sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Nieta Junqueira




(São Paulo em 1919 - Morreu na década de 80).

  Nieta Junqueira foi atriz de teatro e cinema e figurinista.

Bastante atuante no cinema, Nieta Junqueira teve presença marcante nos filmes de Mazaroppi, dentre os quais destacam-se "Sai da Frente" (1952), "Nadando em Dinheiro" (1952), "Candinho" (1954), "A Carrocinha" (1955) e "O Noivo da Girafa" (1958).

No cinema estreou em 1949, no filme "Inocência".

Nieta Junqueira também particpou dos filmes "Presença de Anita" (1951), "Tico-Tico no Fubá" (1952), "O Cangaceiro" (1953); "Osso, Amor e Papagaio" (1957); "Ravina" (1958 ), "A Primeira Missa" (1961), "O Quarto" (1968); "Sorôco, Sua Mãe, Sua Filha" (1975) (TV), "A Casa das Tentações" (1975); "Um dos Sexos Árvore "(1977).

No teatro, Atuou, dentre outras peças, em "Vestido de Noiva" (1947); "O Casaco Encantado" (1948), onde também executou os figurinos, "Hamlet" (1956).

Foi uma das Responsáveis pela execução e desenhos de figurino do filme "Tico-Tico no Fubá"

Sua última atuação foi no filme "O Estripador de Mulheres" (1978).

Não existem informações sobre a data ea causa da morte de Nieta Junqueira.


Fontes: Sites IMDB, Cinema Brasileiro; Youtube.

Tom Bill




(Nasceu em São Paulo em 1900).

O ator e produtor de cinema Tom Bill foi um dos pioneiros no cinema no Brasil.

Com Genésio Arruda - seu parceiro constante, Tom Bill fundou uma Companhia Disparates Cômicos, apresentando-se por todo o Brasil.

Tom Bill e Genésio Arruda formaram uma dupla cômica de muito sucesso tanto do cinema quanto no rádio e circo.

Tom Bill atuou no primeiro filme sonoro brasileiro, "Acabaram-se os Otários", lançado no segundo semestre de 1929, em São Paulo. O filme é uma produção de Luis Carlos Barros, estrelado por Genésio Arruda. A sincronização teria ficado a cargo de um aparelho inventado na própria produtora de Barros e Tom Bill, o 'sincrocinex ".

"Acabaram-se os Otários" estreou em 2 de setembro de 1929 e ficou em cartaz, em São Paulo, até fevereiro de 1930.

Em dezembro de 1930, foi lançado outro filme falado, "O Babão", também estrelado por Genésio Arruda com Tom Bill no elenco.

Filmografia:

Sobe o Armário (1931)
Tom Bill Brigou com a namorada (1931)
Canções Brasileiras (1930)
Lua-de-Mel (1930)
O Babão (1930) .... Dom Chipola
Minha Mulher Me Deixou (1930)
Acabaram-se os Otários (1929) .... Samambaia
Uma Encrenca no Olimpo (1929)
Vocação Irresistível (1924)

Não existem informações sobre a data e a causa de sua morte.


Fontes: IMDB, Enciclopédia do Cinema Brasileiro; Sesc; Puc.

Alma Flora




(Lisboa, Portugal em 20/08/1911 - Lisboa em 06/1988).

A atriz nasceu em Portugal mas construiu sua carreira no Brasil, onde estreou no cinema em 1939, no filme de Adhemar Gonzaga, "Está Tudo Aí", ao lado de Mesquitinha.

Em seguida vieram outros filmes como "Onde Estás Felicidade?"; "A Luz do Meu Bairro"; "Asas do Brasil" e "Mãe".

A atriz volta para Portugal no final da década de 50 e participa de novelas e programas da RTP - Rádio e Televisão Portuguesa e faz alguns filmes. Sua última participação foi em 1970 no filme "A Maluquinha de Arroios".

(RB)

Paulo Pinheiro




(Morreu no Rio de Janeiro em 1992).

Paulo Pinheiro foi ator e dublador.

Sua estréia na televisão aconteceu em 1963, na novela "Conflito". Em seguida, participou das novelas "Tortura d'Alma" (1964); "Chamas Que Não Se Apagam" (1965) e "O Mestiço" (1965).

Paulo Pinheiro estreou no cinema em 1975, no filme "À Sombra da Violência" e depois participou de "Um Soutien Para Papai" (1975); "O Roubo das Calcinhas" (1975) e "As Mulheres Que Dão Certo" (1976).

Voltou a atuar em novelas em 1977, quando participou de "Sinhazinha Flô". Depois fez as novelas "Maria, Maria" (1978); "Gina" (1978); "A Sucessora" (1978); "Cabocla" (1979); "Água Viva" (1980); "Marina" (1980); "Voltei pra Você" (1983); "A Gata Comeu" (1985) e "Selva de Pedra" (1986).

Participou, também, das minisséries "Marquesa de Santos" (1984) e "Santa Marta Fabril" (1984), essas duas na TV Manchete e "O Portador" (1991), na TV Globo.

Na televisão, participou, também, de programas humorísticos, dentre os quais "Planeta dos Homens" e "Domingo de Graça" (1987).

No cinema, fez ainda "A Banda das Velhas Virgens" (1979); "O Jeca e a Égua Milagrosa" (1980), ambos com Mazzaropi; "Cercado Pelo Ódio" (1981); "O Seqüestro" (1981) e "Escalada da Violência" (1982).

Como dublador, Paulo Pinheiro deu voz aos personagens de desenhos animados Bumblebee, de "Transformers"; Montanha dos "Irmãos Metralha"; Trapaleão; Tampinha de "Ursuat"; Rataro de "Thundercats"; Enrolado de "Urso do Cabelo Duro"; "Don Drácula" (anime), Roupa de Chumbo de "Capitão Planeta"; dentre outros.

Seu último trabalho foi na novela "Felicidade" (1991) exibida pela Rede Globo.

Não há informações sobre a causa de sua morte.

Fontes: Sites IMDB; Garretmus; Embromaction; Animehaus;


Vídeos relacionados:

"O Jeca e a Égua Milagrosa" - 1980

http://inmemorian.multiply.com/video/item/164
)


quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Castro Gonzaga e Renato Consorte -Meu Pedacinho de Chão (1971)




A novela educativa "Meu Pedacinho de Chão" estreou simultâneamente na Tv Globo e Tv Cultura, no ano de 1971. A trama rural, escrita por Benedito Ruy Barbosa, tinha o cunho educativo.

Participam da cena, Patrícia Ayres (Pituca), Aires Pinto (Serelepe), Renato Consorte (Dono da venda), Castro Gonzaga (Coronel Epaminondas), Canarinho (Rodapé) e Cacilda Lanuza (Helena)

Vídeo postado no Youtube por Canal Memória

Viva Marília! (1972) - Marília Pêra e Milton Moraes




Uma vez por mês, Marília Pêra cantava, dançava, atuava, entrevistava e apresentava o show 'Viva Marília'. O programa estreou pela tela da Rede Globo no ano de 1972 e tinha um formato inovador. Cada programa tinha um tema voltado para os interesses da mulher. Contando sempre com a participação de artistas e personalidades, que eram entrevistadas por Marília, dentro do assunto.

O programa de estréia foi voltado aos valores da mulher na sociedade. Através da música e interpretações da atriz, o programa se propunha a discutir questões pouco abordadas pela televisão.

O formato do programa iria mais tarde inspirar o musical 'Não Fuja da Raia' (1992), apresentado por Cláudia Raia.

Nessa cena do programa, Marília Pêra e o ator convidado Milton Moraes vivem uma situação de inversão de valores. A mulher é agora o chefe da família, enquanto o homem cuida do lar e dos filhos, à espera da amada.

Vídeo e texto postados por Canal Memória no Youtube.

O Espigão (1974) - Milton Moraes e Suely Franco




Cena da novela "O Espigão" exibida entre abril e novembro de 1974, às 10 horas da noite', pela Rede Globo. Escrita por Dias Gomes, criticava a atual sociedade capitalista, o consumo e a ambição do homem moderno. Na cena, aparecem Milton Moraes, Suely Franco e Mauro Mendonça.

Vídeo postado no Youtube por Canal Memória

domingo, 23 de agosto de 2009

Zaíra Cavalcanti




(Santa Maria, RS, em 01/10/1913 - Rio Grande do Sul em 12/09/1981)

A atriz e cantora Zaíra Cavalcanti iniciou a carreira teatral na cidade de Santos, atuando na Companhia Arruda.

Durante muito tempo, atuou como atriz de teatro de revistas e sua beleza chegou a merecer do poeta e compositor Orestes Barbosa as seguintes palavras: "Ave rara, doce morena, ave pernalta com olhar de corsa mansa".

Foi corista da Companhia de Revistas Tro-ló-ló e atuou nos teatros Carlos Gomes e Glória e no cabaré Alcazar.

Em 1927, com a Companhia Tro-ló-ló atuou na revista "Você Quer é Carinho", de Nelson de Abreu, Luís Iglézias e Geysa Bôscoli com músicas de Paraguassu e Sinhô.

Era uma das vedetes da Companhia Brasileira de Revistas Tro-ló-ló com a qual embarcou em 1928 para uma tounée pela Argentina, Chile e Uruguai que durou quase três meses.

Em 1929, fez parte o elenco da revista "Pátria Amada", apresentada no teatro Recreio, RJ. Na ocasião, recebeu do crítico Mário Nunes o seguinte comentário: "Sabe cantar expressivamente, Sublinhando tudo com meneios quentes".

Como cantora, Zaíra Cavalcanti gravou pela primeira vez em 1930, pela Odeon, o samba-canção "Diga", de Gonçalves de Oliveira e Lamartine Babo, ea "Canção dos Infelizes", de Donga, Luiz Peixoto e Marques Porto, com acompanhamento da Orquestra Pan-Americana. Nesse mesmo ano, gravou na Parlophon os sambas "Pedaço de Mau Caminho", "Gongá", "Tem moamba" e "Vou Pedir A Padroeira".

Ainda em 1930, Participou de um concurso musical promovido pelo jornal Diário Carioca, como uma das principais cantoras da época. Ainda em 1930, Atuou na revista "Dá Nela", de Marques Porto e Luiz Peixoto, apresentada no Teatro Recreio com sucesso fazendo uma interpretação da música título, de Ary Barroso, que foi gravada logo em seguida por Francisco Alves.

Pouco depois, Zaíra Cavalcanti estreou no mesmo teatro a revista "Eu Sou do Amor", música de Ary Barroso, peça escrita por Áricles França e Elieser de Barros. Estrelou em seguida, grande sucesso com a revista "Pau-brasil, de Marques Porto e Luiz Peixoto com músicas de Ary Barroso e Júlio Cristóbal.

Atuou, também, na revista "Vai Dar o que Falar", de Marques Porto e Luiz Peixoto com músicas de Ary Barroso e Antônio Neves apresentada no Teatro João Caetano.

Em 1933, viajou com uma Companhia Tro-loló para apresentações em Portugal. Gravou somente sete discos pelas gravadoras Odeon e Parlophon, tendão sua carreira depois se restringido somente ao Teatro de Revista.

Em 1949, Atuou com sucesso na revista "Confete na Boca", apresentada no Teatro Glória ao lado de nomes como Dercy Gonçalves e Dircinha Batista. Na ocasião, o crítico Antônio Accioly Neto assim escreveu a seu respeito nas páginas da revista O Cruzeiro: "Zaíra Cavalcanti, sem embora Aqueles cantar seus antigos sambas tão cheios de dengues, grande que fizeram época, ainda é um elemento no gênero".

Em 1952, Participou na Rádio Tupi da festa pelos 49 anos do compositor Ary Barroso e interpretou na ocasião o samba "Dá Nela".

No cinema, Zaíra Cavalcanti participou dos filmes "Cada Um Dá o que Tem" (1975), "A Ilha do Desejo" (1975), "Sedução" (1974), "Uma Pistola para Djeca" (1969), "Vamos Cantar "(1941)," Entra na Farra "(1941)," Luna de miel en Río "(1940);" Tererê Não Resolve "(1938)," Vamos Cantar "(1941)," Céu azul (1940); " Pureza "(1940).

Fontes: Sites Cifra Antiga; Dicionário da MPB; Funarte; Portal Luis Nassif e
Companhia Tro-ló-ló.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Pepa Delgado




(Piracicaba, São Paulo em 21/07/1887- Rio de Janeiro em 11/03/1945)

  Maria Pepa Delgado era filha de Ana Alves e do toureiro espanhol Lourenço Delgado, que se tornou fotógrafo ao chegar ao Brasil. Em 1902 veio com o pai para o Rio de Janeiro e, aos 15 anos de idade, tornou-se atriz e cantora.

