comediantes, Teatro Brasileiro de Comédia, Teatro Oficina e Teatro de Arena.

Ao longo de sete décadas atuou em centenas de peças. Seu último trabalho em teatro foi uma remontagem de "O Homem do Princípio ao Fim", de Millôr Fernandes em 1981.

Como letrista, Sadi também deixou sua contribuição para a música popular brasileira. Seu grande parceiro foi Custódio Mesquita. Com ele Compos dois clássicos da MPB: "Velho Realejo" e "Mulher". Em 1938, escreveu uma Opereta em parceria com Custódio Mesquita: "A Bandeirante", encenada em outubro do mesmo ano, no Teatro São Pedro, em Porto Alegre, RS. Muitas das letras que escreveu para composições de Custódio Mesquita, tornaram-se grandes sucessos na voz de Sílvio Caldas.

Estreou nenhum cinema em 1936, quando teve uma oportunidade de participar do filme "Bonequinha de Seda", de Oduvaldo Viana. O filme foi bem recebido, dando início praticamente à cinematografia brasileira. No mesmo ano Sadi fez: "Noites Cariocas".

Participou de mais de 50 filmes, numa longa, frutífera e duradoura carreira, onde se destacam: "Rio 40 Graus" (1955), "Bahia de Todos os Santos" (1960), "chuvas de Verão" (1978) e "gaijin , Os Caminhos da Liberdade "(1980). Sua última participação cinema não foi nenhum filme "O Menino Arco-Íris" (1983).

Na TV, Sadi Cabral estreou no início dos anos 50 nos teleteatros da TV Tupi, mas foi somente em 1967 que estreou em telenovelas participando de "Paixão PROIBIDA". Depois dessa participação, ainda que sem deixar o cinema, nem o teatro, começou a fazer diversas novelas. Fez na Bandeirantes: "Os" Miseráveis "e" Legião dos esquecidos ". Atuou também nas novelas da TV Excelsior, que faziam muito sucesso: "Sangue do Meu Sangue", "Mais Forte que o odio". Em 1971, a Rede Globo de Televisão o chamou para fazer "Minha Doce Namorada" e em seguida "O Primeiro Amor". A seguir fez "Jerônimo, o Herói do Sertão"; "divinas e maravilhosas", "O Velho, o Menino eo Burro", "Os Apostolos de Judas", "Duas Vidas" e "Roda de Fogo" (TV Tupi e Rede Globo). Em 1981, na TV Cultura, participou de "O Fiel ea Pedra"; "Partidas Dobradas" e "O Resto é Silêncio". Na TV Bandeirantes fez "Um Homem Muito Especial" e "Maçã do Amor" (1983), seu último trabalho em novelas.

Ele morreu aos 80 anos vitimado por uma paragem cardíaca.


Fontes: Site Museu da TV; Site Itaú Cultural; Dicionário Cravo Albin de Música Popular Brasileira; Wikipedia, Acervo Rodolfo Bonventti.

Zacarias




(Sete Lagoas, Minas Gerais em 18/01/1934 - Rio de Janeiro em 18/03/1990).

O comediante Mauro Faccio Gonçalves, conhecido como Zacarias, era mineiro.

Pensou em seguir a Arquitetura mas acabou, por problemas financeiros, trabalhando com o pai em uma fábrica de café. Começou a trabalhar também na rádio local em um programa de humor que se chamava “Em Bambozal Era Assim”.

Ganhou vários prêmios como melhor comediante do rádio e tinha uma característica marcante, a habilidade em criar vários tipos completamente diferentes e imitar animais.

Começou a trabalhar em televisão na TV Excelsior do Rio de Janeiro, em 1963, e depois foi participar do programa “Praça da Alegria” na TV Record e do “Café Sem Concerto” da TV Tupi.

Foi na TV Tupi que ele conheceu Renato Aragão e Dedé Santana. Veio então o convite para entrar para Os Trapalhões, o que aconteceu em 1975. Criou então o personagem Zacarias, caracterizado pelo jeito infantil e levemente afeminado que usava uma peruca e possuía uma risada característica.

Chegou a ser premiado no teatro em 1971, antes de ir para Os Trapalhões, como ator revelação por seu papel na peça “A Dama do Camarote”. Com Renato, Dedé e Mussum fez mais de 20 filmes e antes, como ator de filmes adultos, participou das comédias “O Fraco do Sexo Forte” e “Deu a Louca nas Mulheres”.

Zacarias morreu de embolia pulmonar no Rio de Janeiro, mas seu corpo foi transportado e enterrado na sua cidade natal, Sete Lagoas. Ele era divorciado e deixou uma filha com 30 anos e uma neta de 10 anos. Morreu sem realizar um sonho profissional: montar um musical no teatro.


Texto: Rodolfo Bonventti.

(RB)

Especial TV 50 Anos




Rubens Correa




(Aquidauana, Mato Grosso do Sul em 23/01/1931 - Rio de Janeiro em 22/01/1996).

O ator e diretor Rubens Corrêa construiu o Teatro Ipanema onde, tendo Ivan de Albuquerque como parceiro e sócio, desempenhou a maior parte dos papéis de sua carreira, sempre interpretando personagens fortes e que procuravam refletir as questões da arte e da sociedade contemporâneas.

Formou-se como ator em O Tablado em 1958, cursando, também, direção na Escola de Dulcina de Morais, na Fundação Brasileira de Teatro - FBT, ao lado de Ivan de Albuquerque, Yan Michalski e Cláudio Corrêa e Castro. Associa-se a Ivan, com quem funda o Teatro do Rio onde, em 1959, estréia profissionalmente como ator e diretor e realiza em média três espetáculos por ano. É dirigido por Ziembinski em "Espectros" de Henrik Ibsen e "O Círculo Vicioso" de Somerset Maugham, ambos de 1961. Tem a primeira consagração em "A Escada", de Jorge Andrade, que lhe rende Prêmio Moliére de melhor ator, em 1963. No ano seguinte, seu desempenho no monólogo "Diário de um Louco" de Nikolai Gogol, salva a companhia de uma iminente falência - sendo reprisado sempre que há crise financeira. Entre 1964 e 1968, Rubens e Ivan se dedicam à construção de sua sede própria. Em 1967, atua em São Paulo, em "Marat-Sade", de Peter Weiss, direção de Ademar Guerra, como o Marquês de Sade, Prêmio Governador do Estado como melhor ator. Já no Teatro Ipanema, em "O Assalto", de José Vicente, dirigido por Fauzi Arap, destaca-se recebendo os prêmios Estácio de Sá e Golfinho de Ouro de melhor ator. Em "O Arquiteto e o Imperador da Assíria", de Fernando Arrabal, em 1970, traz uma dimensão libertária, em que o primitivo e o ritual se expressam na visceralidade das ações do corpo, e ele foi preparado por Klauss Vianna. "Hoje É Dia de Rock", também de José Vicente, lhe permite criar o maior sucesso da companhia, além de render-lhe o Prêmio Molière de melhor diretor de 1971. Suas elogiadas encenações do início da década de 70, "A China é Azul", de José Wilker, em 1972 e "Ensaio Selvagem" de José Vicente, em 1974, se caracterizam pela sofisticação plástica da linguagem e colocam em cena uma sucessão de imagens - não só visuais, como também sonoras - de apelo sensorial. A partir de 1977, passa a trabalhar exclusivamente como ator, protagonizando todas as peças da companhia. É premiado com o Molière de melhor ator, como Molina, em "O Beijo da Mulher Aranha", de Manuel Puig, em 1981. Em "Artaud!", coletânea de textos de Antonin Artaud, em 1986, faz um monólogo marcado pela entrega, ficando em cartaz por mais de três anos. Em 1993, com "O Futuro Dura Muito Tempo", de Louis Althusser, adaptação e direção de Márcio Vianna, tem sua última representativa atuação, ganhando o Prêmio Shell de melhor ator.

