sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Ivon Curi




(Caxambu, Minas Gerais em 05/06/1928 - Rio de Janeiro em 24/06/1995).

Aos 11 anos de idade, Ivon Curi venceu um concurso de calouros sua cidade. Começou a cantar profissionalmente na rádio local, na década de 40. Trabalhou no Laboratório Silva Araújo e foi vendedor de passagens da Panair.

Foi tentar a sorte no Rio de Janeiro, onde foi crooner da orquestra Zacarias, do hotel Copacabana Palace. Em 1947 foi contratado pela Rádio Nacional e em seguida pela Tupi. Ivon começou cantando 'La Vie em Rose' e 'Pigalle' e, ao gravá-las, estourou nas paradas de sucesso. Ficou bastante conhecido como intérprete de canções francesas, algumas de suas gravações mais populares eram "C'est Si Bon" e "La Vie en Rose". Na realidade, sua primeira gravação havia sido 'O Adeus', de Dorival Caymmi, que não obteve êxito comercial. Em 1948, Ivon era o astro do programa 'Ritmos da Panair', da Nacional. Na década de 50, foi eleito O Rei do Rádio e teve cinco de seus discos entre os dez mais vendidos do país, entre eles, 'Me Leva' (com Carmelia Alves), 'Farinhada', 'João Bobo', 'Feijão', 'Ta Fartando Coisa em Mim', 'Amendoim Torradinho' e 'Xote das Meninas'. Por essa época cantou ao lado dos maiores astros e estrelas da música brasileira.

Na década de 50 excursionou pelo Brasil e pela Europa, e desenvolveu suas aptidões para "one-man-show", cantando, contando piadas e histórias, fazendo mímica e etc. Em 1951, Watson Macedo levou-o para a Atlântida, onde participou dos filmes da fase áurea das chanchadas e transformou-se num popular humorista de rádio, cinema e televisão. Ivon gostava de cantar fazendo trejeitos e criou um estilo todo pessoal, que ficava entre o irreverente e o bem-comportado. Embora lançado como cantor galã, de voz pastosa, Ivon participou da comédia 'Aviso aos Navegantes' em 1951. Como o personagem era um tipo nobre, meio maneiroso, o público começou a fazer analogias, achando-o muito delicado. As fãs chegaram a escrever: 'Sendo como você é, você não deveria ter aparecido no cinema, pois acabaram-se os meus sonhos'.

Ivon chegou a sofrer um arranhão em sua carreira, com as gravações despencando nas vendas e contratos cancelados. Decidiu, então, encerrar a fase romântica e levou para o palco a imagem de homem alegre e piadista, lançando as cançonetas, mais interpretativas. Atuou também nos filmes 'É Fogo na Roupa', ao lado de Ankito e Adelaide Chiozzo, em 1952, 'Garotas e Sambas' , 'Adorável Inimigo? e 'Assim era a Atlântida' em 1975.

Em meados dos anos 60, teve início o movimento da Jovem Guarda e Ivon permaneceu nove anos sem conseguir gravar. Transformou-se em empresário da noite carioca, ao abrir o Sambão e Sinhá, restaurante-boate idealizado por ele e que tornou-se casa conceituada, onde frequentavam presidentes da República, ministros e embaixadores. Vendeu tudo em 1984 e passou a dedicar-se novamente à carreira artística. Fez 16 temporadas em Portugal, todas com estrondoso sucesso. Se apresentou em programas de televisão e gravou discos.

Falava fluentemente francês, inglês e espanhol e conheceu a Ásia, África, Europa e Américas. Famoso na 'Escolinha do Professor Raimundo' com o personagem Galdêncio, o gaúcho da fronteira, sem a cabeleira característica. Sua peruca ficou tão popular que inspirou Renato Aragão no bordão 'pelas perucas do Ivon Cury'. Na Rede Globo, ele também partipou da novela “Feijão Maravilha”, em 1979, interpretando o “Seu” Rachid. Em 35 anos de carreira, lançou seu 27º disco em 1994, 'Douce France', interpretando clássicos franceses.

Casado com Ivone Cury, deixou três filhos, Ivna, Ivana e Ivan.

Ivon Curi morreu aos 67 anos no dia 24 de junho de 1995.

Fontes: Site Cliquemusic, Astros e Estrelas - Fotos - Sites Diversos

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