segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Carmen Miranda




(Marco de Canavezes, Portugal em 09/02/1909 - Beverly Hills, Estados Unidos em 05/08/1955).


Maria do Carmo Miranda da Cunha nasceu em Portugal. Filha de José Maria Pinto da Cunha e Maria Emília Miranda da Cunha, mudou-se para o Rio de Janeiro, com menos de um ano de idade. Aos 14 anos, começou a trabalhar como balconista em uma loja de acessórios masculinos. Aos 20, na condição de aluna do professor de música Josué de Barros, cantou em rádios, clubes e gravadoras.

Em 1929 gravou seu primeiro disco, pela Brunswick, e meses depois pela RCA Victor. No ano seguinte, lançou Taí (Pra Você Gostar de Mim) e tornou-se conhecida do grande público. Recebeu convites para participar de programas musicais, festas, concursos, festivais e nesta ocasião, assinando contrato com a RCA Victor, passando a promover as músicas carnavalescas da gravadora. Durante a década de 1930, fez parcerias com Francisco Alves, Mário Reis, Almirante, Lamartine, Noel Rosa e outros cantores consagrados da música popular brasileira. Apresentou-se por diversas vezes na Argentina, algumas capitais do Nordeste e cidades do Estado de São Paulo e Minas Gerais.

Carmen Miranda estreou no cinema com a comédia musical A Voz do Carnaval (1933), sob a direção de Adhemar Gonzaga e Humberto Mauro. Estrela consagrada no gosto popular, em 1934 foi eleita Rainha do Broadcasting Carioca, em concurso realizado pelo jornal A Hora. Nessa mesma época, César Ladeira, diretor artístico da Rádio Mayrink Veiga – com quem assinou contrato pioneiro na história do rádio – deu-lhe o apelido de “pequena notável”. Dois anos mais tarde apareceu no filme Alô, Alô Brasil (1935) - primeiro filme brasileiro com som direto na película - e Estudantes. Neste mesmo ano, mudou de gravadora, assinando contrato milionário com a Odeon e com a Rádio Tupi. Em 1937, retornou a sua antiga rádio, a Mayrink Veiga. Em 1936 atuou em Alô, Alô Carnaval e em 1939, em Banana da Terra - seu último filme produzido no Brasil.

Foi em 1938, no Cassino da Urca, que usou pela primeira vez o traje de baiana, agregando significado cultural e nacional à sua imagem. Mais tarde, introduziu em seu figurino o chapéu com frutas tropicais, que se tornou sua identidade, constituindo nos anos futuros um ícone da imagem da brasilidade aos olhos do mundo.

Sua primeira visita aos Estados Unidos foi em 1939, acompanhada pelo Bando da Lua, quando participaram de musicais da Broadway, programas de rádio e gravaram pela Decca Records. Em 1940 Carmen assinou com a Twentieth Century-Fox Production e atuou em Down Argentine Way (Serenata Tropical) ao lado de Betty Grable e Don Ameche. Nesta comédia musical, participou como cantora, o que lhe permitiu continuar apresentando-se em clubes noturnos e hotéis. Neste mesmo ano retornou ao Brasil, quando foi severamente criticada por ter “se americanizado”. Em resposta, gravou suas últimas músicas no país, muitas das quais referiam-se às críticas recebidas.

Retornando ao Estados Unidos, iniciou uma longa série de filmes, como cantora e intérprete: em 1941 contracenou novamente com Don Ameche e Alice Faye no filme That Night in Rio (Uma Noite no Rio) - ambientado no Brasil - e Weekend in Havana (Aconteceu em Havana) - filme que a consagrou internacionalmente. Imprimiu suas marcas na calçada da fama, em Los Angeles. Em 1942 atuou no filme Springtime in the Rockies (Minha Secretária Brasileira) com Betty Grable e Cesar Romero; em 1943, em The Gang’s All Here (Entre a Loura e a Morena); em 1944 foram três produções - Something for the Boys (Alegria, Rapazes!), Four Jills in a Jeep (Quatro Moças Num Jeep) e Greenwich Village (Serenata Boêmia); em 1945 fez The All-Star Bond Rally e The Doll Face (Sonhos de Estrela); em 1946 If I'm Lucky (Se Eu Fosse Feliz); em 1947, Copacabana (Copacabana); em 1948, participou de A Date With Judy (O Príncipe Encantado); no início de 1950 estreou o musical da MGM, Nancy Goes to Rio e seu último trabalho como atriz, em 1953, Scared Stiff (Morrendo de Medo). Embora não atuasse em papéis principais, Carmen Miranda foi aclamada pelo público como “grande estrela”, tendo sido uma das atrizes mais bem pagas do show business norte-americano entre os anos de 1945 e 1951, pois ao lado da produção cinematográfica, atuou em casas noturnas, programas de TV, incluindo em seu roteiro também a Europa.

Esteve no Brasil entre 1954 e 1955 para tratamento de saúde e repouso. De volta a Beverly Hills, Carmen Miranda faleceu vítima de uma ataque cardíaco. Seu sepultamento deu-se no Rio de Janeiro.

O Museu Carmen Miranda, localizado no aterro do Flamengo, na cidade do Rio de Janeiro, está aberto a visitação pública.

Fontes: Site Unicamp e sites diversos
(LR)

Um comentário:

  1. O Oficial da Aeronautica a esquerda na foto sentado no sofa, era o meu tio Rutenio Ribeiro. So tecia bons comentarios da Carmen e daquela noite. Lembrava que ela recebeu com muito carinho a todos os brasileiros que estavam em sua casa durante a festa.
    Na realidade sua residencia era considerada a "embaixada brasileira em Los Angeles".

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