Estudioso em particular da obra de Jung (colabora, durante anos, com a doutora Nise da Silveira, no Museu do Inconsciente), extrai desse conhecimento parte da peculiaridade de seu estilo de interpretação. As personagens levam à cena o temperamento do ator expresso na sonoridade das palavras e no desenho dos gestos, imprimindo uma performance ao mesmo tempo estilizada e emotiva. O crítico Yan Michalski, estabelecendo o perfil artístico do ator, analisa: "Figura singular, e uma das mais unanimemente admiradas dos palcos brasileiros, Rubens Corrêa é um ator diferente: talvez o último - e o único da sua geração - remanescente da estirpe dos monstros sagrados, em função da aura de magia e de sagrado que cerca a sua presença cênica e o seu conceito do ofício de ator. Mas um monstro sagrado visceralmente moderno, familiarizado com todos os desdobramentos da arte teatral na atualidade, e sempre pronto a transformar cada trabalho novo num mergulho no desconhecido. Por outro lado, um trabalhador fanático, que até hoje não passa um dia sem afiar o seu instrumental de voz e de corpo e aprofundar o seu estudo do teatro e do mundo. (...) Seu forte são as personagens de estatura acima da média dos homens comuns: os grandes loucos, os grandes desesperados, os grandes lúcidos ou místicos".

Rubens Corrêa morreu em 1996, vítima de AIDS.

Fontes: Site Itaú Cultural, Site Adoro Cinema Brasileiro, Site Teledramaturgia, Arquivo Lucélia Santos, Acervos Rodolfo Bonventti e Orias Elias.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Oscarito




(Málaga, na Espanha em 16/08/1906 - Rio de Janeiro em 04/08/1970).

Oscar Lorenzo Jacinto de la Imaculada Concepcion Teresa Dias nasceu na Espanha. Poderia ser marroquino se viesse ao mundo dois diante antes - a família era de circo e estava em excursão no norte da África -, mas se considerava brasileiro. "Vim para cá com um ano de idade e sofri mais do que sovaco de aleijado. Podia ter nascido na China ou no pólo norte, mas sou brasileiro puro na batata", disse ele, ao conseguir naturalizar-se brasileiro, em 1949. O pai era alemão e a mãe, portuguesa. Tinha tios franceses, ingleses, espanhóis, italianos e dinamarqueses, com uma tradição de 400 anos de picadeiro.

Oscarito debutou aos cinco anos no circo, vestido de índio numa adaptação de O Guarani, de José de Alencar. Exímio violinista (chegou a tocar em salas de projeção na época do cinema mudo), foi palhaço, trapezista, acrobata e até Poncio Pilatos na semana santa. Como galã, protegeu castas meninas de condes malvados em dramalhões sob a lona que faziam a platéia arfar o peito num tempo em que não havia novela de televisão.

Em 1932, Alfredo Breda, barbeiro de profissão e teatrólogo da praça Tiradentes, no Rio, convidou-o a satirizar o presidente Getúlio Vargas em Calma, Gegê. Era a época do teatro rebolado em que a sátira política era combinada com as exuberantes pernas das vedetes. A mistura era infalível. Desde a estréia no cinema, em Noites cariocas, de 1935, Oscarito ligou-se ao parceiro inseparável Grande Otelo, com quem faria dupla em 34 chanchadas do estúdio da Atlântida entre 1944 e 1962.

Oscarito era um gênio da comédia e conhecia a mecânica do riso. Certa vez, pediu ao diretor Carlos Manga que alterasse a montagem de um filme. Entre uma piada e outra, para dar tempo ao público de recuperar-se, havia seis closes do rosto de figurantes. Oscarito achou pouco e pediu nove closes. Era o intervalo exato, constatou Manga quando o filme estreou. Nos anos 50, fazia três filmes por ano, incluindo gozações com sucessos de Hollywood, como, Matar ou correr, de Manga, paródia do bangue-bangue Matar ou morrer, de Fred Zinnemann. Colégio de brotos (1956) foi visto por 250 mil espectadores na primeira semana de exibição. "Esse homem é minha mina de ouro", dizia o dono da Atlântida, Luís Severiano Ribeiro.

Após vê-lo imitando Rita Hayworth no clássico papel de Gilda, o humorista americano Bob Hope convidou Oscarito para filmar nos Estados Unidos, mas ele recusou - com medo do fracasso. "Não se dava conta da importância que tinha. Vivia com cinco contos de réis mensais, salário modestíssimo para a estrela que era. Eu próprio ganhei três contos de réis por Carnaval no fogo, de 1949, e não deu para viver um mês", relata o ator José Lewgoy. "Temente a Deus e ao imposto de renda", como dizia, não bebia e só passou a fumar após os 40 anos (pegou o vício ao representar um fumante inveterado).

Casado com Margot Louro, de belíssimos olhos azuis e também de família circense, teve dois filhos. Certo dia, após abandonar a carreira artística, enquanto a família arrumava as malas para passar um fim de semana no sítio em Ibicuí (RJ), Oscarito tentou repetir na sala os passos de malandro que o haviam consagrado. Terminavam sempre com um pulinho com os dois pés para trás.

"Acho que estou ficando velho e gordo", disse à mulher. Minutos depois, as pernas começaram a formigar e endurecer, antes de ele desmaiar. Um derrame cerebral o deixou em coma e o matou dez dias depois. Ao pressentir o ocaso, ele havia decidido refugiar-se no sítio. "Qualquer dia eles vão me demolir como um prédio velho. Vou cuidar das galinhas e dos repolhos." Mas não perdeu a chance de fazer piada: "Como sabem, repolho é uma rosa que engordou e ficou verde de raiva."

Texto: ISTOÉ - O Brasileiro do Século.