  Entre 1902 e 1920, atuou em várias revistas encenadas não Teatro São José, no Rio de Janeiro. Em 1905, gravou para a Casa Edison uma cançoneta "O Abacate" eo maxixe "Café ideal", ambos da revista "Cá e Lá", com música da maestrina Chiquinha Gonzaga. No mesmo ano, gravou "Um samba na Penha", da revista "Avança" e "uma recomendação", de Assis Pacheco.

  Em 1912, a Columbia lançou discos seus, nos quais se lia em uma das faces: "Atriz brasileira que tem feito sucesso e arrancado de nosssas platéias como mais ruidosas manifestações". Em algumas dessas gravações, apresentou-se Cantando em duetos com Mário Pinheiro, registrando, entre outras, o tango "vatapá", de Paulino Sacramento. Entre suas gravações, destacam-se ainda uma canção "Rasga o Coração", de Anacleto de Medeiros e Catulo da Paixão Cearense e, principalmente, "Corta-jaca", de Chiquinha Gonzaga (com versos de Machado Careca), sua gravação de maior Sucesso, ao lado do cantor Mário Pinheiro.

  No ano de 1920, Casou-se com o oficial do Exército Almerindo Álvaro de Moraes, que era Tesoureiro do Clube dos dois dos Democráticos, onde se tornara mais conhecido pelo apelido de Lambada. Delgado Pepa muitas vezes saiu Integrando uma comissão de frente nenhum dos Préstitos desfile da terça-feira gorda. Nesse mesmo ano seguiu com o marido para a cidade de Campos - RJ, onde apresentou-se em teatros.

  Entre as muitas peças feitas por Pepa, encontra-se uma burleta "Forrobodó", de Luís Peixoto e Carlos Bittencourt, com música de Chiquinha Gonzaga. Nela, interpretava o papel de Rita, atuando ao lado de Cinira Polonio, Cecília Porto e Alfredo Silva, entre outros. O espetáculo, estreado em 11 de junho de 1912, obteve grande sucesso, alcançando 1.500 Apresentações consecutivas, além de ser remontado incontáveis vezes nos anos seguintes.

  Foi uma das primeiras pessoas uma reconhecer o talento de Vicente Celestino EA ajuda-lo.

  Encerrou sua carreira artística em 1924, aos 37 anos de idade. Foi ela quem solicitou uma Fred Figner, proprietário da Casa Edison e diretor-geral da Odeon Brasileira, que doasse um terreno em Jacarepaguá para construir o Retiro dos Artistas, situado na Rua dos Artistas, ainda hoje em funcionamento. Faleceu aos 58 anos, vítima de hepatite.

  Fotos e Informações: Site Memoriadampb.multiply.com e Alvaro Siqueira.

  (RB)

João Caetano




(Itaboraí, RJ, em 27/01/1808 - Rio de Janeiro, RJ, em 24/08/1863)

João Caetano dos Santos foi ensaiador, encenador e empresário, além de ator.

Tinha João Caetano uma certa semelhança física com Napoleão Bonaparte, o que te deve-lo ajudado na carreira, ainda que de modo secundário. Foi Cadete, TENDO servido na Guerra Cisplatina. Essa experiência em campo de batalha certamente o ajudou, de acordo com os seus críticos contemporâneos, na montagem de cenas militares que eram das chaves uma do seu sucesso.

Peça Começou sua carreira como amador, até que, em 24 de abril de 1831, estreou como profissional na "O Carpinteiro da Livônia", mais tarde representada como "Pedro, O Grande".

Apenas dois anos depois, em 1833, João Caetano já ocupava o teatro de Niterói junto com um elenco de atores brasileiros. Assim, Iniciava uma Companhia Nacional João Caetano.

O ator também exerceu as Funções de empresário e ensaiador. Autodidata da arte dramática, seu gênero favorito era uma tragédia, mas chegou a representar papéis cômicos.

Além de atuar em muitas peças, tanto, Rio como nas Províncias João Caetano publicou dois livros sobre a arte de representar: "Reflexões Dramáticas", de 1837 e "Lições Dramáticas", de 1862.

Em 1860, após uma visita ao Conservatório Real da França, organizou João Caetano, no Rio de Janeiro, Uma Escola de Arte Dramática, em que ensino era totalmente gratuito. Além disso, promoveu uma criação de um júri dramático, para premiar uma produção nacional.

O pesquisador J. Galante de Souza (O Teatro no Brasil, vol.1) considera que o ator, "um estudioso dos problemas da arte de representar, e dotado de verdadeira intuição artística, reformou completamente a arte dramática no Brasil".

Antes dele, a declamação era uma espécie de cantiga monótona, como uma ladainha. Ainda segundo J. Galante, "João Caetano substituiu aquela cantilena pela declamação expressiva, com Inflexões e tonalidades apropriadas, ensinou uma representação natural, chamou atenção para a respiração da Importância e mostrou que o ator DEVE estudar o caráter da personagem que encarna, procurando imitar , não igualar, a natureza ".

João Caetano Criou um perfil para o ator brasileiro, TENDO Sido um ator excepcional, dentro e fora do palco. Herói Tornou-se um mito, um "cultural", Através de sua dedicação e de seu trabalho. Nunca um ator foi tão biografado no Brasil como João Caetano.

A carreira de João Caetano abria um leque muito variado de Possibilidades, onde um tempo em que Condições do Teatro no Brasil eram muito precárias, tanto do ponto de vista do repertório, na maior parte constitu por traduções de gosto, Duvidosos e Qualidade fidelidade, quanto do ponto de vista da produção.

João Caetano partiu do nada, quase do zero absoluto. Era um ator num país que começava também que dava os primeiros passos, onde tudo se mostrava virgem, desde o teatro até a nacionalidade.

Já em 1838, recebeu medalha de bronze, consagrando-o como "o Talma Brasileiro", equiparando-o, portanto, a um ator clássica da linhagem.

Dono absoluto da cena brasileira de sua época, morreu em 1863, no Rio de Janeiro.

O antigo Teatro São Pedro, do Rio de Janeiro, recebeu o nome de Teatro João Caetano em 26 de junho de 1930.

Fontes: Sites interpalco Nosso São Paulo

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Amândio Silva Filho




(Rio de Janeiro em 1933 - Rio de Janeiro em 2000).

O ator Amândio Silva Filho atuou no teatro, cinema e televisão.

Foi um ator de muito prestígio no começo da televisão no Brasil. Ele era comediante, mas também fazia personagens sérios.

Amândio apareceu na TV Tupi de São Paulo, em 1957. No começo, trabalhou com o grupo do TESP, de Júlio Gouveia e Tatiana Belinky, Fez e peças como "O Pequeno Lorde", em 1957 e 1958.

A seguir, Amândio Silva Filho, foi incorporado ao elenco fixo da TV Tupi E começou a ser escalado em todos os teleteatros da emissora. Ainda em 1957, foi escalado para o seriado, que fez grande sucesso, "Pequeno Mundo de Dom Camilo".

Em 1958, no elenco de Júlio Gouveia, fez "Pollyana Moça", além de participar do programa "Grandes Atrações".

Seu Jeito magro esbelto, seu rosto expressivo, o encaminhavam para diferentes papéis. Ainda em 1958, fez "Marcelino, Pão e Vinho", além de atuar no programa "TV Teatro". No ano seguinte, fez "A Moreninha". A partir daí, entrou para o elenco definitivo de Geraldo Vietri que estava à frente do "TV de Comédia", "Grande Teatro humorístico que ia ao ar quinzenalmente, aos domingos, num revezamento com o famoso" TV de Vanguarda ". Amândio Participou de quase todos os episódios. No "TV de Comédia", Participou, dentre outros, dos episódios "Chica Boa", "Joaninha Buscapé", "Cala a Boca, Etelvina" e "Era Uma Vez Um Vagabundo".

Além dessa sequência enorme de trabalhos, também Amândio fez o seriado "Vigilante Rodoviário", feito em película, mas que foi sucesso na televisão Tupi. A partir de 1961, fez trabalhos Amândio em várias outras emissoras.

Amândio Silva Filho fez vários filmes também, dentre os Quais destacam-se "Casei-me com um Xavante" (1957); "Imitando o Sol" (1965), "O Homem que Comprou O Mundo" (1966); "Simão, O Boêmio "(1970)," Confissões do Frei Abóbora "(1971)," As Moças Daquela Hora "(1973)," Como Nos Livrar do Saco "(1973);" Divórcio à Brasileira "(1973);" Manicure à Domicílio "(1978)

Fez, também parte de programas humorísticos, dentre os Quais "A Praça é Nossa", "As Aventuras de Berlock Kolmes" e "Riso Sinal Aberto".

No teatro, dentre outras peças Amândio Silva Filho fez "O Canto da Cotovia" (1954); "Mulheres Já", de 1984.

Não existem informações sobre a causa de sua morte.

Fontes: Museu da TV; Memória Globo

Miguel Magno




(São Paulo, 28/03/1951 - São Paulo, 17/08/2009).

O ator, diretor e dramaturgo Miguel Magno começou no teatro e ficou famoso na Globo com a novela "Top Model", em 1989.

Ele foi um dos idealizadores do gênero cômico que ficaria conhecido como besteirol a partir do espetáculo "Quem Tem Medo de Itália Fausta?", escrito em parceria com Ricardo Almeida, que fez um estrondoso sucesso no teatro e ficou anos em cartaz, desde sua estreia em 1979.

Miguel Magno trabalhou em televisão, teatro e no cinema.

Atuou no filme "Irma Vap, O Retorno", dirigido por Carla Camurati.

Também trabalhou ao lado de Marcos Caruso, autor da peça "Operação Abafa", que tinha Magno no elenco, um de seus últimos trabalhos teatrais.

"Quem Tem Medo de Itália Fausta?", sem dúvida o espetáculo que projetou nacionalmente Miguel Magno, nasceu de forma despretensiosa, como costuma ocorrer com os grandes sucessos. Magno havia lido um livro sobre o ator Leopoldo Fróes (1882-1932) e, a partir dessa leitura, ele e Ricardo Almeida começaram a criar cenas brincando com a figura do ‘ponto’, aquele funcionário cuja função era ‘soprar’ do fosso do palco o texto para os atores. Assim, surgiu a diva dependente do ponto, esquete que abria a montagem. Aos poucos, outros foram se agregando. Itália Fausta ganhou ainda, como ‘entreato’, hilariante crítica ao academicismo na conferência de duas professoras sobre “a importância dos monossílabos e das interjeições átonas do dialeto javanês na literatura dramática da ilha de Java durante os últimos 15 dias do século 12 antes de Cristo”. O espetáculo estreou num pequeno teatro no Bexiga - hoje o Espaço Ágora dirigido por Roberto Lage e Celso Frateschi. “Eu vi aquela montagem dezenas de vezes”, lembrou mais tarde Eduardo Martini que atuou nessa comédia, primeiro contracenando com Miguel Magno e, numa remontagem, com Marcos Oliveira (o Beiçola do seriado A Grande Família).

Entre seus múltiplos trabalhos, Miguel Magno participou de séries como "Queridos Amigos", de Maria Adelaide Amaral, do seriado inaugural de "A Diarista", no papel do pintor Amintas Possolo e de "Os Normais", como um dentista.

Na televisão participou, ainda, de novelas nas quais sua verve cômica conquistou o público. Ele brilhou como o criado Romeu de "Estrela Guia" (2001) e ao encarnar Dona Roma, de "A Lua me Disse" (2005), ambas na Rede Globo. Ainda na televisão, participou das novelas "Felicidade" (1991), Helena (1987) e A História de Ana Raio e Zé Trovão (1990), essas duas pela Manchete, e Dona Anja (1996) e Direito de Nascer (2001) pelo SBT.

No teatro, atuou ainda com Denise Stoklos na comédia "Um Orgasmo Adulto Escapa do Zoológico", com texto de Dario Fo e Franca Rama.

Em 2009, O estava no elenco do programa humorístico "Toma Lá, Dá Cá", onde interpretava a personagem Doutora Percy.

Miguel Magno faleceu no dia 17 de agosto de 2009, estava internado no Hospital Paulistano, em São Pualo, onde desde o começo de julho de 2009 havia iniciado o tratamento de um câncer. O ator havia feito uma biópsia do fígado, mas morreu antes de saber o resultado.

