quinta-feira, 30 de julho de 2009

Milton Gaúcho




(Salvador, Bahia em 07/10/1916 - Salvador em 06/01/2005).

O baiano registrado Milton Magalhães nunca soube direito o porque do nome ter se transformado em Milton Gaúcho.

O ator foi um figura emblemática do cinema baiano, pois atuou nele em todas fases a partir do filme "Redenção", lançado em 1959, primeiro longa metragem realizado em Salvador, dirigido por Roberto Pires.

Em 1936, aos 20 anos de idade, Milton Magalhães faz sua estréia em uma missora radiofônica, a Rádio Clube da Bahia (PRF-6). Nesta época, o cinema baiano praticamente não existe, restrito a curtas caseiros. Dessa emissora ele passa para a Rádio Comercial da Bahia, Rádio Transmissora do Rio de Janeiro (ZIN 20), Rádio Mayrink Veiga, a famosa Rádio Nacional, uma de Belo Horizonte, outra de Porto Alegre. E aí surge então o Milton Gaúcho.

No rádio ele vira ator de radionovelas mas ainda encontra tempo para investir no teatro, na direção artística de peças, na ópera, como cantor e até no circo.

No cinema, Milton Gaúcho depois de "Redenção" participa de quase todos as obras cinematográficas realizadas na Bahia. Em "Bahia de Todos os Santos", do paulista Trigueirinho Neto, uma presença discreta mas garantida; em "A Grande Feira", de Roberto Pires ele é o feirante e, logo a seguir, com o mesmo Pires na direção, "Tocaia no Asfalto", no papel do deputado corrupto Pinto Borges.

Outro papel de destaque foi como o guarda civil em "O Pagador de Promessas" (1962), de Anselmo Duarte, uma produção paulista de Oswaldo Massaini toda filmada aqui em Salvador, e que é, até hoje, o único filme brasileiro a ganhar a Palma de Ouro no Festival de Cannes.

A seguir ele foi o coronel malvado de "O Caipora" (1963), de Oscar Santana, e trabalha também em "Sol Sobre a Lama" (1964), dirigido pelo carioca Alex Viany.

Participa também em "O Rio dos Homens sem Medo"; "O Santo Módico"; "Rebelião de Brutos"; "Os Pastores da Noite", de Marcel Camus; "Luar Sobre Parador",de Paul Mazursky, "Caveira My Friend" (1969), de Álvaro Guimarães e "Meteorango Kid, o Herói Intergalático" (1970), de André Luiz Oliveira.

Seus dois últimos trabalhos foram em "Três Histórias da Bahia" e "Eu Me Lembro", recentemente lançado no circuito comercial.

Ele foi também criador do Grupo Bahiano de Cinema e morreu aos 88 anos vítima de um acidente vascular cerebral.

(RB)

Fotos e Informações: IMDB; Site Coisas de Cinema; Folha onLine e Site setarosblog.blogspot.com .





quarta-feira, 29 de julho de 2009

Gilda Nery




(Rio de Janeiro, 25/12/1935 - Rio de Janeiro em 2004).

Gilda Nery foi uma atriz importante e premiada no cinema nacional e que pouco atuou na TV.

Ela começou na verdade atuando no teatro, e nesse veiculo realizou trabalhos, com nomes como Pascoal Carlos Magno e Sergio Cardoso. Sua estréia no cinema se deu na Vera Cruz, na década de 50, no clássico "Uma Pulga na Balança´´, de Luciano Salce, que lhe valeu o premio Governador do Estado.
No ano seguinte, ela voltou a ser premiada, dessa vez com o Saci como melhor coadjuvante em "Floradas na Serra", também de Salce.

Gilda Nery realizou trabalhos na Argentina e no Uruguai, com repercussão internacional. No Brasil, participou ainda de filmes importantes como "Ravina" e "Viagem aos Seios de Duilia". Aos poucos, diminuiu sua presença nas telas, e atuou em algumas novelas e minisséries.