Principais filmes:

Alô Alô Carnaval (1936), Bombonzinho (1937), Banana da Terra (1939), Está Tudo Aí (1939), Céu Azul (1941), Vinte e Quatro Horas de Sonho (1941), O Dia é Nosso (1941), Tristezas não pagam Dívidas (1944), Gente Honesta (1945), Não Adianta Chorar (1945), Este Mundo é um Pandeiro (1946), Fantasma por Acaso (1946), Asas do Brasil (1947), É Com Esse que Eu Vou (1948), Falta Alguém no Manicômio (1948), O Caçula do Barulho (1949), Carnaval no Fogo (1949), E O Mundo se Diverte (1949), Aí vem o Barão (1951), Aviso aos Navegantes (1951), É Fogo na Roupa (1952), Três Vagabundos (1952), Barnabé, tu és Meu (1952), Carnaval Atlântida (1952), A Dupla do Barulho (1953), Nem Sansão, Nem Dalila (1954), Matar ou Correr (1954), Guerra ao Samba (1955), O Golpe (1955), Colégio de Brotos (1956), Vamos com Calma (1956), Papai Fanfarrão (1956), De Vento em Popa (1957), Treze Cadeiras (1957), Esse Milhão é Meu (1958), O Homem do Sputnik (1959), Cupim (1959), Os Dois Ladrões (1960), Duas Histórias (Cacareco vem aí) (1960), Pintando o Sete (1961), Entre Mulheres e Espiões (1962), Os Apavorados (1962), Crônica da Cidade Amada (1965), Jovens pra Frente (1968).


Fontes: Site Adoro Cinema Brasileiro, IMDb.

Wilma Dias




(Rio de Janeiro em 20/04/1954 - Rio de Janeiro em 10/04/1991).

Dançarina, atriz e modelo, Wilma Dias Grunfeld ficou conhecida do grande público como a moça que saia dançando de dentro de uma banana,descascada por um macaco, na abertura do programa humorístico "O Planeta dos Homens" da TV Globo.

Como atriz, Wilma Dias estreou no cinema em 1978 no filme "Os Trapalhões na Guerra dos Planetas" e depois fez novelas ("As Três Marias" e "O Amor é Nosso" na TV Globo e "Meus Filhos, Minha Vida" no SBT).

No cinema, Wilma Dias teve papéis de destaque nos filmes "Mulher Objeto" de Silvio de Abreu e "Profissão: Mulher" de Cláudio Cunha. Quando morreu ela fazia parte do elenco do humorístico "Cabaré do Barata" na TV Manchete com Agildo Ribeiro e de um show na boate Paladium, dirigida por Abelardo Figueiredo.

Wilma Dias faleceu aos 37 anos, vítima de infarto do miocárdio no Hospital São Lucas, em Copacabana.


Fontes: Site Carl Ole, YouTube, Arquivo Rodolfo Bonventti e IMDb.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Dulcina de Morais




(Valença, no Rio de Janeiro em 03/02/1908 - Brasília em 27/08/1996).

A atriz, produtora, educadora e diretora teatral Dulcina Mymssem de Morais, conhecida por Dulcina de Morais, foi uma intérprete de estilo próprio, sobretudo no gesto e no rosto. Com um temperamento mais propício à comédia, Dulcina atravessou cinco décadas de montagens sucessivas, três delas à frente de sua companhia, tornando-se um "monstro sagrado" do teatro brasileiro.

Na década de 50, criou a Fundação Nacional de Teatro, uma das primeiras escolas de formação em teatro no país.

Filha dos atores Conchita e Átila de Morais, Dulcina tomou parte em representações da companhia mambembe dos pais ainda bebê. A carreira de atriz começa na década de 20, quando assinou seu primeiro contrato, com a Companhia Brasileira de Comédia, de Viriato Corrêa.

Aos 17 anos, Dulcina de Morais entrou para a empresa teatral de Leopoldo Fróes, a mais importante do início do século. Já no começo de carreira, seu desempenho chamou a atenção do público e da imprensa. Ao mesmo tempo em que foi elogiada pela sinceridade, pela naturalidade e pelo temperamento vivaz, recebeu restrições a seus excessos, sua falta de domínio do rosto e dos gestos.

Em 1934, fundou com o marido, o ator Odilon Azevedo, a companhia Dulcina-Odilon. No mesmo ano, protagonizou "Amor", de Oduvaldo Vianna. O autor se encarregou da orientação artística da montagem e promoveu uma lapidação na interpretação da atriz que a fez, segundo o crítico Mário Nunes, transformar seu nervosismo em expressividade e, dessa forma, atingiu "a posição mais alta que no nosso meio uma atriz pode alcançar".

O sucesso da atriz atingiu as camadas mais altas da sociedade e Dulcina fez moda: os vestidos que usava em cena serviram como modelo para o público feminino. Ganhou medalha do mérito da Associação Brasileira de Críticos Teatrais, ABCT, como melhor atriz do ano de 1939 pelo conjunto de trabalhos.

Em 1945, a montagem de "Chuva", de John Colton e Clemence Randolph, teve apoio e subvenção do ministro Capanema para uma temporada oficial no Teatro Municipal. O espetáculo se tornou um marco em sua carreira. A crítica considerou o papel de Sadie Thompson um dos melhores da carreira da atriz. Um dos aspectos que mais impressionou o público foi a chuva, que durante os três atos caía sem parar no palco. Em viagem ao exterior, Dulcina mereceu destaque na imprensa espanhola e "Chuva" se tornou o carro-chefe da companhia, fazendo parte de seu repertório durante 15 anos. Na remontagem de 1953, a revista Anhembi publicou que o espetaculo está para os nossos velhos grupos profissionais como "Vestido de Noiva" está para os novos.

Em 1949, ganhou novamente o Prêmio ABCT, mas agora como melhor direção por "Mulheres", de Claire Boothe.

Em 1952, Dulcina já era a "primeira atriz do teatro brasileiro". Voltou a ser criticada pela interpretação desmedida em "A Doce Inimiga", de André-Paul Antoine, 1953, ano em que ganhou o Prêmio Municipal de Teatro de melhor direção por "O Imperador Galante", de Raimundo Magalhães Junior.

No final dos anos 50, convencida da necessidade de revestir a profissão de ator de uma preparação técnica, a atriz investiu o dinheiro poupado ao longo da carreira na criação da Fundação Brasileira de Teatro - FBT.

Em 1972, transferiu-se com sua fundação para a capital federal.

Dulcina de Morais só retornou ao palco carioca em 1981, a convite de Bibi Ferreira, que a dirigiu em "O Melhor dos Pecados", de Sérgio Viotti, escrito especialmente para a atriz. Ganhou o Prêmio Molière Especial.

Dulcina de Morais, que era tia do ator Luiz Carlos de Moraes, faleceu esquecida da crítica e do grande público, aos 88 anos.


Fontes: Revista Eletrônica de Teatro Anta Profana, Site Mulheres do Cinema Brasileiro, Arquivo Rodofo Bonventti, Site Adoro Cinema Brasileiro; Extra Glogo.

terça-feira, 12 de dezembro de 2006

Germano Filho




(Rio de Janeiro em 1933 - Rio de Janeiro em 1998).