O corpo do ator foi velado no Teatro Bibi Ferreira, na capital paulista, e cremado no dia seguinte ao seu falecimento.


Fontes: Sites Globo; Uol; Folha de S. Paulo; Último Segundo; Terra.Paulo, 28/03/1951 - São Paulo em 17/08/2009).

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Morre o ator Miguel Magno, aos 58 anos

Rating:★★★★★
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O ator Miguel Magno morreu na manhã desta segunda-feira (17) em decorrência de um câncer no fígado, no hospital Paulistano, em São Paulo. Internado desde o início de julho, o ator interpretava atualmente a Dra. Percy, no humorístico "Toma Lá Dá Cá", da Globo. O último episódio do programa com a participação de Magno vai ao ar amanhã (18). O corpo de Miguel Magno será velado hoje, a partir das 18h, no Teatro Bibi Ferreira, em São Paulo.


Fonte: Uol - 17-08-2009

domingo, 16 de agosto de 2009

Felipe Levy - Filme "Jeca Macumbeiro" - 1975




Cena do Filme "Jeca Macumbeiro", de 1975, na qual o ator Felipe Levy contracena com Mazzaropi.

Vídeo postado no Youtube por MrVampiro

sábado, 15 de agosto de 2009

Maurício do Valle e Dionísio Azevedo - "O Bacalhau"




Cena do filme "O Bacalhau", de 1975, uma sátira do filme "Tubarão".

Na cena, aparecem Maurício do Valle, Dionísio Azevedo, Canarinho, dentre outros.

Vídeo postado no Youtube por betostrada

Antero de Oliveira




(Rio de Janeiro em 1931 - Rio de Janeiro em 01/05/1977).

O ator estreou em 1967 sem nenhum cinema filme "Cara um Cara" de Júlio Bressane ENA TV surgiu em 1969 na novela "Um Gosto Amargo de Festa" exibida pela TV Tupi do Rio.

O sucesso viria em 1969 quando chamou a atenção da crítica ao fazer o filho assassino do filme "matou a família e foi ao cinema". Na televisão sua melhor participação foi na novela "Bandeira 2", onde viveu Quincas, personagem da parte pobre da novela e contracenava com Anecy Rocha.

Ainda no cinema o ator fez "Tempo de Violência", "Em Família"; "Pedro Bó, O Caçador de cangaceiros" e "A Noiva da Cidade".

Participou do programa "Chico City" onde fez vários personagens, o mais famoso deles o Soiza. Antero programa não estava quando foi internado e morreu quase um mês depois, aparentemente vitimado por um câncer.

Fontes e Fotos: Revista Amiga; IMDB; Arquivo Rodolfo Bonventti.

(RB)


Ferreira Leite




(Rio de Janeiro em 1918 - Morreu no início da década de 90).

Ferreira Leite atuou no cinema, teatro e televisão.

Sua estreia foi em 1945, no filme "No Trampolim da Vida", ao lado de Lamartine Babo e Luz del Fuego, entre muitos outros nomes importantes daquela época.

Na televisão, Ferreira Leite estreou na novela "O Bem Amado", em 1973. Depois, participou das novelas "Gabriela" (1975), "Nina" (1977); "Olhai os Lírios do Campo" (1980). Seu último trabalho foi na novela "Um Sonho a mais" (1985).

No cinema, Ferreira Leite atuou, também, em "Jogo da Vida e da Morte" (1972); Cleo e Daniel (1970), "A Primeira Missa" (1961), "Na Corda Bamba" (1958), "O Noivo da Girafa "(1958)," O Barbeiro Que Se Vira "(1958)," A Grande Vedete "(1958);" Chico Fumaça "(1956)," Estrela da Manhã "(1949)," Pinguinho de Gente "( 1949), "Mãe" (1948); "É com Este Que Eu Vou" (1948); "O Cavalo 13" (1946).

São desconhecidas a data e a causa da morte do ator.


Fontes: Site IMDB; Youtube; Blog Memória da TV.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Aracy Cortes




(Rio de Janeiro em 31/03/1904 - Rio de Janeiro em 08/01/1985).

A atriz e cantora Zilda de Carvalho Espíndola, verdadeiro nome de Aracy Cortes, nasceu no Rio de Janeiro.

Uma das atrizes de maior destaque no teatro de revista, Aracy Cortes se caracterizou pela interpretação e pelo tipo físico brasileiros.

Iniciou sua carreira aos 16 anos, no Circo Democrático, cantando e dançando maxixe. Sua veia cômica lhe valeu o convite para atuar em seu primeiro espetáculo teatral, em 1922, "Nós pelas Costas", de J. Praxedes.

No teatro, os primeiros trabalhos de sua carreira foram na companhia do empresário Pascoal Segreto e entre os mais destacados revisteiros. Do autor Luiz Peixoto, atuou em "Secos e Molhados", de Luiz Peixoto e Marques Porto, 1924, e "O Baliza", de Luiz Peixoto, 1925. De Bastos Tigre, interpretou "Dito e Feito", 1924, e "Zig-Zag e Bric-à-Brac", ambos 1926. Tornou-se rapidamente popular entre o público da Praça Tiradentes - onde se concentravam os espetáculos musicais da época - e passou a ser o destaque dos espetáculos em que atuava.

Protagonizou, em 1928, "Miss Brasil", de Marques Porto e Luiz Peixoto, em que cantou "ai, ioiô, eu nasci pra sofrê...", música feita para ela e que se tornou um grande sucesso da música popular brasileira. Na segunda metade da década, trabalhou alternadamente nas companhias Tro-lo-ló e Ra-ta-plan.

Entre 1929 e 1934, Aracy Cortes fez vários espetáculos com direção de João de Deus, a maioria textos de teatro de revista, como "Compra um Bonde", de Carlos Bittencourt, Cardoso de Meneses e Alfredo de Carvalho; "Laranja da China", de Olegário Mariano; e "Às Urnas!", de Luís Iglesias e Freire Jr., todos de 1929.

Na década de 30, fundou sua própria companhia, que encenava principalmente textos de Luís Iglesias e Freire Jr. - entre eles, "Co-co-ro-có", "Paz e Amor" e "É Batata!", só em 1936.

Foi eleita Rainha do Rádio, em 1935, e Rainha das Atrizes, em 1939.

Nos primeiros anos da década de 40, Aracy trabalhou exclusivamente na companhia do empresário Walter Pinto, atuando, entre outros, em "É Disso que Eu Gosto", de Miguel Orrico, Oscarito Brennier e Vicente Marchelli; e "Acredite Se Quiser", de Paulo Guanabara, 1940, "Assim... Até Eu", de Olavo de Barros e Saint-Clair Senna, "Os Quindins de Yayá", de J. Maia e Walter Pinto; "A Cabrocha Não É Sopa", de Freire Jr.,1941. Em seguida, se associou aos autores Luís Iglesias e Freire Jr. em uma companhia de curta duração.

O teatro de revista, alvo da censura do Estado Novo, mudou de feição: em lugar da comédia, o luxo, em lugar dos autores, os produtores.

Na década de 50, quando o gênero revista entrou em declínio, Aracy Cortes trabalhou junto aos autores J. Maia e Max Nunes em espetáculos dirigidos por Rosa Mateus e Geysa Bôscoli.

A partir dos anos 60, atuou eventualmente em musicais. Seu último sucesso aconteceu em 1965, em um show realizado pelo Teatro Jovem e dirigido por Hermínio Bello de Carvalho, "Rosa de Ouro", em que atuou ao lado de Clementina de Jesus e Paulinho da Viola.

Em 1978, estrelou o espetáculo "A Eterna Aracy", com direção de J. Maia, contando sua carreira e cantando seus maiores sucessos, como "Jura", de Sinhô; e "Tem Francesa no Samba", de Assis Valente.

Quando morreu, em 1985, os jornais associaram a ela o próprio gênero teatral: "A quase totalidade das artistas de teatro de revistas em atividade no Brasil guiava-se pelo modelo francês, tinha uma malícia de boulevard, parecia importada de um music hall parisiense. A morena Aracy Cortes, de cabelos crespos, olhos vivos, corpo bonito que não procurava esconder com suas roupas ousadas para os palcos da época, era brasileira em tudo, na malícia dos gestos, nas insinuações do olhar, no gosto pelo duplo sentido das frases. Foi a primeira grande desbocada do teatro brasileiro".


Fonte: Site Itau Cultural

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Grande Otelo- Macunaima (1969)




Trecho do Filme "Macunaíma", de 1969, com Grande Otelo.

Vídeo postado no Youtube por alineperessin

Boneca de Piche - Betty Faria e Grande Otelo




Betty Faria e Grande Otelo cantam "Boneca de Piche", de Ary Barroso e Luiz Iglésias.

Vídeo postado no Youtube por georgesquerelle007

Grande Otelo- 1957 Filme "Rio Zona Norte"




Grande Otelo canta "Mágoa de Sambista" de Zé Keti, no filme "Rio Zona Norte" produção de Nelson Pereira dos Santos, de 1957 com participação de Jece Valadão e Paulo Goulart.

Vídeo e texto postados no Youtube por bossabrasileira

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Ankito e Anilza Leoni no filme "Vai que é Mole" (1960)




Número musical do filme "Vai Que é Mole" (1960), da Herbert Richers. Anilza Leoni e Ankito, os protagonistas dos filmes, dançam o rock "Você é de Morte!";

Atenção para a destreza e incrível agilidade do comediante Ankito, que veio de família circense e por muitos anos trabalhou como acróbata em shows performáticos. A beleza e graciosidade da atriz Anilza Leoni também chamam atenção. Na época a atriz, já mãe de dois filhos, estava no auge da beleza e da forma física.

O ator Otelo Zeloni também participa da cena.

Vídeo postado no Youtube por Canal Memória

Anilza Leoni em "A Gata Comeu" (1985)




Vídeo postado no Youtube por MofoTV.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Anilza Leoni




(Laguna, Santa Catarina em 10/10/1933 - Rio de Janeiro em 06/08/2009).

Anilza Pinho de Carvalho era o verdadeiro nome de Anilza Leoni.

Com a morte do pai, sua família foi obrigada a se mudar para o Rio de Janeiro. Anilza chegou à capital com sua mãe e irmãos, e, logo, foi internada no Colégio Ruy Barbosa.

A menina fez seus estudos regulares até que foi obrigada a trabalhar para sustentar a família, já que sua mãe adoecera. Tinha, então, 15 anos e trabalhou como datilógrafa e secretária por um curto período de tempo.

A beleza de Anilza chamou a atenção de um amigo que a convidou para participar de um concurso, o ''Miss Sereia'', em 1949, aos 16 anos. Além de ganhar o concurso, escolheu seu sobrenome artístico: 'Leoni', em homenagem ao jogador Leônidas.

Mais tarde, começou a trabalhar como girl, num dos shows de Renata Fronzi e César Ladeira, os 'Café-Concerto'.

Mesmo sendo menor, e escondida da família, Anilza Leoni conseguiu trabalhar simultaneamente nos shows noturnos, e na revista ''Zum! Zum!'', na companhia de Dercy Gonçalves. Sua mãe descobriu o 'trabalho' da menina, e a retirou do palco, pelas orelhas, durante o espetáculo de Dercy. A menina não desistiu e continuou trabalhando como girl, em outras revistas, agora acompanhada da mãe.

Fez vários shows noturnos e integrou o grupo de balé da 'Boate Pigalle'. Começou a ser notada e logo vieram suas primeiras falas nas revistas.

Entre os espetáculos que participou, destacam-se ''Acontece Que Sou Baiano'' (1953), e ''Feitiço na Vila'' (1953).

Sua grande chance veio em 1954, ao substituir Dorinha Duval na revista ''Carrossel de 53'', da Boate 'Night and Day'. A partir daí, consolidou-se como uma das maiores vedetes do Brasil, tendo trabalhado com Carlos Machado, Zilco Ribeiro, Walter Pinto, Miguel Khair e outros grandes empresários. Destacava-se por sua graça e beleza, estrelando diversas revistas, como ''TV Para Crer'' (1959), e ''Aperta o Cinto!'' (1956).

No início dos anos 60, Anilza partiu para o Teatro de Comédia. Fez muito sucesso com a peça ''Boa Noite Bettina'' (1964) e trabalhava paralelamente em cinema e televisão.

No cinema, Anilza Leoni fez várias chanchadas, da Herbert Richers, ao lado de Ankito, Grande Otelo e Wilson Grey.