Filmografia:
- "Uma Pulga na Balança" (1953)
- "Floradas na Serra" (1954)
- "Ravina" (1958)
- "Viagem aos Seios de Duilia" (1964)
- "Asfalto Selvagem" (1964)
- "O Diabo de Vila Velha" (1966)
- "Navalha na Carne" (1969)
- "Vai Trabalhar Vagabundo" (1973)
- "Mistério no Colégio Brasil" (1988)
- "Não Quero Falar Sobre Isso Agora" (1991)
- "Matou a Família e foi ao Cinema" (1991)

(RB)

Eva Nill




(Cairo, Egito em 25/06/1909 - Cataguases, Minas Gerais em 15/08/1990).

Eva Nill nasceu com o nome de Eva Comello e veio para o Brasil em 1914, na companhia do pai, que fugia da Primeira Guerra Mundial.

Fez seus primeiros contatos com a arte cinematográfica em 1925, quando seu pai, Pedro Comello, realizou com Humberto Mauro o curta-metragem “Valadião, o Cratera”, ainda em 9,5 mm.

Em Cataguases, onde vivia, Eva participou como estrela dos filmes “Na Primavera da Vida”, o primeiro longa de Humberto Mauro; “Senhorita Agora Mesmo”, dirigida pelo próprio pai, “Tesouro Perdido” e o clássico do cinema nacional, “Barro Humano”, também de Humberto Mauro, realizado no Rio de Janeiro, em 1928.

De personalidade forte, resolve abandonar a carreira em 1929, segundo ela por não concordar com o amadorismo do cinema no Brasil. Passou a cuidar do estúdio fotográfico do seu pai, em Cataguases.

Fez poucos filmes mas se transformou na musa do cinema mudo brasileiro e morreu aos 81 anos e solteira, em Cataguases. Para muitos ela foi a Greta Garbo tupiniquim.

Texto e Foto: Rodolfo Bonventti.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Ludy Veloso




(Rio de Janeiro em 11/09/1924 - Morreu na década de 90).

A atriz Lourdes Leão Veloso, verdadeiro nome de Ludy Veloso, muito jovem começou a trabalhar no Instituto do Café, mas, como queria ser atriz, não recusou o convite de Armando Couto para fazer teatro em São Paulo.

Ludy Veloso estreou na peça "Helena Fechou a Porta", de Acioly Neto. A atriz também lançou várias peças de Millôr Fernandes e trabalhou em filmes de Mazzaropi na época da Vera Cruz.

Com o surgimento de outras oportunidades teatrais, Ludy acabou ficando em São Paulo.

Sua estréia no cinema aconteceu em 1952 no filme "Sai da Frente", como a primeira esposa de Mazzaropi no cinema. Por esse trabalho, Ludy Veloso recebeu o Prêmio Saci de 1952 de melhor atriz secundária.

Ludy Veloso fez quase uma dezena de filmes, com destaque para "A Sogra" (1954) e "Ladrão em Noite de Chuva" (1961).

Na televisão, teve marcante carreira, chegando a ter programa próprio na TV Tupi, chamado "Ludy Veloso Recebe".

Filmografia

1961 - Ladrão em Noite de Chuva
1954 - A Outra Face do Homem
1954 - A Sogra
1953 - Destino em Apuros
1953 - O Homem Dos Papagaios
1953 - Nadando em Dinheiro (Maria)
1952 - Sai da Frente (Maria)

Ludy Veloso foi casada com o escritor, pesquisador e sertanista Oswaldo Lamartine, a quem conheceu no Rio de Janeiro, no escritório de Celso Furtado quando estava sendo criada a SUDENE. Viveram juntos por muitos anos, até que ela faleceu de ataque cardíaco na década de 90.