Começou a carreira no cinema em 1957, no filme "Sherlock de Araque", e só foi para a televisão em 1964 quando participou da novela "O Desconhecido", da TV Rio.

Se transformou em um dos atores coadjuvantes mais presente no cinema e na TV a partir daí.

O ator fez nove filmes e participou de mais de 30 novelas e minisséries.

No cinema, seus melhores papéis foram em "El Justicero", "O Menino eo Vento", "O Trapalhão na Ilha do Tesouro" e "O Coronel e o Lobisomem".

Na TV Globo, onde fez a maior parte das suas participações em TV, Germano Filho, esteve em "A Cabana do Pai Tomás", "Selva de Pedra", "Carinhoso", "Fogo Sobre Terra", "O Noviço", " Gabriela "," Pecado Capital "," Maria, Maria "," Marina "," Terras do Sem Fim "," O Homem Proibido "," Partido Alto "," A Gata Comeu "," Sinhá Moça "," Bambolê " , "Tieta" e "Salomé". Sua última atuação foi na minissérie "O Memorial de Maria Moura".

O ator faleceu, aos 65 anos, vítima de insuficiência respiratória.

Texto: Rodolfo Bonventti.


Fontes: Wikipedia, Globo, Teledramarturgia; Globo Memória.  

Milton Carneiro




(Rio de Janeiro, 25/09/1922 - Rio de Janeiro, 08/12/1999).

O ator e humorista interpretou desde textos de Bernard Shaw até montagens de teatro mambembe em seus mais de 50 anos de carreira.

Seu último trabalho na TV foi no humorístico "Zorra Total", da Rede Globo. No programa, Milton Carneiro fazia o papel de diretor da escola não quadro "Escolinha do Professor Raimundo".

"Apesar de ter câncer e de ser cardíaco, ele nunca deixou que isso atrapalhasse seu trabalho e seu bom humor", conta a atriz Berta Loran. Essa energia ele herdou dos tempos em que fazia teatro popular. "Viajei com meu grupo de teatro mambembe por todo o País, nos anos 50, em lombo de burro, em caminhão, ônibus, o que conseguíssemos", lembrou certa vez.

O idealismo do começo da carreira, quando ainda era estudante e começou a carreira ao lado de Cacilda Becker, Evoluiu para o profissionalismo na Rede Globo, para onde foi em 1965. Na emissora, esteve em quase todos os programas humorísticos - entre eles "O Planeta dos Homens" e "Viva o Gordo" -, Forjando Bordões como o do personagem Waldir, que ao ser afrontado dizia: "Ah é, é?".

Participou, também, de algumas novelas na década de 60.

Milton Carneiro morreu de infarto aos 76 anos de idade. Deixou mulher e duas filhas.

Atuou em dezenas de filmes:

"Como Matar Uma Sogra" (1978),
"Os Melhores Momentos da Pornochanchada" (1978),
"Se Segura, Malandro!" (1978),
"Gente Fina É Outra Coisa" (1977),
"O Pai do Povo" (1976),
"Tem Alguém na Minha Cama" (1976),
"O Trapalhão no Planalto dos Macacos" (1976),
"Eu Dou O Que Ela Gosta" (1975),
"As Loucuras de um Sedutor" (1975),
"Motel" (1974),
"As Mulheres Que Fazem Diferente" (1974),
"As Moças Daquela Hora" (1973),
"Ed Sexy, o Agente Positivo" (1971),
"Memórias de um Gigolô" (1970),
"Pais Quadrados ... Filhos Avançados" (1970),
"Como Matar um Playboy (1968),
"007 1 / 2 no Carnaval" (1966),
"Asfalto Selvagem" (1964),
"Crônica da Cidade Amada" (1964),
"Sonhando com Milhões" (1963),
"Bonitinha Mas Ordinária" (1963),
"Um Candango na Belacap" (1961),
"Entrei de Gaiato" (1959),
"Garota Enxuta" (1959),
"Massagista de Madame" (1958).


Fontes: Site Revista Isto É Gente, IMDb, Acervo Luiz Carlos Buruca, Flog Maria Cláudia; Rede Globo.

Vídeos Relacionados:

Planeta dos Homens

http://inmemorian.multiply.com/video/item/171 < / b>

Edgard Franco




(São Paulo, 18/08/1937 - São Paulo, 20/05/1996)

  Edgard Franco, também creditado como Edgar Franco foi um ator da TV e do cinema.

  Sua carreira artística começou em cinema, no filme: "Tristeza do Jeca", em 1961. Em seguida, foi para a televisão. Começou fazendo uma versão simplificada de "A Muralha", na TV Cultura. Voltou ao cinema, fazendo: "O Vendedor de lingüiças", "Casinha Pequenina", "O Puritano da Rua Augusta", "Mistério do Taurus" e "Um Caipira em Bariloche".

 
Logo foi para a TV Excelsior, que despontava em São Paulo, com grande produções. Atuou lá em "Aquele que Deve Voltar"; O Indomável "," Os Tigres "," O Terceiro Pecado "," A Muralha ". Passou também pela teledramaturgia da Bandeirantes e da TV Tupi, onde Participou de cerca de 12 novelas de sucesso , entre as quais: "Meu Pé de Laranja Lima", "Nossa Filha Gabriela", "Jerônimo o Herói do Sertão;" Mulheres de Areia, "A Barba Azul," Ovelha Negra ";" Um Dia o Amor "," O Julgamento "e" Éramos Seis ".

 
Edgard Franco Atuou em novelas até 1996. Seu último trabalho foi em "Sangue do Meu Sangue" no SBT, quando veio a falecer repentinamente.

 
Fontes: Site do Museu da TV, Acervo Rodolfo Bonventti. IMDB.

Osmar de Mattos


Foto: Blog Memória da TV

(São Paulo, em 04/03/1958 - São Paulo em outubro de 1980).

Esse ator paulista estreou primeiro no cinema em "A Morte Transparente", em 1978, ao lado da atriz Bibi Vogel. Depois, Osmar de Mattos foi para a TV Bandeirantes e participou de "Cara a Cara".

Na Rede Globo, Osmar de Mattos esteve em um dos maiores sucessos da teledramaturgia, "Dancin' Days". O crescimento de seu personagem na novela indicava uma carreira promissora.

Mas o sonho acabou para o jovem ator em 1980, quando Osmar foi vítima de um acidente automobilístico na época em que fazia a novela "As Três Marias" (1980-1981). Ele só gravou os primeiros capítulos.


Fontes: Acervo Giseli Martins; Blog Memória da TV.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Carmen Miranda




(Marco de Canavezes, Portugal em 09/02/1909 - Beverly Hills, Estados Unidos em 05/08/1955).


Maria do Carmo Miranda da Cunha nasceu em Portugal. Filha de José Maria Pinto da Cunha e Maria Emília Miranda da Cunha, mudou-se para o Rio de Janeiro, com menos de um ano de idade. Aos 14 anos, começou a trabalhar como balconista em uma loja de acessórios masculinos. Aos 20, na condição de aluna do professor de música Josué de Barros, cantou em rádios, clubes e gravadoras.