Na televisão, participou de muitos teleteatros ao vivo, como o ''Câmera Um'', de Jacy Campos, e de novelas, como a primeira adaptação de ''Gabriela'' (1961), ao lado de Paulo Autran.

No decorrer dos anos 60, dedicou-se aos humorísticos e musicais, tendo participado dos ''Espetáculos Tonelux'' e do humorístico ''Noites Cariocas'' (1964).

Nos anos 70, Anilza foi diminuindo o ritmo de sua carreira, fazendo pequenas aparições em programas da Globo e da TV Educativa.

No teatro, continuou fazendo grandes comédias e no cinema apenas pontinhas em alguns filmes.

Sua volta à mídia aconteceu em 1985, com a novela de Ivani Ribeiro, ''A Gata Comeu'', onde interpretou a fútil Esterzinha, madrasta de Jô (Christiane Torloni).

Continuou ativa em teatro, tendo recebido o Prêmio Mambembe por suas atuações em peças no ano de 1990. ''Por Falta de Roupa Nova, Passei o Ferro na Velha'' e a montagem espírita ''Além da Vida'' foram seus grandes sucessos.

Fez mais algumas participações em novelas, como a cartomante Edite em ''Barriga de Aluguel'' (1990), mas com a morte de seu filho, interrompeu temporariamente suas atividades.

Nos anos que antecederam sua morte, participou esporadicamente de televisão, fazendo pontas em novelas (''Porto dos Milagres'', ''Desejos de Mulher''). No Teatro, aparecia com certa frequência.

Participou do longa-metragem ''Chega de Saudade'', de Laís Bodanzky, onde dividiu a cena com Leonardo Villar, Betty Faria e outros veteranos.

Anilza Leoni morava sozinha no Bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. Tem uma filha e uma neta que moram nos EUA. Reunia-se, semanalmente, com suas amigas, e antigas vedetes, para jogarem buraco, e botar a conversa em dia. Maria Helena Dias, Sandra Sandré e tantas outras partilhavam a atividade.

Em 2008, a atriz fez uma pequena participação da minissérie "Queridos Amigos" (Globo), e, no final do mesmo ano voltou à TV em um dos episódios do seriado "Casos e Acasos", também na Globo.

Anilza Leoni faleceu aos 75 anos, no Rio de Janeiro. Na semana anterior à sua morte, quando se preparava para a estreia da peça "Mário Quintana - O Poeta das Coisas Simples", que vinha ensaiando em São Paulo, Anilza sentiu-se mal. Convivendo há anos com um enfisema pulmonar, ela voltou para o Rio de Janeiro com problemas respiratórios e foi internada no Hospital do Irajá, onde morreu.

Fontes: Acervo Daniel Marano, Site A Gata Comeu, Jornal O Globo, Acervo Sander Nagy


Vídeos relacionados:

Novela A Gata Comeu:

http://inmemorian.multiply.com/video/item/154


Filme "Vai que é Mole" - 1960

http://inmemorian.multiply.com/video/item/155

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Morre aos 75 anos a atriz Anilza Leoni, três vezes certinha do Lalau

Rating:★★★★★
Category:Other
RIO - Morreu nesta quinta-feira a atriz Anilza Leoni, de 75 anos. Ex-vedete do teatro de revistas, Anilza foi eleita três vezes certinha do Lalau - a lista de mulheres mais bonitas do ano celebrada pelo jornalista Sergio Porto nos anos 50 e 60 -, brilhou em chanchadas do cinema brasileiro produzidas por Herbert Richers e fez alumas novelas da TV Globo, como "A gata comeu" e "Barriga de aluguel".

Catarinense de Laguna, Anilza Pinho de Carvalho mudou-se com a família para o Rio de Janeiro no fim dos anos 1940. Trabalhava como datilógrafa quando, no carnaval de 1951, foi ao baile do teatro João Caetano fantasiada de havaiana.

Ali, foi abordada por outro folião que perguntou-lhe se queria trabalhar no teatro. Anilza topou, foi apresentada a Renata Fronzi e, logo depois, estreava nos espetáculos de revista produzidos pela atriz já com o nome artístico de Anilza Leoni, uma homenagem ao jogador de futebol Leônidas da Silva.

Durante um tempo, manteve a nova carreira escondida da família, até que a mãe, avisada por uma amiga, a surpreendeu em cena, no Teatro Copacabana, no espetáculo "Zum zum", estrelado por Dercy Gonçalves. A mãe de Anilza subiu no palco, puxou a filha pela orellha e a tirou do teatro. Mas não adiantou muito. A partir daí, Anilza continuou na carreira de vedete, só que com o conhecimento da família.

Ficou conhecida do grande público a partir de 1953, quando era uma das estrelas da revista "Carrossel de 53", na boate Night and Day. Tornou-se, então, uma das maiores vedetes do país, tendo trabalhado com os empresários Carlos Machado, Zilco Ribeiro e Walter Pinto. Na mesma década, participou de várias chanchadas do cinema brasileiro produzidas por Hernert Richers.

Na década de 60, estreou na televisão tendo feito parte do elenco da primeira adaptação para a linguagem da telenovela do romance "Gabriela", de Jorge Amado, ainda na TV Tupi carioca. Ainda nesse período, foi incluída, em três anos diferentes, na lista de Certinhas do Lalau, a relação de mulheres mais desejadas do ano elaborada pelo jornalista Sergio Porto.

Anilza passou boa parte dos anos 70 afastada da carreira artística, mas retornou em 1985, quando esteve no elenco da novela da Globo "A gata comeu".

Na semana passada, quando se preparava para a estreia da peça "Mário Quintana - O poeta das coisas simples", que vinha ensaiando em São Paulo, Anilza sentiu-se mal. Convivendo há anos com um efisema pulmonar, ela voltou para o Rio com problemas respiratórios e foi internada no Hospital do Irajá, onde morreu nesta quinta-feira, aos 75 anos.

Fonte: O Globo

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Milton Gaúcho




(Salvador, Bahia em 07/10/1916 - Salvador em 06/01/2005).

O baiano registrado Milton Magalhães nunca soube direito o porque do nome ter se transformado em Milton Gaúcho.

O ator foi um figura emblemática do cinema baiano, pois atuou nele em todas fases a partir do filme "Redenção", lançado em 1959, primeiro longa metragem realizado em Salvador, dirigido por Roberto Pires.

Em 1936, aos 20 anos de idade, Milton Magalhães faz sua estréia em uma missora radiofônica, a Rádio Clube da Bahia (PRF-6). Nesta época, o cinema baiano praticamente não existe, restrito a curtas caseiros. Dessa emissora ele passa para a Rádio Comercial da Bahia, Rádio Transmissora do Rio de Janeiro (ZIN 20), Rádio Mayrink Veiga, a famosa Rádio Nacional, uma de Belo Horizonte, outra de Porto Alegre. E aí surge então o Milton Gaúcho.

No rádio ele vira ator de radionovelas mas ainda encontra tempo para investir no teatro, na direção artística de peças, na ópera, como cantor e até no circo.

No cinema, Milton Gaúcho depois de "Redenção" participa de quase todos as obras cinematográficas realizadas na Bahia. Em "Bahia de Todos os Santos", do paulista Trigueirinho Neto, uma presença discreta mas garantida; em "A Grande Feira", de Roberto Pires ele é o feirante e, logo a seguir, com o mesmo Pires na direção, "Tocaia no Asfalto", no papel do deputado corrupto Pinto Borges.

Outro papel de destaque foi como o guarda civil em "O Pagador de Promessas" (1962), de Anselmo Duarte, uma produção paulista de Oswaldo Massaini toda filmada aqui em Salvador, e que é, até hoje, o único filme brasileiro a ganhar a Palma de Ouro no Festival de Cannes.

A seguir ele foi o coronel malvado de "O Caipora" (1963), de Oscar Santana, e trabalha também em "Sol Sobre a Lama" (1964), dirigido pelo carioca Alex Viany.

Participa também em "O Rio dos Homens sem Medo"; "O Santo Módico"; "Rebelião de Brutos"; "Os Pastores da Noite", de Marcel Camus; "Luar Sobre Parador",de Paul Mazursky, "Caveira My Friend" (1969), de Álvaro Guimarães e "Meteorango Kid, o Herói Intergalático" (1970), de André Luiz Oliveira.

Seus dois últimos trabalhos foram em "Três Histórias da Bahia" e "Eu Me Lembro", recentemente lançado no circuito comercial.

Ele foi também criador do Grupo Bahiano de Cinema e morreu aos 88 anos vítima de um acidente vascular cerebral.

(RB)

Fotos e Informações: IMDB; Site Coisas de Cinema; Folha onLine e Site setarosblog.blogspot.com .





quarta-feira, 29 de julho de 2009

Gilda Nery




(Rio de Janeiro, 25/12/1935 - Rio de Janeiro em 2004).

Gilda Nery foi uma atriz importante e premiada no cinema nacional e que pouco atuou na TV.

Ela começou na verdade atuando no teatro, e nesse veiculo realizou trabalhos, com nomes como Pascoal Carlos Magno e Sergio Cardoso. Sua estréia no cinema se deu na Vera Cruz, na década de 50, no clássico "Uma Pulga na Balança´´, de Luciano Salce, que lhe valeu o premio Governador do Estado.
No ano seguinte, ela voltou a ser premiada, dessa vez com o Saci como melhor coadjuvante em "Floradas na Serra", também de Salce.

Gilda Nery realizou trabalhos na Argentina e no Uruguai, com repercussão internacional. No Brasil, participou ainda de filmes importantes como "Ravina" e "Viagem aos Seios de Duilia". Aos poucos, diminuiu sua presença nas telas, e atuou em algumas novelas e minisséries.

Filmografia:
- "Uma Pulga na Balança" (1953)
- "Floradas na Serra" (1954)
- "Ravina" (1958)
- "Viagem aos Seios de Duilia" (1964)
- "Asfalto Selvagem" (1964)
- "O Diabo de Vila Velha" (1966)
- "Navalha na Carne" (1969)
- "Vai Trabalhar Vagabundo" (1973)
- "Mistério no Colégio Brasil" (1988)
- "Não Quero Falar Sobre Isso Agora" (1991)
- "Matou a Família e foi ao Cinema" (1991)

(RB)

Eva Nill




(Cairo, Egito em 25/06/1909 - Cataguases, Minas Gerais em 15/08/1990).

Eva Nill nasceu com o nome de Eva Comello e veio para o Brasil em 1914, na companhia do pai, que fugia da Primeira Guerra Mundial.

Fez seus primeiros contatos com a arte cinematográfica em 1925, quando seu pai, Pedro Comello, realizou com Humberto Mauro o curta-metragem “Valadião, o Cratera”, ainda em 9,5 mm.

Em Cataguases, onde vivia, Eva participou como estrela dos filmes “Na Primavera da Vida”, o primeiro longa de Humberto Mauro; “Senhorita Agora Mesmo”, dirigida pelo próprio pai, “Tesouro Perdido” e o clássico do cinema nacional, “Barro Humano”, também de Humberto Mauro, realizado no Rio de Janeiro, em 1928.

De personalidade forte, resolve abandonar a carreira em 1929, segundo ela por não concordar com o amadorismo do cinema no Brasil. Passou a cuidar do estúdio fotográfico do seu pai, em Cataguases.

Fez poucos filmes mas se transformou na musa do cinema mudo brasileiro e morreu aos 81 anos e solteira, em Cataguases. Para muitos ela foi a Greta Garbo tupiniquim.

Texto e Foto: Rodolfo Bonventti.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Ludy Veloso




(Rio de Janeiro em 11/09/1924 - Morreu na década de 90).

A atriz Lourdes Leão Veloso, verdadeiro nome de Ludy Veloso, muito jovem começou a trabalhar no Instituto do Café, mas, como queria ser atriz, não recusou o convite de Armando Couto para fazer teatro em São Paulo.

Ludy Veloso estreou na peça "Helena Fechou a Porta", de Acioly Neto. A atriz também lançou várias peças de Millôr Fernandes e trabalhou em filmes de Mazzaropi na época da Vera Cruz.

Com o surgimento de outras oportunidades teatrais, Ludy acabou ficando em São Paulo.

Sua estréia no cinema aconteceu em 1952 no filme "Sai da Frente", como a primeira esposa de Mazzaropi no cinema. Por esse trabalho, Ludy Veloso recebeu o Prêmio Saci de 1952 de melhor atriz secundária.