Quando faleceu, Ludy Veloso já havia abandonado, há muitos anos, a carreira artística. Dedicava-se a gravar livros em fitas cassetes para o Instituto dos Cegos. Dizia que era uma forma de agradecer a Deus a sua voz tão bonita. Chegou a gravar cinco mil horas.


Fonte: "Astros e Estrelas do Cinema Brasileiro", Meu Cinema Brasileiro; Diário de Natal- 30 de março de 2008.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Morre a atriz Maria Sílvia, aos 65 anos

Rating:★★★★★
Category:Other
Maria Silvia Correa Moreira começou a carreira artística no fim da década de 60, no teatro. Em 1973, ela estreava no cinema, em "Joanna Francesa", sob a direção de Cacá Diegues. Mas a consagração na Sétima Arte veio em sua segunda produção, "Perdida" (1976), do mineiro Carlos Alberto Prates Correia. No filme, Maria Silvia é Estela, moça simples que se prostitui. A partir daí, a atriz virou musa do cineasta, atuando em todos os seus filmes, como "Cabaret mineiro", "Noites do sertão" e "Minas-Texas". Com extensa filmografia, a atriz atuou em mais 28 filmes, de diretores renomados, como Ruy Guerra, Paulo César Saraceni, Arnaldo Jabor e Walter Lima Jr. O último foi "Desejo" (2005), de Anne Pinheiro Guimarães.



Maria Sílvia estreou na TV no fim da década de 70, já consagrada no cinema e no teatro. Sua primeira novela foi "O astro" (1977), na TV Globo. Trabalhou depois na extinta TV Manchete em "Olho por olho", "Kananga do Japão" e "A história de Ana Raio e Zé Trovão". De volta à Globo, atuou em "Memorial de Maria Moura" (1994), "Torre de babel" (1998), "Brava gente" (2000), "Chocolate com pimenta" (2003), "Alma gêmea" (2005 e que será reprisada a partir de agosto na Globo) e "Páginas da vida" antes de se mudar para Record.


Fonte: O Globo

Maria Sílvia




(São Paulo, 16/02/1944 - Rio de Janeiro, 26/07/2009).

A atriz Maria Silvia Corrêa Moreira, mais conhecida apenas por Maria Sílvia, era um dos melhores exemplos de atriz essencialmente de cinema e que só veio para a TV depois de ser consagrada e premiada na telona.

Maria Silvia começou a carreira artística no fim da década de 60, no teatro. Em 1973, ela estreou no cinema, em "Joanna Francesa", sob a direção de Cacá Diegues. Mas, a consagração na Sétima Arte veio em sua segunda produção, "Perdida" (1976), do mineiro Carlos Alberto Prates Correia. No filme, Maria Silvia é Estela, moça simples que se prostitui. A partir daí, a atriz virou musa do cineasta, atuando em todos os seus filmes, como "Cabaret Mineiro", "Noites do Sertão" e "Minas-Texas".

Com extensa filmografia, a atriz atuou em mais 28 filmes, de diretores renomados, como Ruy Guerra, Paulo César Saraceni, Arnaldo Jabor e Walter Lima Jr. O último foi "Desejo" (2005), de Anne Pinheiro Guimarães.

Maria Sílvia estreou na TV no fim da década de 70, já consagrada no cinema e no teatro. Sua primeira novela foi "O Astro" (1977), na TV Globo. Trabalhou, depois, na extinta TV Manchete em "Olho por Olho", "Kananga do Japão"; "A História de Ana Raio e Zé Trovão" e "Amazonia".

De volta à Rede Globo, atuou em "Memorial de Maria Moura" (1994), "Torre de Babel" (1998), "Brava Gente" (2000), "Chocolate com Pimenta" (2003), "Alma Gêmea" (2005) e "Páginas da Vida" (2006), antes de se mudar para Record onde fez "Chamas da Vida" e "Vidas Opostas".