Em 1929 gravou seu primeiro disco, pela Brunswick, e meses depois pela RCA Victor. No ano seguinte, lançou Taí (Pra Você Gostar de Mim) e tornou-se conhecida do grande público. Recebeu convites para participar de programas musicais, festas, concursos, festivais e nesta ocasião, assinando contrato com a RCA Victor, passando a promover as músicas carnavalescas da gravadora. Durante a década de 1930, fez parcerias com Francisco Alves, Mário Reis, Almirante, Lamartine, Noel Rosa e outros cantores consagrados da música popular brasileira. Apresentou-se por diversas vezes na Argentina, algumas capitais do Nordeste e cidades do Estado de São Paulo e Minas Gerais.

Carmen Miranda estreou no cinema com a comédia musical A Voz do Carnaval (1933), sob a direção de Adhemar Gonzaga e Humberto Mauro. Estrela consagrada no gosto popular, em 1934 foi eleita Rainha do Broadcasting Carioca, em concurso realizado pelo jornal A Hora. Nessa mesma época, César Ladeira, diretor artístico da Rádio Mayrink Veiga – com quem assinou contrato pioneiro na história do rádio – deu-lhe o apelido de “pequena notável”. Dois anos mais tarde apareceu no filme Alô, Alô Brasil (1935) - primeiro filme brasileiro com som direto na película - e Estudantes. Neste mesmo ano, mudou de gravadora, assinando contrato milionário com a Odeon e com a Rádio Tupi. Em 1937, retornou a sua antiga rádio, a Mayrink Veiga. Em 1936 atuou em Alô, Alô Carnaval e em 1939, em Banana da Terra - seu último filme produzido no Brasil.

Foi em 1938, no Cassino da Urca, que usou pela primeira vez o traje de baiana, agregando significado cultural e nacional à sua imagem. Mais tarde, introduziu em seu figurino o chapéu com frutas tropicais, que se tornou sua identidade, constituindo nos anos futuros um ícone da imagem da brasilidade aos olhos do mundo.

Sua primeira visita aos Estados Unidos foi em 1939, acompanhada pelo Bando da Lua, quando participaram de musicais da Broadway, programas de rádio e gravaram pela Decca Records. Em 1940 Carmen assinou com a Twentieth Century-Fox Production e atuou em Down Argentine Way (Serenata Tropical) ao lado de Betty Grable e Don Ameche. Nesta comédia musical, participou como cantora, o que lhe permitiu continuar apresentando-se em clubes noturnos e hotéis. Neste mesmo ano retornou ao Brasil, quando foi severamente criticada por ter “se americanizado”. Em resposta, gravou suas últimas músicas no país, muitas das quais referiam-se às críticas recebidas.

Retornando ao Estados Unidos, iniciou uma longa série de filmes, como cantora e intérprete: em 1941 contracenou novamente com Don Ameche e Alice Faye no filme That Night in Rio (Uma Noite no Rio) - ambientado no Brasil - e Weekend in Havana (Aconteceu em Havana) - filme que a consagrou internacionalmente. Imprimiu suas marcas na calçada da fama, em Los Angeles. Em 1942 atuou no filme Springtime in the Rockies (Minha Secretária Brasileira) com Betty Grable e Cesar Romero; em 1943, em The Gang’s All Here (Entre a Loura e a Morena); em 1944 foram três produções - Something for the Boys (Alegria, Rapazes!), Four Jills in a Jeep (Quatro Moças Num Jeep) e Greenwich Village (Serenata Boêmia); em 1945 fez The All-Star Bond Rally e The Doll Face (Sonhos de Estrela); em 1946 If I'm Lucky (Se Eu Fosse Feliz); em 1947, Copacabana (Copacabana); em 1948, participou de A Date With Judy (O Príncipe Encantado); no início de 1950 estreou o musical da MGM, Nancy Goes to Rio e seu último trabalho como atriz, em 1953, Scared Stiff (Morrendo de Medo). Embora não atuasse em papéis principais, Carmen Miranda foi aclamada pelo público como “grande estrela”, tendo sido uma das atrizes mais bem pagas do show business norte-americano entre os anos de 1945 e 1951, pois ao lado da produção cinematográfica, atuou em casas noturnas, programas de TV, incluindo em seu roteiro também a Europa.

Esteve no Brasil entre 1954 e 1955 para tratamento de saúde e repouso. De volta a Beverly Hills, Carmen Miranda faleceu vítima de uma ataque cardíaco. Seu sepultamento deu-se no Rio de Janeiro.

O Museu Carmen Miranda, localizado no aterro do Flamengo, na cidade do Rio de Janeiro, está aberto a visitação pública.

Fontes: Site Unicamp e sites diversos
(LR)

Maria Clara Machado




(Belo Horizonte, MInas Gerais em 03/04/1921 - Rio de Janeiro em 30/04/2001).

Maria Clara Machado foi diretora, teatróloga, atriz, tradutora e escritora.

Filha de Aníbal Machado (escritor) e Aracy Jacob Machado, ainda criança foi para o Rio de Janeiro, onde estudou.

Começou a carreira artística com um teatro de bonecos que fundou e dirigiu durante cinco anos. Dessa experiência publicou livro "Como Fazer Teatrinho de Bonecos", editado pela Melhoramentos, que se esgotou rapidamente. Em 1969, foi reeditado pela Livraria Agir. Ainda nessa fase, Maria Clara Machado escreveu dez peças para fantoches.

Em 1950, recebeu uma bolsa de estudos do governo francês para estudar teatro em Paris, durante um ano. Na Europa, recebeu outra bolsa de estudos, da UNESCO, e fez um curso de férias em Londres. De volta a Paris em 1952, freqüentou o curso de mímica de Etienne Decroux.

Ao voltar ao Brasil, em 1951, Maria Clara Machado fundou no Rio de Janeiro "O TABLADO", companhia de amadores que dirigiu até seu falecimento e que durante todos estes anos nunca interrompeu sua atividade teatral. O TABLADO tem sido início de carreira de muitos artistas profissionais hoje de renome.

Em 1956, Maria Clara Machado fundou a revista "CADERNOS DE TEATRO", para orientar grupos amadores e professores.

De 1959 a 1974, foi professora de improvisação no antigo Conservatório Nacional de Teatro, hoje escola de teatro da UNI-RIO, do qual foi também diretora durante um ano (1967/1968).

Em 1961, foi convidada pelo governo do Estado da Guanabara para dirigir o Serviço de Teatro e Diversões do Estado e ao mesmo tempo exerceu a função de Secretária-Geral do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, cargo que ocupou até princípio de 1963.

Em 1965, Maria Clara Machado representou o Brasil no Congresso de Teatro para a Juventude, realizado em Paris. Naquela ocasião, teve oportunidade de ver encenada sua peça "O Cavalinho Azul", em Paris, para representar o Brasil no Congresso de ILT, da UNESCO em Tel Aviv.