Ludy Veloso fez quase uma dezena de filmes, com destaque para "A Sogra" (1954) e "Ladrão em Noite de Chuva" (1961).

Na televisão, teve marcante carreira, chegando a ter programa próprio na TV Tupi, chamado "Ludy Veloso Recebe".

Filmografia

1961 - Ladrão em Noite de Chuva
1954 - A Outra Face do Homem
1954 - A Sogra
1953 - Destino em Apuros
1953 - O Homem Dos Papagaios
1953 - Nadando em Dinheiro (Maria)
1952 - Sai da Frente (Maria)

Ludy Veloso foi casada com o escritor, pesquisador e sertanista Oswaldo Lamartine, a quem conheceu no Rio de Janeiro, no escritório de Celso Furtado quando estava sendo criada a SUDENE. Viveram juntos por muitos anos, até que ela faleceu de ataque cardíaco na década de 90.

Quando faleceu, Ludy Veloso já havia abandonado, há muitos anos, a carreira artística. Dedicava-se a gravar livros em fitas cassetes para o Instituto dos Cegos. Dizia que era uma forma de agradecer a Deus a sua voz tão bonita. Chegou a gravar cinco mil horas.


Fonte: "Astros e Estrelas do Cinema Brasileiro", Meu Cinema Brasileiro; Diário de Natal- 30 de março de 2008.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Morre a atriz Maria Sílvia, aos 65 anos

Rating:★★★★★
Category:Other
Maria Silvia Correa Moreira começou a carreira artística no fim da década de 60, no teatro. Em 1973, ela estreava no cinema, em "Joanna Francesa", sob a direção de Cacá Diegues. Mas a consagração na Sétima Arte veio em sua segunda produção, "Perdida" (1976), do mineiro Carlos Alberto Prates Correia. No filme, Maria Silvia é Estela, moça simples que se prostitui. A partir daí, a atriz virou musa do cineasta, atuando em todos os seus filmes, como "Cabaret mineiro", "Noites do sertão" e "Minas-Texas". Com extensa filmografia, a atriz atuou em mais 28 filmes, de diretores renomados, como Ruy Guerra, Paulo César Saraceni, Arnaldo Jabor e Walter Lima Jr. O último foi "Desejo" (2005), de Anne Pinheiro Guimarães.



Maria Sílvia estreou na TV no fim da década de 70, já consagrada no cinema e no teatro. Sua primeira novela foi "O astro" (1977), na TV Globo. Trabalhou depois na extinta TV Manchete em "Olho por olho", "Kananga do Japão" e "A história de Ana Raio e Zé Trovão". De volta à Globo, atuou em "Memorial de Maria Moura" (1994), "Torre de babel" (1998), "Brava gente" (2000), "Chocolate com pimenta" (2003), "Alma gêmea" (2005 e que será reprisada a partir de agosto na Globo) e "Páginas da vida" antes de se mudar para Record.


Fonte: O Globo

Maria Sílvia




(São Paulo, 16/02/1944 - Rio de Janeiro, 26/07/2009).

A atriz Maria Silvia Corrêa Moreira, mais conhecida apenas por Maria Sílvia, era um dos melhores exemplos de atriz essencialmente de cinema e que só veio para a TV depois de ser consagrada e premiada na telona.

Maria Silvia começou a carreira artística no fim da década de 60, no teatro. Em 1973, ela estreou no cinema, em "Joanna Francesa", sob a direção de Cacá Diegues. Mas, a consagração na Sétima Arte veio em sua segunda produção, "Perdida" (1976), do mineiro Carlos Alberto Prates Correia. No filme, Maria Silvia é Estela, moça simples que se prostitui. A partir daí, a atriz virou musa do cineasta, atuando em todos os seus filmes, como "Cabaret Mineiro", "Noites do Sertão" e "Minas-Texas".

Com extensa filmografia, a atriz atuou em mais 28 filmes, de diretores renomados, como Ruy Guerra, Paulo César Saraceni, Arnaldo Jabor e Walter Lima Jr. O último foi "Desejo" (2005), de Anne Pinheiro Guimarães.

Maria Sílvia estreou na TV no fim da década de 70, já consagrada no cinema e no teatro. Sua primeira novela foi "O Astro" (1977), na TV Globo. Trabalhou, depois, na extinta TV Manchete em "Olho por Olho", "Kananga do Japão"; "A História de Ana Raio e Zé Trovão" e "Amazonia".

De volta à Rede Globo, atuou em "Memorial de Maria Moura" (1994), "Torre de Babel" (1998), "Brava Gente" (2000), "Chocolate com Pimenta" (2003), "Alma Gêmea" (2005) e "Páginas da Vida" (2006), antes de se mudar para Record onde fez "Chamas da Vida" e "Vidas Opostas".

Seus trabalhos no cinema são:

- `Joanna Francesa` (1973), de Carlos Diegues;
- `Perdida` (1976), de Carlos Alberto Prates Correia;
- `A Queda` (1976), de Ruy Guerra;
- `Gordos e Magros’ (1976), de Mário Carneiro;
- `Assuntina das Amérikas’ (1976), de Luiz Rosemberg Filho;- `Anchieta, José do Brasil` (1977), de Paulo Cesar Saraceni;
- `Este Rio Muito Louco’ (1977), episódio de Denoy de Oliveira;
- `Tudo Bem` (1978), de Arnaldo Jabor;
- `Amor e Traição` (1979), de Pedro Camargo;
- `Cabaret Mineiro` (1980), de Carlos Alberto Prates Correia;
- `Eu Te Amo` (1981), de Aranldo Jabor;
- `Luz del Fuego´ (1982), de David Neves;
- `Janete` (1983), de Chico Botelho;
- `O Mágico e o Delegado’ (1983), de Fernando Campos;
- `Noites do Sertão` (1984), de Carlos Alberto Prates Correia;
- `Águia na Cabeça’ (1984), de Paulo Thiago;
- `Patriamada’ (1984), de Tizuka Yamasaki;
- `A Ópera do Malandro` (1986), de Ruy Guerra;
- `Ele, O Boto` (1987), de Walter Lima Jr;
- `Minas-Texas` (1989), de Carlos Alberto Prates Correia;
- 'Romance" (1992), de Sérgio Rezende;
- `Sombras de Julho` (1995), de Marco Altberg;
- `Como Nascem os Anjos` (1996), de Murilo Salles;
- `Amor & Cia` (1998), de Helvecio Ratton;
- `Uma Vida em Segredo` (2001), de Suzana Amaral;
- "Desejo" (2005).

Em 2007, a atriz participou da novela "Vidas Opostas" e, em 2008, das novelas "Chamas da Vida" e "Caminhos do Coração", ambas da Rede Record.

Seu último trabalho em novelas foi em "Poder Paralelo" na TV Record.

A atriz Maria Sílvia morreu, aos 65 anos, no dia 26 de julho de 2009. No início do ano, a paulistana descobriu um câncer no pulmão, mas perdeu a batalha contra a doença. O velório e o enterro aconteceram no dia seguinte, no Cemitério São João Batista, em Botafogo.


Fontes: Sites Mulheres do Cinema Brasileiro, Globo, Adoro Cinema Brasileiro; Imdb; Globo.

Entrevista concedida por Sérgio Viotti em 2007

Rating:★★★★★
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O Jornal Modus Vitae, em Maio de 2007, conversa com Sérgio Viotti, quando ele interpretou um personagem da peça “O dia em que raptaram o Papa”. Viotti foi “Alberto IV”, um papa que imaginou ser por algumas horas, um transeunte comum pelas ruas de Nova York, mas o taxista que o levaria para a aventura - anônimo, judeu, o reconheceu prontamente e o seqüestrou.

O desenrolar da peça teatral de grande sucesso, é uma comédia, e Sérgio Viotti é mais que um ator, ele é mesmo o Papa. Procuramos essa “santidade” do teatro nacional, próximo aos seus 80 anos, e descobrimos que o “Papa” é mesmo pop.

Foi mais ou menos assim que abro a entrevista com Viotti, no entanto, é preciso dizer aqui, que eu me emocionei demais com a peça. Na verdade, muita gente se emocionou. Há momentos de total silêncio do público, e respeito, tamanha figura que ele travestido de PAPA representou.

Assisti a peça, no dia da estréia, algumas pessoas foram entrevistadas na saída ainda tomadas pela emoção. A TV Gazeta vem em minha direção, que não conseguia parar de chorar, para saber exatamente o que eu estava sentindo. Foi difícil de conter e explicar o que eu acabara de viver. Enquanto isso, outros repórteres pegavam outras pessoas para entrevistar, e também o Sérgio que mal conseguia sair do lugar, depois de um belo banho e pronto para comemorar a noite de sucesso, porque as mulheres, algumas, chegavam perto dele, e beijavam sua mão, como se ele fosse mesmo o PAPA!

Ele muito delicado ria um pouco constrangido... Deixava rolar, nem dava tempo de explicar, ou argumentar absolutamente nada! Até que uma senhora se ajoelha e pede para beijar suas mãos! Dorival que sempre cuidou dele com enorme carinho, se divertia e desta vez, pediu “por favor”, para que a senhorinha não se ajoelhasse!. Aí era demais!

E continuo eu...
O relógio disciplinador de encontros formais apontava acanhado que já se passava da meia noite. Constrangimento lógico dessa invenção denunciadora de horários, pois, o apartamento é de Sérgio Viotti e de Dorival Carper, e se existe lugar no mundo em que horário não é bem visto é neste cantinho mágico, onde poesia, música, champagne ( Tatinger é a preferência de Carper ), vinhos ( tintos de Nuits St Georges, a predileção de Viotti), aliado ao menu degustation do Chef Carper, sublimam a vida, e não apenas um espaço de tempo. É claro que a entrevista aconteceu já na madrugada, sob a vigia de quadros, esculturas livros, objetos, onde tudo faz sentido, nada é por acaso, cedendo a impressão de estarmos no meio de uma história, e a medida que nos envolvemos mais com aquela atmosfera quase lúdica, percebemos que estamos participando mesmo de uma grande história, de amor, entre Viotti, Carper, “Modus Vitae”e a vida.

Vou deixar aqui, todas as perguntas que fiz a ele, sem obedecer a ordem original da entrevista. Vocês poderão perceber um pouco desta cabeça recheada de cultura e de conhecimento.

A maior qualidade de Sergio Viotti?
“A minha fidelidade em todos os sentidos”

Fala a sua idade?
“Claro, 79. É um milagre! “

Um filme que mexe com Você.
“Sou saudosista e adoro “E o Vento Levou”. Tenho a fita e amo. Conheci Vivian Leight, linda, mas chatérrima!!!"

Um país. “A Inglaterra” ( Sérgio morou por lá muitos anos de sua vida, foram mais de 14).

O que te dá mais prazer de fazer?
“ Escrever. Foi o que sempre mais gostei de fazer. Lembro-me de uma vez, eu tinha 16 anos, e estava na casa de meu avô Manoel Viotti. Ele tinha uma máquina de escrever “Royal” e não deixava ninguém perturbá-lo enquanto datilografava, porém, minha companhia não lhe importunava. Eu ficava encantado no maior silêncio, e num belo dia ele me disse: “quer aprender a datilografar?”. Respondi mais que depressa que sim! Ele então me ensinou, e muito mineiramente me usava para bater os verbetes do seu dicionário. Vovô foi quem escreveu o primeiro dicionário de gíria brasileira. Eu achava aquilo uma Glória, pois estava colaborando com vovô, isso era mesmo o máximo! “


Você tem irmãos?
"Sou filho único e não sei se feliz ou infelizmente. Eu detestaria ter um irmão burro; iria ignorá-lo! Tenho horror à estupidez humana, `a burrice. Tenho alguns parentes que eu não posso nem ver, quanto mais ter um irmão, ou irmã desse tipo crescendo ao meu lado, que eu teria que agüentar a vida inteira. Deus me livre!"


Timedez é coisa comum entre os atores, você concorda?

“É verdade. Essas pessoas que se dedicam a essa coisa do representar, do ser artista, essas pessoas são mais tímidas, umas das raízes que faz com que você seja ator é de fato a de você poder se despir de você mesmo."

É preciso ter coragem para interpretar?

“Não, não! É uma coisa que você sabe fazer. Você vai, - e faz! Certa vez perguntaram ao Anthony Hoppinks, que eu acho um ator espantoso, como é que ele criava um papel. E com aquela cara bem descofiada ele disse: “Eu sou um ator! Dão um papel, eu leio, eu faço! “ É apenas isso. Essa gente fala as coisas de maneira simples, com enorme clareza, e que todos entendem."