Seus trabalhos no cinema são:

- `Joanna Francesa` (1973), de Carlos Diegues;
- `Perdida` (1976), de Carlos Alberto Prates Correia;
- `A Queda` (1976), de Ruy Guerra;
- `Gordos e Magros’ (1976), de Mário Carneiro;
- `Assuntina das Amérikas’ (1976), de Luiz Rosemberg Filho;- `Anchieta, José do Brasil` (1977), de Paulo Cesar Saraceni;
- `Este Rio Muito Louco’ (1977), episódio de Denoy de Oliveira;
- `Tudo Bem` (1978), de Arnaldo Jabor;
- `Amor e Traição` (1979), de Pedro Camargo;
- `Cabaret Mineiro` (1980), de Carlos Alberto Prates Correia;
- `Eu Te Amo` (1981), de Aranldo Jabor;
- `Luz del Fuego´ (1982), de David Neves;
- `Janete` (1983), de Chico Botelho;
- `O Mágico e o Delegado’ (1983), de Fernando Campos;
- `Noites do Sertão` (1984), de Carlos Alberto Prates Correia;
- `Águia na Cabeça’ (1984), de Paulo Thiago;
- `Patriamada’ (1984), de Tizuka Yamasaki;
- `A Ópera do Malandro` (1986), de Ruy Guerra;
- `Ele, O Boto` (1987), de Walter Lima Jr;
- `Minas-Texas` (1989), de Carlos Alberto Prates Correia;
- 'Romance" (1992), de Sérgio Rezende;
- `Sombras de Julho` (1995), de Marco Altberg;
- `Como Nascem os Anjos` (1996), de Murilo Salles;
- `Amor & Cia` (1998), de Helvecio Ratton;
- `Uma Vida em Segredo` (2001), de Suzana Amaral;
- "Desejo" (2005).

Em 2007, a atriz participou da novela "Vidas Opostas" e, em 2008, das novelas "Chamas da Vida" e "Caminhos do Coração", ambas da Rede Record.

Seu último trabalho em novelas foi em "Poder Paralelo" na TV Record.

A atriz Maria Sílvia morreu, aos 65 anos, no dia 26 de julho de 2009. No início do ano, a paulistana descobriu um câncer no pulmão, mas perdeu a batalha contra a doença. O velório e o enterro aconteceram no dia seguinte, no Cemitério São João Batista, em Botafogo.


Fontes: Sites Mulheres do Cinema Brasileiro, Globo, Adoro Cinema Brasileiro; Imdb; Globo.

Entrevista concedida por Sérgio Viotti em 2007

Rating:★★★★★
Category:Other
O Jornal Modus Vitae, em Maio de 2007, conversa com Sérgio Viotti, quando ele interpretou um personagem da peça “O dia em que raptaram o Papa”. Viotti foi “Alberto IV”, um papa que imaginou ser por algumas horas, um transeunte comum pelas ruas de Nova York, mas o taxista que o levaria para a aventura - anônimo, judeu, o reconheceu prontamente e o seqüestrou.

O desenrolar da peça teatral de grande sucesso, é uma comédia, e Sérgio Viotti é mais que um ator, ele é mesmo o Papa. Procuramos essa “santidade” do teatro nacional, próximo aos seus 80 anos, e descobrimos que o “Papa” é mesmo pop.

Foi mais ou menos assim que abro a entrevista com Viotti, no entanto, é preciso dizer aqui, que eu me emocionei demais com a peça. Na verdade, muita gente se emocionou. Há momentos de total silêncio do público, e respeito, tamanha figura que ele travestido de PAPA representou.

Assisti a peça, no dia da estréia, algumas pessoas foram entrevistadas na saída ainda tomadas pela emoção. A TV Gazeta vem em minha direção, que não conseguia parar de chorar, para saber exatamente o que eu estava sentindo. Foi difícil de conter e explicar o que eu acabara de viver. Enquanto isso, outros repórteres pegavam outras pessoas para entrevistar, e também o Sérgio que mal conseguia sair do lugar, depois de um belo banho e pronto para comemorar a noite de sucesso, porque as mulheres, algumas, chegavam perto dele, e beijavam sua mão, como se ele fosse mesmo o PAPA!