Em 1964, criou um curso de improvisação no TABLADO, que dirigiu até o seu falecimento.

Como atriz, trabalhou em:

Teatro:
1949 - "A Farsa do Advogado Pathelin"
1951 - "A Moça da Cidade"
1952 - "O Moço Bom e Obediente"
1952 - "Sganarelo"
1953 - "A Sapateira Prodigiosa"
1954 - "Nossa Cidade"
1955 - "O Diálogo das Carmelitas"
1955 - "Tio Vânia"
1957 - "O Tempo e os Conways"
1959 - "O Living-Room"
1959 - "Do Mundo nada se Leva"
1960 - "D. Rosita a Solteira"
1961 - "O Mal-Entendido"
1981 - "Ensina - me a Viver"
1985 - "Este Mundo é um Hospício"


Cinema:
1951 "Angela" - da Cia. Vera Cruz, dirigida pôr Tom Payne.
1983 "O Cavalinho Azul" - direção de Eduardo Escorel


Principais peças infantis:
1953 - O BOI E O BURRO NO CAMINHO DE BELÉM
1953 - O RAPTO DAS CEBOLINHAS
1954 - A BRUXINHA QUE ERA BOA
1955 - PLUFT, O FANTASMINHA
1959 - O CAVALINHO AZUL
1961 - MAROQUINHAS FRU-FRU
1962 - A MENINA E O VENTO
1966 - O DIAMANTE DO GRÃO-MOGOL
1971 - TRIBOBÓ CITY
1974 - OS CIGARRAS E OS FORMIGAS
1977 - QUEM MATOU O LEÃO?
2000 - JONAS E A BALEIA - De parceria com Cacá Mourthé.

Maria Clara Machado morreu aos 80 anos, em sua casa em Ipanema, na Zona Sul do Rio, cercada de parentes, amigos e colaboradores do Teatro Tablado.

Maria Clara assinou 90 montagens e formou mais de 5 mil atores do Tablado, entre eles Malu Mader, Louise Cardoso, Maurício Mattar, Marcos Palmeira, Sura Berditchvesky, Fernando Eiras, Andréa Beltrão, Cláudia Abreu, Cininha de Paula, Guilherme Fontes, Leonardo Brício, entre muitos outros nomes.


Fontes: Site O Tablado, Wikepedia, arquivo Lucélia Santos, Site Luiz Carlos Tourinho, Revista Istoé Gente.

Tony Ferreira




(Florianópolis, Santa Catarina em 1943 - Rio de Janeiro em 1994).

Estreou na TV em 1972 na primeira versão da novela “Selva de Pedra” vivendo o delegado da história. A partir daí, Tony Ferreira fez mais 21 trabalhos entre novelas e minisséries, a o maior parte delas na TV Globo, embora também tenha trabalhado no SBT e na TV Manchete.

Suas principais participações na TV foram nas novelas “Fogo Sobre Terra”, “Escalada”, “O Grito”, “Estúpido Cupido”, “Sem Lenço, Sem Documento”, “O Astro”, “Água Viva”, “Coração Alado”, “Baila Comigo”, “Final Feliz”, “Um Sonho a Mais”, “Mandala” e a minissérie “La Mamma”.

Tony Ferreira fez muito cinema tendo se destacado nos filmes “O Ibrahim do Subúrbio”, “As Mulheres que Dão Certo”, “O Seminarista”, “Noite em Chamas”, “Inquietações de Uma Mulher Casada” e “O Grande Palhaço”.

No teatro, Tony Ferreira fez “Ópera do Malandro” e ainda participou de alguns programas humorísticos como o “Planeta dos Homens”.

Tony Ferreira morreu, em 1994, aos 51 anos, vítima de infecção generalizada.

Principais trabalhos:

TV:
"O Portador" (1991), "La Mamma" (1990), "Olho por Olho" (1988), "A Rainha da Vida" (1987), "Mandala" (1987), "Um Sonho a Mais" (1985), "Partido Alto" (1984), "Anjo Maldito" (1983), "Final Feliz" (1982), "Sétimo Sentido" (1982), "Baila Comigo" (1981), "Coração Alado" (1980), "Água Viva" (1980), "Sinal de Alerta" (1978), "O Astro" (1977), "Sem Lenço, Sem Documento" (1977), "Estúpido Cupido" (1976), "Planeta dos Homens" (1976), "O Grito" (1975), "Escalada" (1975), "Fogo Sobre Terra" (1974), "Mulher" (1974), "Cavalo de Aço" (1973), "Selva de Pedra" (1972).

Cinema:
Amor Maldito (1984), O Grande Palhaço (1980), Milagre - O Poder da Fé (1979), Inquietações de Uma Mulher Casada (1979), Noite em Chamas (1977), O Seminarista (1977), Mulheres Que Dão Certo, As (1976), Xica da Silva (1976), O Ibraim do Subúrbio (1976), O Monstro de Santa Teresa (1975).

Teatro:
"Ópera do Malandro" (1978)
"Mame-o ou Deixe-o"
"Cabaret S.A."


Texto: Rodolfo Bonventti


Fontes: Site João Carlos Barroso, Site Alcione Mazzeo, Revista Istoé Gente, IMDb, Site Carl Ole.

domingo, 10 de dezembro de 2006

Jacyra Silva


Novela

(São Paulo em 07/05/1940 - São Paulo, 17/01/1995).

Aos três anos, Jacyra já falava para qualquer um que seria uma cantora como Ângela Maria.

  Começou sua carreira participando de um concurso de beleza, em 1962, só para mulatas, e venceu outras 70 candidatas. Realizou o sonho de ser cantora em 1963, e se apresentava nenhum programa de Bibi Ferreira e outras em várias produções da TV Excelsior.

  Estreou na TV como atriz incentivada por Dionísio Azevedo eo autor Walter George Durst, nas novelas "Ambição" e "Folhas ao Vento". Fez ainda várias outras participações em novelas da emissora até ser levada para a TV Tupi pelo amigo Sérgio Cardoso fez com que os sucessos "O Anjo eo Vagabundo como" e Lina "António Maria", como Maria Clara.

  Foi para a TV Globo em 1969 e lá Participou de importantes novelas da emissora como "A Cabana do Pai Tomás", "Pigmaleão 70", "A Próxima Atração", "Bandeira 2", "Uma Rosa Com Amor", "Os Ossos do Barão "," Corrida do Ouro "," O Grito "," O Astro "," Maria, Maria "," Coração Alado "e" Sétimo Sentido ".

No cinema ela teve papel de destaque no filme "O Cortiço" de Francisco Ramalho Junior, em 1978, ao lado de Armando Bógus e Betty Faria.

  Ela se casou com o diretor de novelas Walter Campos e ao se separar dele resolveu estudar e voltar Fez uma faculdade de Psicologia. Nesse período resolveu apenas fazer participações especiais em novelas e minisséries e alguns humorísticos como "Chico City". Passou a se dedicar também à pintura e suas últimas aparições na TV foram na minissérie da TV Manchete, "Na Rede de Intrigas" e na novela da Globo, "O Amor Está no Ar".