Explique sua paixão por Shakespeare?

“Posso explicar com cinco palavras?"

"Porque ele é muito bom! Não tem outra explicação. Sempre digo que tudo que não está na Bíblia está em Shakespeare, e tudo que está em Shakespeare está na Bíblia.”

A cidade que mais gosta?
"Londres."
Entre Rio e Sampa?
"São Paulo!"

Uma mulher?
"Dulcina. Ela é a síntese. É mulher, professora, foi freira no palco, prostituta.”

Um homem..
“Jesus Cristo”

Um sonho
"Não tenho, nunca tenho, é uma coisa abstrata demais."

O que menos gosta em você?
“A minha preguiça “

Um prato predileto
“Uma macarronada a bolonhesa – comeria todos os dias”

Música
“The way you look tonight”

Dos livro todos que você tem, qual especial?
"Todos! Não dou e nem empresto nenhum deles."

Você nos disse que não fez nenhum curso de interpretação. Como pode? E como você vê isso nos dias de hoje?

“Para ser um artista antes de tudo tem que ter uma coisa que se chama talento! Se você não tem, não insista. E talento é uma coisa que Deus dá. É inexplicável."

Entre Rádio e TV, qual você escolhe?

“Talvez eu goste um pouco mais de rádio. Sabe por quê? Em televisão quando sai alguma coisa errada a culpe é sempre sua. No rádio funciona diferente. Agora veja bem, meu envolvimento com o rádio foi inesperado, não foi planejado. Não fui fazer rádio na Europa. Eu fui à Europa! E a maneira de ir ao Velho Mundo era fazer rádio lá. Outro fator determinante se deu em razão do meu ingresso na BBC que não era uma rádio comercial e sim cultural, isso me ajudou bastante. A BBC ensinou-me mais que fazer rádio, me descortinou para a vida artística."

Sérgio,você foi filho único e optou por não ter filhos, por qual razão?

“Penso que se tivesse um filho nunca mais dormiria. Sou uma pessoa obcecada com várias coisas, uma delas é exatidão, outra é perfeição, outra é integridade, enfim, se meu filho ou minha filha não correspondesse exatamente a tudo aquilo que eu exigisse, ou eu me suicidaria, ou nuca mais dormiria. Esse é o tipo de temperamento de um Viotti. Isto é um segredo dos Viotti. Tenho uma prima que falo com ela todos os dias da nossa vida e nos divertimos muito. Pensamos exatamente igual. Às vezes ela diz assim: “Hoje estou tendo uma das minhas Viotadas”. E eu sei exatamente o que ela está dizendo."

O que é Dorival Carper para você?
( neste instante, ele respira fundo, pensa, e com sua voz macia e calma faz chorar o meu marido, e nossos amigos em comum, Antonio Carlos Nascimento e Carolina Nascimento)

“Dorival é meu amigo, meu irmão, meu pai, meu conselheiro, meu colega, meu produtor. E isso há 44 anos ( Pausa). Eu não seria exatamente a pessoa que sou hoje, se não fosse ele. Sempre me ajudou, enormemente em todos os momentos da minha vida. ( Sérgio aponta Dorival que também acompanha a entrevista) sempre me deu um grande apoio. Quando tive problemas grandes como a doença de meu pai, doença de minha mãe. Nós somos mais que amigos e irmãos. No fundo no fundo, somos uma pessoa só! Nos ajudamos e nos respeitamos um ao outro de uma tal maneira, que eu acho um privilégio ter encontrada na vida uma pessoa como Dorival."

Sua veia artística vem da sua mãe?
“Não. Não. O amor pela arte, pela música, a paixão pelos livros e a pintura, herdei dos Viotti ( família do pai). Minha falação sim é dos Silveira...falam demais. Você tem que implorar de joelhos para um Silveira ficar quieto. Todos os Viottis que eu conheci e conheço tem um lado artístico marcante; não necessariamente sendo um profissional."

A sua crítica sobre a peça “O Balcão “ é maravilhosa e é considerada uma obra de arte. Dizem que ela supera a peça! Como é isso?

“Isso foi em 1971. Fui convidado para fazer a peça, mas como tenho medo de altura acabei recusando. Esta obra do escritor e dramaturgo Frances Jean Genet ( 1910 – 1986) contava com cenografia consubstanciada de um espiral de ferro vertical, uma espécie de elevador representando um palco de acrílico , que subia e descia. Foi um dos espetáculos mais extraordinários que eu vi em toda a minha vida. Não fiz a peça, mas fiz a crítica."


E assim, foi concedida a entrevista para mim, ao lado de meu marido e um casal de amigos, com a maior tranquilidade. Vez por outra davamos uma gargalhada, tomavamos mais um vinho, e saímos de lá, muito tarde. Os dois nos receberam com a maior classe! Assim, normalmente, como eles sempre são. Um encanto! Um presente.

Fonte: Blog Conceição Duarte

Ator Sérgio Viotti morre aos 82 anos em São Paulo

Rating:★★★★
Category:Other
O ator Sérgio Viotti morreu na manhã deste domingo (26) no Hospital Samaritano, no bairro Santa Cecília, em São Paulo. Internado desde abril na instituição, Viotti estava em coma não-induzido e sofreu uma parada cardiorrespiratória.

Natural da capital paulista, Sérgio Viotti também era dramaturgo, tradutor, crítico e produtor de programas radiofônicos. Começou a trabalhar em rádio no Rio de Janeiro, na década de 1950, e morou nove anos na Inglaterra, onde atuou na rádio BBC.

Apesar da longa carreira no teatro, ficou conhecido do grande público pelas novelas nas quais trabalhou. Entre seus diversos papéis, destacam-se "Sinhá Moça", "Anjo Mau", "Suave Veneno", "Meu Bem Meu Mal", "Corpo Santo" e a minissérie "Os Maias".

Seu último trabalho na televisão foi na novela "Duas Caras", em 2007. A vida de Viotti foi retratada na biografia "O Cavaleiro das Artes", de Nill Lebert.

Fonte: Site Babado e Portal IG

domingo, 26 de julho de 2009

Sérgio Viotti




(São Paulo em 14/03/1927 - São Paulo em 26/07/2009).

Sérgio Luiz Viotti foi ator, escritor, diretor, tradutor, dramaturgo, produtor de programas culturais radiofônicos, crítico de teatro, dança e ópera.

Foi para o Rio de Janeiro em 1945, para fazer a Escola Itamarati.

Estudou piano até os 14 anos de idade, e, já no Rio de Janeiro, ia com amigos músicos participar de programas musicais na Rádio MEC, apenas para virar as páginas para os concertistas Heitor, Maria Abreu e Laís de Souza Brasil.

Começou a trabalhar em Rádio em 1958, no Rio de Janeiro. Trabalhou na Inglaterra, onde fez rádio na BBC durante quase nove anos. Voltou para o Brasil e foi trabalhar na Rádio MEC, fazendo radioteatro com, dentre outros, Magalhães Graça e Agnes Fontoura.

Sérgio Viotti começou a fazer novelas em 1986, com destaque para personagens em “Sinhá Moça”, “Corpo Santo”, “Kananga do Japão”, “Despedida de Solteiro”, “Meu Bem Meu Mal”, “Anjo Mau”, “Suave Veneno”, “Os Maias”, “A Casa das Sete Mulheres” e “Um Só Coração”.

Ao comemorar seus trinta anos de palco como ator, em 1991, apresentou o espetáculo “As Idades do Homem”, no qual interpretava nada menos do que dezesseis personagens de Shakespeare.

Como de crítico de teatro, dança e ópera, trabalhou no jornal Estado de São Paulo (1969/71) e no Jornal da Tarde (1976 e 1983).

Como romancista, fez "E Depois, no Exílio" (Edições Bloch), lançado em 1968, que lhe valeu o Prêmio Walmap, concorrendo com outros 143 escritores.

Em 1995, lançou "A Cerimônia da Inocência" (Top Books) e, em 2001, a biografia da atriz Dulcina de Morais (1908/96) e a "Fuga do Escorpião".

Em 2006 e 2007, Sérgio Viotti apresentou-se no teatro com a peça "O Dia que Raptaram o Papa", de João Bethencourt e, também em 2007, participou da novela "Duas Caras", da TV Globo, seu último trabalho na televisão.

Sérgio Viotti morreu, aos 82 anos, na manhã do dia 26 de julho de 2009 em decorrência de uma parada cardiorrespiratória, em São Paulo. De acordo com o comunicado divulgado pelo Hospital Samaritano, o ator estava internado desde o dia 19 de abril. Ele tinha sofrido uma parada cardíaca durante a festa de casamento do filho da escritora Maria Adelaide Amaral.


Fontes: Sites Diversos de Teatro, Globo, Captura de imagens (Youtube); Globo; Terra.



Matérias relacionadas:

Entrevista concedida em 2007:

http://inmemorian.multiply.com/reviews/item/52

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Morre Duse Naccarati, atriz de "Negócio da China"

Rating:★★★
Category:Other
Na manhã desta quinta morreu no Rio de Janeiro, a atriz Duse Naccarati. Aos 76 anos, Duse teve uma insuficiência respiratória. A morte surpreendeu a família, já que a atriz não estava doente.

O último trabalho de Duse na TV foi em “Negócio da China”, como a Tia Saudade. Antes, já havia participado de Alma Gêmea (Bruxa), Desejos de Mulher (Iracema) e Cambalacho (Cibele Sampaio), entre outras novelas. Duse estava negociando a participação em uma peça no próximo ano.

Fonte: Site Abril em 23/07/2008.

Duse Nacaratti




(Cataguases, Minas Gerais em 22/06/1942 - Rio de Janeiro em 23/07/2009).

Duse Nacaratti era considerada uma grande dama do teatro brasileiro e musa do teatro besteirol.

Durante sua carreira, Duse pisou nos palcos interpretando diversas peças do dramaturgo Nelson Rodrigues. Ela participou de duas montagens diferentes de "Beijo no Asfalto", uma em 1967 e a outra em 2001. Atuou na versão de Luiz Artur Nunes para "Vestido de Noiva" estrelado por Malu Mader e fez "A Mulher Sem Pecado", na década de 1970.

No cinema, Duse Nacaratii participou dos filmes "Elvis & Madona" (2008); " O Grande Mentecapto" (1989); "Com Licença, Eu Vou à Luta" (1986); "Romance de Empregada" (1987); "Vento Sul" (1986); "Areias Escaldantes" (1985); "Bete Balanço" (1984).

Com poucos trabalhos em televisão e no cinema, Duse dizia que tinha virado uma "proletária do teatro" - dessas que "vivem vendo a geladeira vazia e que andam de ônibus" - nos últimos anos. Mas não trocaria sua carreira por outra e lembrava sempre de uma frase de Rubens Corrêa.

- Ele dizia que não há nada que se compare à felicidade e ao prazer de se estar no palco, nem sexo, nem dinheiro, nem um banho de mar, nem Londres - disse ela em entrevista ao Segundo Caderno, em 2004.

Na TV, Duse Nacaratti atuou em "Desejos de Mulher" (2002); "Brava Gente" (seriado de 2001); do programa "Você Decide" (1992); "Cambalacho" (1986); "Corpo a Corpo" (1984); "Sol de Verão" (1982); do programa "Chico Anysio Show" (1982); do seriado "Ciranda, Cirandinha" (1978).

Em 2007 ela participou do seriado infantil "Sítio do Picapau Amarelo", na Rede Globo, e em 2008 esteve em cartaz no Rio de Janeiro com a peça "A Falecida", de Nelson Rodrigues.

Duse Naccarati morreu na madrugada do dia 23 de julho de 2009, aos 76 anos. A atriz sofreu uma parada cardíaca em sua residência e deu entrada no hospital. Em seguida, teve uma série de paradas cardíacas até que, pela manhã, não resistiu. A causa da morte foi diagnosticada como insuficiência respiratória consequente de paradas cardíacas.

A família declarou que aceitou bem a morte da parente, já que ela vinha apresentando uma saúde bem debilitada nas últimas semanas. A atriz estava acompanhada de sua irmã e alguns sobrinhos.

O último trabalho na televisão de Duse, chamada pelos amigos como a "Soberana da Comédia", foi no papel de Tia Saudade, na novela "Negócio da China".

O corpo da atriz foi velado na São João Batista e cremado no Cemitério do Caju.