Ele muito delicado ria um pouco constrangido... Deixava rolar, nem dava tempo de explicar, ou argumentar absolutamente nada! Até que uma senhora se ajoelha e pede para beijar suas mãos! Dorival que sempre cuidou dele com enorme carinho, se divertia e desta vez, pediu “por favor”, para que a senhorinha não se ajoelhasse!. Aí era demais!

E continuo eu...
O relógio disciplinador de encontros formais apontava acanhado que já se passava da meia noite. Constrangimento lógico dessa invenção denunciadora de horários, pois, o apartamento é de Sérgio Viotti e de Dorival Carper, e se existe lugar no mundo em que horário não é bem visto é neste cantinho mágico, onde poesia, música, champagne ( Tatinger é a preferência de Carper ), vinhos ( tintos de Nuits St Georges, a predileção de Viotti), aliado ao menu degustation do Chef Carper, sublimam a vida, e não apenas um espaço de tempo. É claro que a entrevista aconteceu já na madrugada, sob a vigia de quadros, esculturas livros, objetos, onde tudo faz sentido, nada é por acaso, cedendo a impressão de estarmos no meio de uma história, e a medida que nos envolvemos mais com aquela atmosfera quase lúdica, percebemos que estamos participando mesmo de uma grande história, de amor, entre Viotti, Carper, “Modus Vitae”e a vida.

Vou deixar aqui, todas as perguntas que fiz a ele, sem obedecer a ordem original da entrevista. Vocês poderão perceber um pouco desta cabeça recheada de cultura e de conhecimento.

A maior qualidade de Sergio Viotti?
“A minha fidelidade em todos os sentidos”

Fala a sua idade?
“Claro, 79. É um milagre! “

Um filme que mexe com Você.
“Sou saudosista e adoro “E o Vento Levou”. Tenho a fita e amo. Conheci Vivian Leight, linda, mas chatérrima!!!"

Um país. “A Inglaterra” ( Sérgio morou por lá muitos anos de sua vida, foram mais de 14).

O que te dá mais prazer de fazer?
“ Escrever. Foi o que sempre mais gostei de fazer. Lembro-me de uma vez, eu tinha 16 anos, e estava na casa de meu avô Manoel Viotti. Ele tinha uma máquina de escrever “Royal” e não deixava ninguém perturbá-lo enquanto datilografava, porém, minha companhia não lhe importunava. Eu ficava encantado no maior silêncio, e num belo dia ele me disse: “quer aprender a datilografar?”. Respondi mais que depressa que sim! Ele então me ensinou, e muito mineiramente me usava para bater os verbetes do seu dicionário. Vovô foi quem escreveu o primeiro dicionário de gíria brasileira. Eu achava aquilo uma Glória, pois estava colaborando com vovô, isso era mesmo o máximo! “


Você tem irmãos?
"Sou filho único e não sei se feliz ou infelizmente. Eu detestaria ter um irmão burro; iria ignorá-lo! Tenho horror à estupidez humana, `a burrice. Tenho alguns parentes que eu não posso nem ver, quanto mais ter um irmão, ou irmã desse tipo crescendo ao meu lado, que eu teria que agüentar a vida inteira. Deus me livre!"


Timedez é coisa comum entre os atores, você concorda?

“É verdade. Essas pessoas que se dedicam a essa coisa do representar, do ser artista, essas pessoas são mais tímidas, umas das raízes que faz com que você seja ator é de fato a de você poder se despir de você mesmo."

É preciso ter coragem para interpretar?