  Morreu, em 17 de janeiro de 1995, vitimada por um derrame cerebral que um deixou em coma 70 dias.


  Texto: Rodolfo Bonventti


  Fontes: Site Teledramaturgia, Acervo Paulandre, Acervos Rodolfo Bonventti e Orias Elias.

Riva Nimitz




(São Paulo em 28/12/1936 – São Paulo em 09/10/1993).

Riva Nimitz iniciou a carreira artística no teatro, nos anos 50. Nos palcos construiu uma notável trajetória que inclui momentos memoráveis como sua a atuação no Teatro Arena, com sucessos como “Eles Não Usam Black-Tie”, de Gianfrancesco Guarnieiri, em 1958.

Em 1954 estreou no cinema no filme “A Sogra”. Em 1962 atuou em uma obra-prima do cinema brasileiro, o curta “Couro de Gato”. Na década de 70, depois de longo tempo afastada das telas, Riva Nimitz atuou na pornochanchada “Viúvas Precisam de Consolo”. Ainda que sua carreira tenha sido mais voltada ao teatro e televisão, deixou registrado seu talento em dois grandes momentos da história do cinema brasileiro: “Cinco Vezes Favela”(1962) e “O Homem do Pau Brasil”(1981). Sua última participação em cinema foi no filme “Fogo e Paixão”(1988)

Ainda na década de 50 estreou na televisão, onde desenvolveu extensa carreira em diversas emissoras como TV Tupi, Globo, Bandeirantes e SBT. Um de seus maiores sucessos na telinha foi a vilã Dona Elza de “A Pequena Órfã”, em 1968. Teve atuações importantes em novelas como “O Machão”, “Vidas Cruzadas”, “A Grande Viagem”, “O Espantalho”, “O Imigrantes”, entre outras. No início da década de 90, na extinta Rede Manchete, atuou nas novelas “Kananga do Japão”(1989) e “A História de Ana Raio e Zé Trovão”(1990).

A atriz faleceu aos 57 anos de problemas no coração.


Fontes: Sites Mulheres do Cinema Brasileiro, Imdb; Centro Cultural São Paulo; IDEC.

sábado, 9 de dezembro de 2006

Arthur Costa Filho




(Rio de Janeiro em 1927 - Rio de Janeiro, 31/01/2003).

Arthur Costa Filho começou como rádio-ator nas novelas da Rádio Nacional na década de 40. Fez alguns filmes nessa época, entre eles "Aí Vem os Cadetes" e foi estrear na TV apenas em 1970, na novela "Irmãos Coragem" de Janete Clair.

A partir daí, Arthur da Costa Filho fez uma novela atrás da outra, intercaladas por pequenas participações em filmes nacionais.

Participou de novelas de sucesso da TV Globo como "Carinhoso", "Estúpido Cupido", "O Casarão", "Sinal de Alerta", "Ciranda de Pedra", "Jogo da Vida", "Paraíso", "Roque Santeiro" e "Cambalacho".

Arthur Costa Filho também participou do humorístico "A Escolinha do Professor Raimundo" e de episódios do programa "Você Decide".

Atuou, também, nas minisséries "Engraçadinha ... Seus Amores e Seus Pecados" (1995) e "Anos Dourados" (1986) e no Especial "O Crime de Zé Bigorna" (1974).

Não cinema, Arhtur da Costa Filho fez "Romance da empregada" (1987), "Dona Flor e Seus Dois maridos" (1976), "A Filha de Madame Betina" (1973) e "O Grande Gozador" (1972).

A última participação de Arthur Costa Filho na televisão foi um pequeno papel na minissérie "Chiquinha Gonzaga".

Ele morreu, aos 76 anos, de infarto, na sua casa no bairro da Tijuca.

Fontes: Globo.com, Revista Veja, do site Web Cine, IMDb.

Texto Rodolfo Bonventti

Anecy Rocha




(Vitória da Conquista, Bahia, em 26/10/1942 - Rio de Janeiro em 26/03/1977).

  A atriz Anecy Rocha Andrade era irmã do cineasta Glauber Rocha.

  Ela estreou no cinema na Bahia, incentivada pelo irmão, em "Bahia de Todos os Santos" no início da década de 60. Se tornaría uma atriz conhecida do grande público na metade da década de 60 ao trabalhar em importantes filmes brasileiros como "Menino de Engenho", "A Grande Cidade", "Capitu", "As Amorosas" e "Brasil Ano 2000".

  Foi para uma televisão em 1971 e estreou na novela "Bandeira 2" de Dias Gomes como Licinha, importante personagem do núcleo que tinha José Wilker e Marília Pêra como destaques. Ela não se adaptou muito às novelas e voltou para o cinema onde brilharia ainda em "O Amuleto de Ogum", "Tenda dos Milagres" e "Lira do Delírio", dirigida pelo marido, o cineasta Walter Lima Júnior.

  Anecy Rocha morreu, em 26 de março de 1977, vitimada por um trágico acidente ao cair no poço do elevador do prédio em que morava, no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro.


  Texto: Rodolfo Bonventti.


  Fontes: Tempo Glauber, do site Adoro Cinema Brasileiro, Site Mulheres do Cinema Brasileiro -> -->

Lourdes Mayer




(Rio de Janeiro em 13/03/1922 - Rio de Janeiro, 25/07/1998).

Estreou na Rádio Nacional em 1937, com apenas 15 anos, na peça “As Máscaras” ao lado do ator Rodolfo Mayer, com quem se casou pouco tempo depois e com quem teve dois filhos.

Lourdes Mayer nasceu em uma família de artistas já que sua mãe era rádio-atriz e sua irmã a atriz Zilka Salaberry, a famosa Dona Benta do “Sítio do Picapau Amarelo”.

A atriz, que sempre manteve o sobrenome de Rodolfo Mayer, mesmo após a separação dele, trabalhou nas rádios Globo e Tupi e nas TVs Tupi, Globo, Bandeirantes e Manchete.

A estréia de Lourdes Mayer no cinema foi em 1964 e na TV um pouco antes, em 1955, na TV Tupi em “As Professoras”. Entre as novelas que participou com destaque estão “O Grito”, “O Feijão e o Sonho”, “Maria, Maria”, “Dancin' Days”, “Olhai os Lírios do Campo”, “Marina”, “Cirande Pedra”, “Louco Amor” e “Vale Tudo”.

Seus últimos trabalhos foram na minissérie “Anos Rebeldes” da Globo como Marta e na novela “O Campeão” da TV Bandeirantes como Hortência.

Lourdes Mayer morreu, aos 76 anos, vítima de complicações pulmonares.

Texto: Rodolfo Bonventti.

Fontes: Site Gilberto Braga online, Acervo Robson Terra, Acervo Rodolfo Bonventti.

Ivan Setta




(Rio de Janeiro em 1946 – Rio de Janeiro, em 06/04/2001).