Fontes: Sites Wikipédia; Guia da Semana, Rede Globo; Extra Globo.

Mário Brasini




(Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 1921 — Rio de Janeiro, 9 de outubro de 1997)

O ator, diretor, teatrólogo e inventor Mario Brasini viveu parte de sua infância entre Recife e Maceió. Iniciou seus estudos em Roma, onde nasceu seu pai, o arquiteto Ferruccio Brasini, e local em que viveu dos 8 aos 13 anos.

Escreveu sua primeira peça ainda ginasiano do Colégio Santo Antonio Maria Zacharias, no Catete, Rio de Janeiro. Depois de participar ativamente do elenco amador daquele educandário, Brasini passou a trabalhar com o elenco de atores italianos do Teatro del Doppo Lavoro e, posteriormente, na fundação da União Nacional dos Estudantes.

Na UNE, participou de vários trabalhos, inclusive da criação da Revista Movimento, da qual tornou-se redator-chefe e venceu o primeiro concurso nacional de peças teatrais daquela agremiação, cujo corpo de jurados era presidido pelo escritor Aníbal Machado. A peça vencedora chamava-se "Estudantes" e foi montada no Teatro Ginástico pelos estudantes.

A seguir, Mário Brasini prosseguiu sua iniciante carreira no Teatro Universitário, dirigido por Jerusa Camões, onde dirigiu e atuou em vários espetáculos, entre eles a opereta “A Viúva Alegre”.

Mário Brasini escreveu diversas comédias de costume, retratando seu povo e seu país, algumas vezes fazendo crítica social em tons de farsa e caricatura. Também foi tradutor de muitos textos do teatro italiano, francês e espanhol.

Em 1948, no auge de sua carreira cinematográfica e radiofônica, fundou, juntamente com três outros colegas, os "Artistas do Povo", companhia teatral da qual foi diretor artístico. Com um variado repertório, o grupo percorreu vários estados do Brasil.

Durante a turnê foram montadas muitas peças, dentre elas “Um Raio de Sol”. “Toda a Vida em Quinze Dias”, “Divórcio”, “Maria Cachucha” entre outras. A rapidez com que ocorriam as encenações foi a semente da idéia de se utilizar um pequeno radioreceptor para a comunicação entre o ator e o diretor para facilitar o trabalho do ator teatral.

Em 1950, dirigiu um dos maiores sucessos daquela temporada teatral, "Dona Xepa", de Pedro Bloch, com Alda Garrido, no Teatro Rival. Em 1951, Brasini dirigiu a peça "Cupim", estréia da Cia. Teatral de Oscarito-Margot Louro.

Em 1952, trabalhou em "Massacre", outro grande sucesso teatral, que dava inicío às atividades da Cia. Graça Melo. No ano seguinte, dirigiu a estréia teatral da cantora Marlene, na peça "Depois do Casamento", no Teatro Dulcina.

Atuou ao lado de André Villon e Tereza Austregésilo em "Alguém Falou de Amor", comédia de sua própria autoria, encenadaem 1955 no Teatro de Bolso, da Praça General Osório, em Ipanema. Essa peça foi premiada naquele ano pela Associação Brasileira de Críticos Teatrais. Na mesma temporada, encenou a comédia espanhola, "Três à Meia Luz", traduzida por ele.

Em 1957, contratado pela Cia. Artistas Unidos, no Copacabana Palace, atuou na peça "É do Amor que se Trata" ao lado de Henriette Morineau.

Fundou juntamente com sua esposa, a atriz Theresa Amayo, em 1963, o Teatro Permanente de Brasília, onde encenou "Irene", " Divórcio", "Raio de Sol", o "Noviço", ” Diabinho de Saias” e, a peça infantil, "Rapto das Cebolinhas".

Em janeiro de 1965, Mario Brasini e Theresa Amayo seguiram para Portugal, em turnê com a Cia. Tônia Carrero-Paulo Autran.

Na volta da Europa, Brasini foi convidado por Eva Todor para dirigir e atuar na peça "A Moral do Adultério", texto inacabado do teatrólogo Luiz Iglésias. Brasini escreveu o segundo ato juntamente com Joracy Camargo.

No mesmo ano, sua peça "A Guerra Mais ou Menos Santa" foi escolhida para inaugurar o Teatro Princesa Izabel, no bairro do Leme, Rio de Janeiro. Brasini escreveu "A Guerra..." a partir de uma fato real: um padre residente em Patos de Minas e em briga com as prostitutas do local, foi descoberto pela alfândega, quando regressava da Europa, contrabandeando armas escondidas sob sua batina. Na peça, um cantor conta a história da intransigência, do poder atemporal usado de forma indevida e da hipocrisia muitas vezes existente no comportamento político-social. Essa peça foi encenada também em 1966, na reinauguração do Teatro Amazonas, em Manaus.

Ainda sob o impacto dos acontecimentos do ano anterior, Brasini terminou a peça "Nadim Nadinha Contra o Rei de Fuleiró".

Em 1966, atuou em "Vento nos Ramos de Sassafrás", ao lado de Mme. Morineau, no Teatro Dulcina, sob direção de Afonso Grisoli. No mesmo ano, participou do elenco de "As Viúvas do Machado" sob a direção de Sérgio Viotti, na Cia. Eva Todor.

Em 1967, Brasini, sob a direção de Maurice Vaneau, participou da montagem de "O Olho Azul da Falecida", no Teatro Ginástico.

Sob a direção de Ziembinsky, em 1968, trabalhou em "Zefa Entre os Homens", no Teatro Nacional de Comédia, hoje Teatro Glauce Rocha. Em 1969, no Teatro Copacabana, participou da montagem de "40 Quilates".

Sua peça teatral "Nadim Nadinha contra o Rei de Fuleiró" foi premiada em 1979, no Concurso de Dramaturgia do Serviço Nacional de Teatro (SNT), liberada pela censura e finalmente encenada naquele ano.

Na mesma ocasião, Brasini teve também montada a peça "Aqui e Agora", no Teatro Glória, com André Villon, Theresa Amayo e ele próprio, sob a direção de Cecil Thiré. Alguns anos antes, um de seus textos mais famosos, "Quarta-feira Sem Falta Lá em Casa", foi estrelado por Eva Todor e Mme. Morineau e dirigida por Gracindo Jr., também no Teatro Glória.

No dia 7 de novembro de 2002, “Quarta-feira, Sem Falta Lá em Casa”, foi encenada em São Paulo, no Teatro Renaissence, estrelada por Beatriz Segall e Miriam Pires, com direção de Alexandre Reinecke e produção da DBA 2, sucesso que se estendeu por mais de um ano. De agosto de 2005 a abril de 2006, a peça retornou ao Teatro Renaissence, com Beatriz Segall e Nicete Bruno, esta substitiuindo Miriam Pires que faleceu durante as gravações da novela "Senhora do Destino", de Aguinaldo Silva. A peça ainda fora traduzida para o alemão, inglês e espanhol e existe a intenção de roteirizá-la para o cinema.

Na década de 1940, Mário Brasini foi dirigido por Moacyr Fenelon nos filmes "É Proibido Sonhar", "Asas do Brasil" e Fantasma por Acaso. Brasini, por sua atuação em ”É Proibido Sonhar”, recebeu o prêmio “O Índio”, da Crítica Cinematográfica da época. Atuou, também, na película “Iracema”, onde estreou Ilka Soares.

Em 1958, Brasini co-dirigiu, escreveu e atuou em "Bruma Seca", dirigido por Mário Civelli. Também participou, como ator, de "Enigma para Demônios", dirigido por Carlos Hugo Christiensen, "Jovens pra frente" com Oscarito, “Rifa-se uma Mulher”, dentre outros.

Mário Brasini Iniciou sua carreira radiofônica na Rádio Clube do Brasil e, durante muitos anos, atuou na Rádio Nacional do Rio de Janeiro escrevendo e dirigindo crônicas, programas radiofônicos variados e novelas de sua autoria como: "Enquanto Houver Estrelas", "Lua Nova", "Laura", "A Alma das Coisas", "Balança Mas Não Cai" (ao lado de Max Nunes), entre outras, ao lado de Almirante, Paulo Roberto e Floriano Faissal.

Em 1955, a convite de Alziro Zarur dirigiu a Rádio Mundial, onde escreveu o programa "Boa Noite, Carmela", sucesso do rádio levado mais tarde ao Teatro e à televisão.

Entre 1962 e 1963, "emprestado" pela Radio Nacional do Rio de Janeiro, assumiu a Direção Artística da TV Nacional de Brasília, para onde seguiu com sua mulher e filhos.

Do final de 1963 a abril de 164, dirigiu a Rádio Educativa de Brasília e iniciou a preparação do Curso de Rádio e Televisão para a Universidade de Brasília, em fase de inauguração, convidado pelo reitor da universidade e pelo chefe da Casa Civil da Presidência da República, Prof. Darcy Ribeiro. Na mesma ocasião, Brasini foi convidado para assessorar o Dr. Julio Sambaqui, Ministro da Educação.

Durante o mês de janeiro de 1964, participou da Caravana da Cultura, projeto pioneiro do Embaixador Paschoal Carios Magno, levando o repertório do Teatro Permanente de Brasília a 16 pequenas cidades de três estados brasileiros: Minas Gerais, Bahia e Alagoas.

Com a eclosão da Revolução de 64, foi chamado de volta à Radio Nacional do Rio de Janeiro e, por motivos políticos, já que Brasini era um comunista sem partido, após responder a inquérito policial militar (arquivado por falta de provas), Brasini e mais 32 colegas foram cassados pelo AI-1 e proibidos de entrar no prédio da Radio Nacional do Rio de Janeiro, ficando com a Carteira de trabalho em aberto por 17 anos.

Mario Brasini foi, também, um pioneiro da televisão, atuando, escrevendo e dirigindo a programação da TV Tupi, em duas fases distintas: a primeira, em 1952 e a segunda em 1968.

Foi Diretor Artístico da TV Paulista, hoje Rede Globo, de 1959 a 1961. Escreveu e dirigiu a novela "Laura" e os programas "A Alma das Coisas", "Estampas Eucalol", "Teledrama 3 Leões", "Boa noite, Carmela", entre outros.

De volta ao Rio, atuou na TV Rio, no papel título da novela de Nélson Rodrigues "O Desconhecido" e no programa "Praça 11" no quadro chamado "O Italiano do Realejo".

Mário Brasini também trabalhou como publicitário. Em 1942, com 17 para 18 anos, foi o encarregado da publicidade e do marketing do Serviço de Alimentação da Previdência Social (SAPS), deu aulas e escreveu um livro sobre publicidade.

De 1957 a 1959 foi Diretor do Departamento de Rádio, Cinema e Televisão da Standard Propaganda, uma das maiores empresas de publicidade do país, participando ativamente de várias campanhas publicitárias, inclusive a do lançamento do Dia Nacional da Secretária, através do programa radiofônico "O mundo em suas mãos", na Rádio Mayrink Veiga, patrocinado pelas máquinas datilográficas Remington.

Como resultado de suas experiências eletrônicas amadoras, Brasini inventou um processo de comunicação, batizado com o nome de ponto eletrônico. Esse equipamento objetivava substituir, durante excursões teatrais, o "ponto" teatral (pessoa que ficava dizendo as falas dos atores, quando necessário). Esse invento deu origem a empresa de leasing que Brasini fundou mais tarde, durante a perseguição política de que foi vítima. Sua aparelhagem era alugada às televisões para estabelecer uma comunicação entre a direção artística, na área técnica e a equipe, no estúdio. Ao tentar registrar seu invento em 1965, também por motivos políticos, teve negado esse direito, sendo hoje usado gratuitamente por toda a televisão brasileira. A partir do ponto eletrônico, Brasini desenvolveu equipamentos para tradução simultânea usados em congressos, seminários e simpósios, através da firma que fundou: "Ponto Comando Eletrônico Intercom. Ltda." com sede no Rio de Janeiro.

A partir de um certo momento, as atividades crescentes da empresa exigiram a abertura das filiais de São Paulo, Curitiba e Rio Grande do Sul e, com isso, a dedicação integral de seu dono. Por essa razão, Brasini teve que afastar-se de suas atividades teatrais e televisivas para dedicar-se às de empresário.

Em 1993, Brasini e sua mulher Theresa venderam suas ações da empresa. O empresário saiu de cena, dando lugar ao teatrólogo, em tempo integral.

Depois de algumas viagens ao exterior, Brasini dedicou-se à produção de novos escritos. Deixou prontos dois romances e algumas peças teatrais, ainda inéditas.