“Não, não! É uma coisa que você sabe fazer. Você vai, - e faz! Certa vez perguntaram ao Anthony Hoppinks, que eu acho um ator espantoso, como é que ele criava um papel. E com aquela cara bem descofiada ele disse: “Eu sou um ator! Dão um papel, eu leio, eu faço! “ É apenas isso. Essa gente fala as coisas de maneira simples, com enorme clareza, e que todos entendem."

Explique sua paixão por Shakespeare?

“Posso explicar com cinco palavras?"

"Porque ele é muito bom! Não tem outra explicação. Sempre digo que tudo que não está na Bíblia está em Shakespeare, e tudo que está em Shakespeare está na Bíblia.”

A cidade que mais gosta?
"Londres."
Entre Rio e Sampa?
"São Paulo!"

Uma mulher?
"Dulcina. Ela é a síntese. É mulher, professora, foi freira no palco, prostituta.”

Um homem..
“Jesus Cristo”

Um sonho
"Não tenho, nunca tenho, é uma coisa abstrata demais."

O que menos gosta em você?
“A minha preguiça “

Um prato predileto
“Uma macarronada a bolonhesa – comeria todos os dias”

Música
“The way you look tonight”

Dos livro todos que você tem, qual especial?
"Todos! Não dou e nem empresto nenhum deles."

Você nos disse que não fez nenhum curso de interpretação. Como pode? E como você vê isso nos dias de hoje?

“Para ser um artista antes de tudo tem que ter uma coisa que se chama talento! Se você não tem, não insista. E talento é uma coisa que Deus dá. É inexplicável."

Entre Rádio e TV, qual você escolhe?

“Talvez eu goste um pouco mais de rádio. Sabe por quê? Em televisão quando sai alguma coisa errada a culpe é sempre sua. No rádio funciona diferente. Agora veja bem, meu envolvimento com o rádio foi inesperado, não foi planejado. Não fui fazer rádio na Europa. Eu fui à Europa! E a maneira de ir ao Velho Mundo era fazer rádio lá. Outro fator determinante se deu em razão do meu ingresso na BBC que não era uma rádio comercial e sim cultural, isso me ajudou bastante. A BBC ensinou-me mais que fazer rádio, me descortinou para a vida artística."

Sérgio,você foi filho único e optou por não ter filhos, por qual razão?

“Penso que se tivesse um filho nunca mais dormiria. Sou uma pessoa obcecada com várias coisas, uma delas é exatidão, outra é perfeição, outra é integridade, enfim, se meu filho ou minha filha não correspondesse exatamente a tudo aquilo que eu exigisse, ou eu me suicidaria, ou nuca mais dormiria. Esse é o tipo de temperamento de um Viotti. Isto é um segredo dos Viotti. Tenho uma prima que falo com ela todos os dias da nossa vida e nos divertimos muito. Pensamos exatamente igual. Às vezes ela diz assim: “Hoje estou tendo uma das minhas Viotadas”. E eu sei exatamente o que ela está dizendo."

O que é Dorival Carper para você?
( neste instante, ele respira fundo, pensa, e com sua voz macia e calma faz chorar o meu marido, e nossos amigos em comum, Antonio Carlos Nascimento e Carolina Nascimento)

“Dorival é meu amigo, meu irmão, meu pai, meu conselheiro, meu colega, meu produtor. E isso há 44 anos ( Pausa). Eu não seria exatamente a pessoa que sou hoje, se não fosse ele. Sempre me ajudou, enormemente em todos os momentos da minha vida. ( Sérgio aponta Dorival que também acompanha a entrevista) sempre me deu um grande apoio. Quando tive problemas grandes como a doença de meu pai, doença de minha mãe. Nós somos mais que amigos e irmãos. No fundo no fundo, somos uma pessoa só! Nos ajudamos e nos respeitamos um ao outro de uma tal maneira, que eu acho um privilégio ter encontrada na vida uma pessoa como Dorival."

