Brandão Filho

(Rio de Janeiro em 06/01/1910 - Rio de Janeiro, 22/03/1997).

Órfão desde os 11 anos, ele começou a trabalhar cedo como entregador de roupa em uma tinturaria e depois em uma padaria.

Sua estréia no teatro foi em 1929 e logo ele se descobriu como alguém que perdia a inibição no palco e fazia os outros rirem. Em 1942 foi convidado para participar da primeira radionovela brasileira, “Em Busca de Felicidade”, da Rádio Nacional. Também nessa mesma época estreava no cinema com os filmes “O Dia é Nosso” e “Samba em Berlim”.

O sucesso veio com o personagem o primo pobre no programa radiofônico “Balança Mas Não Cai” da Rádio Nacional, onde contracenava com Paulo Gracindo que vivia o primo rico. O sucesso foi tão grande que os atores passaram anos interpretando os mesmos personagens e depois foram para a TV fazendo o mesmo quadro.

Depois de vários filmes e do sucesso na Rádio Nacional, Brandão Filho chegou à TV em programas e seriados cômicos como ”Uau, a Companhia”, “Balança Mas Não Cai” e a primeira versão de “A Grande Família” em 1973.

Após a experiência em “A. Grande Família”, Brandão Filho foi para as novelas e na TV Globo participou de “Bravo”, “Saramandaia”, “Nina”, “Sinal de Alerta”, “Te Contei?”, “Feijão Maravilha”, “Chega Mais”, “Plumas e Paetês” e “O Salvador da Pátria”, onde viveu o personagem Padre Elísio.

No cinema ganhou o prêmio Air France de melhor ator do ano pelo filme “Romance da Empregada”, dirigido por Bruno Barreto e estrelado por Betty Faria, mas também se destacou por suas participações em “Assalto à Brasileira”, “Os Caras de Pau”, “O Comprador de Fazendas” e “Essa Mulher é Minha...e dos Amigos”.

Brandão Filho morreu de câncer, após sofrer duas paradas cárdio-respiratórias e permanecer internado por 40 dias em uma clínica no Rio de Janeiro, aos 88 anos de idade.

Texto: Rodolfo Bonventti.

Fontes: Acervo Rádio Nacional do Rio de Janeiro, Acervo Rodolfo Bonventti, Site Cine Brasil, Site Adoro Cinema Brasileiro.

(LR)