Mario Brasini faleceu no dia 9 de outubro de 1997, vítima de uma pneumonia dupla com posterior falência múltipla dos órgãos.


Fontes: Sites Unicamp; Wikipédia; Orias Elias.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Arnaldo Montel




(Rio de Janeiro em 11/03/1929 - Rio de Janeiro em 09/09/2008).

O carioca Arnaldo José de Nazareth Montel foi ator, produtor e promoter.

Esportista, chegou a jogar de meia esquerda num time da segunda divisão. Na década de 50, um convite do amigo Alcino Diniz para aparecer em alguns programas de TV muda o rumo de sua vida. Interessado pelas artes, estuda arte dramática no Teatro do Estudante.

Entre 1953 e 1964, Arnaldo participou como ator dos filmes "Santa de um Louco", "Mãos Sangrentas", "Chico Fumaça", "Boca de Ouro", "O Noivo da Girafa", "Dona Xepa", "Rico Ri à Toa", "Chofer de Praça", "O Assalto ao Trem Pagador", "O Homem que Roubou a Copa do Mundo" e "Sonhando com Milhões".

Mas foi como organizador do tradicional Concurso de Fantasias do Hotel Glória, no Rio de Janeiro, que Arnaldo Montel fez seu nome no carnaval carioca. à frente do evento desde a primeira edição.

Ele era irmão do também ator Paulo Montel e sobrinho do compositor Ernesto Nazareth.

Internado na casa de Saúde Santa Terezinha, na Tijuca, devido a uma hemorragia interna, Arnaldo Montel foi vítima de uma parada cardíaca depois de mais de um mês de internação.

Fontes: Jornal O Globo, Jornal O Dia, IMDB, Site Museu Mazzaropi.

Cassiano Gabus Mendes




(São Paulo em 29/07/1929 - São Paulo em 18/08/1993).

Mais conhecido como autor de novelas, o paulistano Cassiano Gabus Mendes, filho do radialista Otávio Gabus Mendes, herdou do pai a sensibilidade criativa e o domínio da dramaturgia. Foi um dos pioneiros da televisão no Brasil, estando lá desde a sua inauguração, em 1950, e atuou como ator, diretor e autor.

Chegou a ser diretor artístico da TV Tupi por dez anos e foi o criador do TV de Vanguarda”, um dos maiores marcos da televisão dos anos 50, onde interpretava, escrevia e dirigia.

Em 1953, Cassiano Gabus Mendes criou o seriado “Alô, Doçura!”, uma comédia romântica inspirada em “I Love Lucy”, grande sucesso da televisão norte-americana. No início era exibido apenas um episódio por semana, passando mais tarde a dois. Eva Wilma e Mário Sérgio foram os escolhidos para viver as aventuras de diferentes personagens a cada episódio. No ano de 1954 Mário Sérgio foi substituído por John Herbert. O sucesso da nova dupla foi imediato, com grande aceitação do público. A química entre os dois protagonistas foi além da ficção e em 1955 Eva Wilma e John Herbert se casaram.

Em 1966, Cassiano Gabus Mendes deixa de aparecer em frente às câmeras para se tornar apenas autor, escrevendo a novela “O Amor Tem Cara de Mulher”, baseada no original do argentino Nené Cascallar. “A novela ficou nove meses no ar.

Em 1968, Cassiano idealizou o roteiro daquela que se tornaria a novela que mudou o estilo do gênero no Brasil, “Beto Rockfeller”, chamando Bráulio Pedroso para escrevê-la.

Vai para a TV Globo em 1976, estreando na emissora carioca como autor de "Anjo Mau", um grande sucesso com Susana Vieira e José Wilker encabeçando um grande elenco. Fica sendo o grande autor das 19h da emissora e produz sucessos como: "Locomotivas" em 1977; "Te Contei?" em 1978; "Marrom Glacê" em 1979; "Plumas & Paetês" em 1981; "Elas Por Elas" em 1982; "Champagne" em 1984 (a primeira no horário das 20h); "Ti Ti Ti" em 1986; "Brega & Chique" em 1987; "Que Rei Sou Eu?" em 1989; "Meu Bem, Meu Mal" em 1991 e "O Mapa da Mina" em 1983.

Como ator ele voltou a fazer TV em "Perigosas Peruas" de Carlos Lombardi, levada ao ar em 1992 pela Globo, vivendo um mafioso, mas confessou que não tinha mais jeito e paciência para interpretar.

Cassiano era pai de dois atores: Tato Gabus Mendes e Cássio Gabus Mendes e cunhado do ator Luis Gustavo que viveu o Beto Rockfeller.

Ele morreu vitimado por um enfarto do miocárdio, dias antes da sua última novela, "O Mapa da Mina", terminar no ar. O ator Lima Duarte, um de seus grandes amigos desde os tempos da TV Tupi, fez um discurso emocionado sobre o autor após a exibição da última cena da novela.

Texto: Rodolfo Bonventti (RB)

Fontes e Fotos: Cinemateca Brasileira, IMDB, Wikipedia, Site jeocaz.wordpress.com; www.teledramaturgia.com.br.

domingo, 19 de julho de 2009

Ary Leite - Programa "Viva o Gordo" - 1986




O humorista Ary Leite no programa "Viva o Gordo", de 1986, contracenando com Jô Soares que interpreta o personagem Tavares.

Vídeo postado no Youtube por alemao50

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Margarida Rey




(Santos, São Paulo em 17/01/1922 - Rio de Janeiro em 19/11/1983)

Integrante de importantes companhias dos anos 50, Margarida Rey permaneceu ativa nas transformações ocorridas nos anos 60. Dotada de forte personalidade, atingiu grandes desempenhos em papéis dramáticos e trágicos, seus momentos de maior êxito.

Margarida Rey estreou em "A Rainha Morta", de Henry de Montherland, uma direção de Ziembinski para Os Comediantes, em 1946. No mesmo ano, esteve em um grande sucesso: "Desejo", de Eugene O'Neill. "Volta em Terras do Sem Fim", adaptação de Graça Mello para o romance de Jorge Amado, em 1947.

Junto a Os Artistas Unidos, a atriz participou de dois grandes espetáculos: "Medéia", de Eurípides, e "Uma Rua Chamada Pecado", de Tennessee Williams, ambos dirigidos por Ziembinski, com Henriette Morineau à frente do elenco, em 1948.

Em São Paulo, surgiu ao lado de Madalena Nicol, em "O Homem, a Besta e a Virtude", de Luigi Pirandello, 1951. Contracenando com Nicette Bruno em "De Amor Também Se Morre", em 1952, e, com a Companhia de Delmiro Gonçalves, esteve em duas realizações cheias de ressonâncias: "A Falecida Mrs. Black", de Dinner e Morunr, e "A Ilha das Cabras", de Ugo Betti, encenações de Rubens Petrilli de Aragão, que lhe deram dois prêmios Saci consecutivos.

Em 1954, Margarida Rey foi contratada pelo Teatro Brasileiro de Comédia, TBC, onde fez "Negócios de Estado" e "Cândida", em 1954, e "Santa Marta Fabril S. A.", em 1955.

Saiu do TBC para retornar ao Rio de Janeiro, na Companhia Tônia-Celi-Autran, CTCA, atuando com destaque nas principais montagens da empresa, como "Otelo", de William Shakespeare; "A Viúva Astuciosa", de Carlo Goldoni; "Entre Quatro Paredes" (Huis Clos), de Jean-Paul Sartre, todas em 1956, com novas premiações; "Natal na Praça", de Henri Ghéon, em 1960; e ainda "Calúnia", de Lillian Hellmann; "Seis Personagens à Procura de um Autor", de Luigi Pirandello; "Esses Maridos" e "O Castelo da Suécia", de Françoise Sagan; "Arsênico e Alfazema", de Joseph Kesselring, em 1961.

Em São Paulo, na Companhia Nicette Bruno, interpretou "Oito Mulheres", de Robert Thomas, com direção de Luís de Lima, em 1963. Voltou ao gênero trágico, em 1965, na montagem de "Electra", de Sófocles, ao lado de Glauce Rocha, com o diretor Antônio Abujamra à frente do Grupo Decisão.

Em 1966, Margarida Rey esteve em "Os Físicos", de Dürrenmatt, novamente com Ziembinski e, no ano seguinte, na montagem de "Édipo Rei", direção de Flávio Rangel para a companhia de Paulo Autran. Em 1968, participou de "O Burguês Fidalgo", de Molière, direção de Ademar Guerra para o mesmo conjunto.

Em 1974, ressurgiu ao lado de Miriam Mehler em "Bonitinha, mas Ordinária", de Nelson Rodrigues, uma encenação de Antunes Filho.

Sua interpretação em "A Ilha das Cabras" motivou o crítico Décio de Almeida Prado a comentar: "Margarida Rey tem no drama de Ugo Betti o maior desempenho de sua carreira. Embora contracenando com três bons atores, esmaga-os com sua sobriedade, a sua força autêntica e profunda, a sua impecável dignidade, a sua noção de medida que é calor e não frieza. Margarida sempre foi uma excelente atriz mas ascende agora ao rol, muitíssimo restrito, das grandes atrizes. A sua preocupação, durante muito tempo, será a de manter e não de ultrapassar o nível deste seu desempenho".

Margarida Rey também atuou na televisão e no cinema.

No cinema, estreou em "Alegria de Viver" (1958). Em 1962, protagonizou o filme "Porto das Caixas" (1962). Depois, interpretou a Rainha Maria de Portugal no filme "Os Inconfidentes" (1972)

Na televisão, Margarida Rey esteve nas novelas "Nenhum Homem É Deus" (1969); "Super Plá" (1969); "Bandeira 2" (1971); "O Bofe" (1972); "O Bem-Amado" (1973), onde interpretou a irmã do personagem Zeca Diabo; "Anjo Mau" (1976) e "Sem Lenço, Sem Documento" (1977).

Margarida Rey faleceu no dia 19 de novembro de 1983, no Rio de Janeiro.


Fontes: Sites Itau Cultural; IMDB.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Amaury Alvarez




(São Paulo, 07/11/1951 - Sâo Paulo em 28/11/2003).

O ator, professor e diretor de teatro Amaury Alvarez dirigiu onze peças e atuou em mais de 20, incluindo a premiadíssima "Lembrar é Resistir".

Na televisão, Amaury Alvarez participou de minisséries como "Seu Quequé" e "Paiol Velho" e de novelas como "A Justiça de Deus" e "Meus Filhos, Minha Vida", no SBT, além de vários comerciais.

Os principais trabalhos de Amary Alvarez na televisão e no cinema foram:

"16060" - (1995) (cinema)
"Meus Filhos, Minha Vida" (1984)
"A Justiça de Deus" (1983)
"Paiol Velho" (1982)
"Seu Quequé" (1982)
"Maria Stuart" (1982)
"Renúncia" (1982)
"Partidas Dobradas" (1981)
"Vento do Mar Aberto" (1981)
Eles Não Usam Black-Tie (1981 - cinema) (creditado Amaury Pinto)
"Floradas na Serra" (1981)
"Ainda Agarro Esse Machão" (1975 - cinema)

Amaury foi um dos maiores incentivadores do teatro na cidade Taboão da Serra, em São Paulo, onde trabalhou de 1997 até 2001 como servidor da Secretaria Municipal de Educação e Cultura.

Funcionando desde 1998, a atual Casa da Cultura Amaury Alvarez atende centenas de alunos com cursos gratuitos de: capoeira, karatê, violão, dança, música e teatro.

Como coordenador teatral, Amaury Alvarez ficou em Taboão da Serra de 1997 a 2001. Ajudou a organizar a União Teatral Taboão (UTT) que, pela primeira vez na cidade, uniu atores de diversos grupos com objetivo único. Com o elenco da UTT, Amaury Alvarez dirigiu três peças : "Este Ovo é Um Galo" e "A Morte do Imortal" de Lauro César Muniz, e "A Torre em Concurso" de Joaquim Manoel de Macedo e coordenou o Projeto 4 X Martins Pena. Os prêmios começaram a chegar aos atores taboanenses nos mais diversos festivais. O teatro da cidade foi deixando de ser amador e se profissionalizando.

Faleceu aos 52 anos de idade em 2003. Em 2004, a Casa da Cultura de Taboão da Serra recebeu o nome de Amaury Alvarez, na Secretaria de Educação e Cultura da cidade.

Fontes: Sites O Taboanense; Mofotv; IMDB