Sua veia artística vem da sua mãe?
“Não. Não. O amor pela arte, pela música, a paixão pelos livros e a pintura, herdei dos Viotti ( família do pai). Minha falação sim é dos Silveira...falam demais. Você tem que implorar de joelhos para um Silveira ficar quieto. Todos os Viottis que eu conheci e conheço tem um lado artístico marcante; não necessariamente sendo um profissional."

A sua crítica sobre a peça “O Balcão “ é maravilhosa e é considerada uma obra de arte. Dizem que ela supera a peça! Como é isso?

“Isso foi em 1971. Fui convidado para fazer a peça, mas como tenho medo de altura acabei recusando. Esta obra do escritor e dramaturgo Frances Jean Genet ( 1910 – 1986) contava com cenografia consubstanciada de um espiral de ferro vertical, uma espécie de elevador representando um palco de acrílico , que subia e descia. Foi um dos espetáculos mais extraordinários que eu vi em toda a minha vida. Não fiz a peça, mas fiz a crítica."


E assim, foi concedida a entrevista para mim, ao lado de meu marido e um casal de amigos, com a maior tranquilidade. Vez por outra davamos uma gargalhada, tomavamos mais um vinho, e saímos de lá, muito tarde. Os dois nos receberam com a maior classe! Assim, normalmente, como eles sempre são. Um encanto! Um presente.

Fonte: Blog Conceição Duarte

Ator Sérgio Viotti morre aos 82 anos em São Paulo

Rating:★★★★
Category:Other
O ator Sérgio Viotti morreu na manhã deste domingo (26) no Hospital Samaritano, no bairro Santa Cecília, em São Paulo. Internado desde abril na instituição, Viotti estava em coma não-induzido e sofreu uma parada cardiorrespiratória.

Natural da capital paulista, Sérgio Viotti também era dramaturgo, tradutor, crítico e produtor de programas radiofônicos. Começou a trabalhar em rádio no Rio de Janeiro, na década de 1950, e morou nove anos na Inglaterra, onde atuou na rádio BBC.

Apesar da longa carreira no teatro, ficou conhecido do grande público pelas novelas nas quais trabalhou. Entre seus diversos papéis, destacam-se "Sinhá Moça", "Anjo Mau", "Suave Veneno", "Meu Bem Meu Mal", "Corpo Santo" e a minissérie "Os Maias".

Seu último trabalho na televisão foi na novela "Duas Caras", em 2007. A vida de Viotti foi retratada na biografia "O Cavaleiro das Artes", de Nill Lebert.

Fonte: Site Babado e Portal IG

domingo, 26 de julho de 2009

Sérgio Viotti




(São Paulo em 14/03/1927 - São Paulo em 26/07/2009).

Sérgio Luiz Viotti foi ator, escritor, diretor, tradutor, dramaturgo, produtor de programas culturais radiofônicos, crítico de teatro, dança e ópera.

Foi para o Rio de Janeiro em 1945, para fazer a Escola Itamarati.

Estudou piano até os 14 anos de idade, e, já no Rio de Janeiro, ia com amigos músicos participar de programas musicais na Rádio MEC, apenas para virar as páginas para os concertistas Heitor, Maria Abreu e Laís de Souza Brasil.

Começou a trabalhar em Rádio em 1958, no Rio de Janeiro. Trabalhou na Inglaterra, onde fez rádio na BBC durante quase nove anos. Voltou para o Brasil e foi trabalhar na Rádio MEC, fazendo radioteatro com, dentre outros, Magalhães Graça e Agnes Fontoura.

Sérgio Viotti começou a fazer novelas em 1986, com destaque para personagens em “Sinhá Moça”, “Corpo Santo”, “Kananga do Japão”, “Despedida de Solteiro”, “Meu Bem Meu Mal”, “Anjo Mau”, “Suave Veneno”, “Os Maias”, “A Casa das Sete Mulheres” e “Um Só Coração”.

Ao comemorar seus trinta anos de palco como ator, em 1991, apresentou o espetáculo “As Idades do Homem”, no qual interpretava nada menos do que dezesseis personagens de Shakespeare.