O ator iniciou a carreira no teatro em 1966, atuando em peças infanto-juvenis no Tablado, sob a direção de Maria Clara Machado.

Sua estréia em cinema aconteceu em 1967 no filme “A Espiã Que Entrou em Fria”. Na década de 70, Setta participou ativamente do cinema Brasileiro com papéis de destaques em filmes como “A Dama do Lotação”, “Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia” e “Tiradentes” – sua última participação (1999). No total foram cerca de 20 filmes, atuando também na produção Americana “Kickboxer 3: The Art of War” (1992).

Ainda no teatro, o ator descobriu outra vocação e virou dramaturgo e escreveu, junto com sua irmã, Vera Setta, e com Dudu Continentino, a peça “Verbenas de Seda” (1973).

Mas foi na televisão que Ivan Setta tornou-se popular e ganhou a fama de mau. Nove entre dez de seus personagens eram vilões. Participou de novelas e mini-séries como "O Rebu" (1974), Senhora" (1975), "Sem Lenço, Sem Documento" (1977), "Sítio do Picapau Amarelo" (1977), "Feijão Maravilha" (1979), "Bandidos da Falange" (1983), "Meu Destino é Pecar" (1984), "Padre Cícero" (1984), “Grande Sertão: Veredas" (1985), "Roque Santeiro" (1985), "Corpo Santo" (1987), "Olho por Olho" (1988), "Araponga" (1990), "Tereza Batista" (1992), "Guerra Sem Fim" (1993), "Sex Appeal" (1993). Seu último trabalho na tevê foi em 1998 ,na extinta Rede Manchete, na novela “Mandacaru”, onde viveu o personagem Maritaca, um cangaceiro asqueroso e desonesto.

O ator faleceu aos 55 anos, de câncer generalizado, no Rio de janeiro.




Fontes: Isto É Gente, Site Imdb, Portais de notícias, Acervo Rodolfo Bonventti; Site Globo Memória.


Vídeos relacionados:

Novela "Corpo Santo" - 1987

http://inmemorian.multiply.com/video/item/136

sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

Rodolfo Mayer




(São Paulo, 04/02/1910 - Niterói, Rio de Janeiro em 01/08/1985).

Ator de teatro, cinema, rádio e televisão, Rodolfo fez uma brilhante carreira no Rio de Janeiro, onde participou de 500 novelas levadas ao ar pela Rádio Nacional.


Celebrizou-se pela representação do monólogo "As Mãos de Eurídice", que foi apresentado no Pen Clube do Brasil em 1950 e prosseguiu por 22 anos, tendo chegado a 4.200 representações no Brasil e no exterior. Anteriormente, a peça escrita por Pedro Bloch especialmente para ele, foi montada no Teatro Dulcina em 1938, tendo vendido apenas 23 ingressos em sua estréia. Na semana seguinte, a lotação estava esgotada.


Chegou a atuar em 117 montagens teatrais. Aos 17 anos, trabalhando na Companhia Telefônica Brasileira, Mayer investia seu salário em montagens de peças de teatro. Aos 24 anos ingressava na Companhia de Procópio Ferreira.


Apesar de ter estreado na Rádio Record de São Paulo em 1927, a fama chegou apenas em 1939, e sua primeira novela pela Rádio Nacional foi "Em Busca da Felicidade", no papel de Alfredo Medina. Permaneceu por 22 anos na mesma emissora, tendo sido levado por um colega de ginásio, Vitor Costa. Ele participou de mais de 400 radionovelas nesse período.


No cinema, participou de 16 filmes, entre eles, "A Escrava Isaura", seu primeiro filme, mudo, aos 18 anos. Na televisão fez quase 30 novelas e esteve na extinta TV Excelsior, na Record, na Tupi e na Bandeirantes, tendo se transferido para a Rede Globo no final da década de 70. Sua última atuação foi em 1981, na novela "Brilhante" na Globo.

Em 56 anos de carreira, conquistou o prestígio, uma situação financeira estável e dezenas de prêmios.

Rodolfo foi casado com a atriz Lourdes Mayer, com quem teve dois filhos.

Foi um dos fundadores da Associação dos Amigos do Teatro Municipal de Niterói - ATEM, e morreu vitimado por uma insuficiência respiratória e já estava aposentado como ator depois de uma carreira vitoriosa de 56 anos.

Trabalhos em novelas:

1965 - Os Quatro Filhos
1965 - A Grande Viagem
1966 - Redenção
1968 - Legião dos Esquecidos
1969 - Sangue do Meu Sangue
1969 - Dez Vidas
1970 - Mais Forte que o Ódio
1971 - Editora Mayo, Bom Dia
1971 - Pingo de Gente
1971 - Sol Amarelo
1972 - Os Fidalgos da Casa Mourisca
1972 - O Leopardo
1972 - Quero Viver
1973 - Vendaval
1973 - Vidas Marcadas
1975 - Um Dia, o Amor
1976 - Xeque-Mate
1977 - Um Sol Maior
1978 - João Brasileiro, o Bom Baiano
1978 - O Direito de Nascer
1979 - Dinheiro Vivo
1980 - Cavalo Amarelo
1981 - Brilhante




Fontes: Wikepedia, Site Teledramaturgia, IMDb, Arquivo Rádio Nacional do Rio de Janeiro; Canal Memória (Youtube)

(RB)


Vídeos relacionados:

"A Escada" - 1975
http://inmemorian.multiply.com/video/item/118

Fernando Almeida




(Rio de Janeiro, 21/05/1974 - Rio de Janeiro, 04/04/2004).

Carioca, era um dos atores negros mais conhecidos da TV. Começou a carreira cedo, aos cinco anos, em "Olhai os lírios do campo", novela das seis que estreou em 1980. Em seguida fez papéis marcantes para um ator mirim, como o Gibi de "Livre para voar". Seu último trabalho na TV foi na novela "A Padroeira".

Fernando participou de novelas como "Vale tudo", de Gilberto Braga, em que contracenava com Regina Duarte, na pele do jovem Gildo. Trabalhou ainda em "Lua Cheia de Amor", "Pedra sobre Pedra", "Sex Appeal", "O Campeão", "Por Amor e Ódio" e "Chiquinha Gonzaga", entre outras novelas e minisséries.

Fernando Almeida foi assassinado com tiros na cabeça, perto de um ponto de ônibus, por dois homens em uma moto. Fernando tinha ido a uma festa em Padre Miguel.

O corpo foi encontrado na Avenida Brasil, um dos principais acessos ao Rio de Janeiro e só horas mais tarde foi reconhecido por parentes. O corpo de Fernando foi enterrado no cemitério de Irajá, zona norte do Rio de Janeiro. A despedida foi marcada pela indignação dos colegas.

O ator deixou, na época, um filho de sete anos.


Fontes: Site novela Pedra sobre Pedra, Site Adoro Cinema Brasileiro, Site Gilberto Braga online, Acervo MofoTv.