Como de crítico de teatro, dança e ópera, trabalhou no jornal Estado de São Paulo (1969/71) e no Jornal da Tarde (1976 e 1983).

Como romancista, fez "E Depois, no Exílio" (Edições Bloch), lançado em 1968, que lhe valeu o Prêmio Walmap, concorrendo com outros 143 escritores.

Em 1995, lançou "A Cerimônia da Inocência" (Top Books) e, em 2001, a biografia da atriz Dulcina de Morais (1908/96) e a "Fuga do Escorpião".

Em 2006 e 2007, Sérgio Viotti apresentou-se no teatro com a peça "O Dia que Raptaram o Papa", de João Bethencourt e, também em 2007, participou da novela "Duas Caras", da TV Globo, seu último trabalho na televisão.

Sérgio Viotti morreu, aos 82 anos, na manhã do dia 26 de julho de 2009 em decorrência de uma parada cardiorrespiratória, em São Paulo. De acordo com o comunicado divulgado pelo Hospital Samaritano, o ator estava internado desde o dia 19 de abril. Ele tinha sofrido uma parada cardíaca durante a festa de casamento do filho da escritora Maria Adelaide Amaral.


Fontes: Sites Diversos de Teatro, Globo, Captura de imagens (Youtube); Globo; Terra.



Matérias relacionadas:

Entrevista concedida em 2007:

http://inmemorian.multiply.com/reviews/item/52

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Morre Duse Naccarati, atriz de "Negócio da China"

Rating:★★★
Category:Other
Na manhã desta quinta morreu no Rio de Janeiro, a atriz Duse Naccarati. Aos 76 anos, Duse teve uma insuficiência respiratória. A morte surpreendeu a família, já que a atriz não estava doente.

O último trabalho de Duse na TV foi em “Negócio da China”, como a Tia Saudade. Antes, já havia participado de Alma Gêmea (Bruxa), Desejos de Mulher (Iracema) e Cambalacho (Cibele Sampaio), entre outras novelas. Duse estava negociando a participação em uma peça no próximo ano.

Fonte: Site Abril em 23/07/2008.

Duse Nacaratti




(Cataguases, Minas Gerais em 22/06/1942 - Rio de Janeiro em 23/07/2009).

Duse Nacaratti era considerada uma grande dama do teatro brasileiro e musa do teatro besteirol.

Durante sua carreira, Duse pisou nos palcos interpretando diversas peças do dramaturgo Nelson Rodrigues. Ela participou de duas montagens diferentes de "Beijo no Asfalto", uma em 1967 e a outra em 2001. Atuou na versão de Luiz Artur Nunes para "Vestido de Noiva" estrelado por Malu Mader e fez "A Mulher Sem Pecado", na década de 1970.

No cinema, Duse Nacaratii participou dos filmes "Elvis & Madona" (2008); " O Grande Mentecapto" (1989); "Com Licença, Eu Vou à Luta" (1986); "Romance de Empregada" (1987); "Vento Sul" (1986); "Areias Escaldantes" (1985); "Bete Balanço" (1984).

Com poucos trabalhos em televisão e no cinema, Duse dizia que tinha virado uma "proletária do teatro" - dessas que "vivem vendo a geladeira vazia e que andam de ônibus" - nos últimos anos. Mas não trocaria sua carreira por outra e lembrava sempre de uma frase de Rubens Corrêa.

- Ele dizia que não há nada que se compare à felicidade e ao prazer de se estar no palco, nem sexo, nem dinheiro, nem um banho de mar, nem Londres - disse ela em entrevista ao Segundo Caderno, em 2004.

Na TV, Duse Nacaratti atuou em "Desejos de Mulher" (2002); "Brava Gente" (seriado de 2001); do programa "Você Decide" (1992); "Cambalacho" (1986); "Corpo a Corpo" (1984); "Sol de Verão" (1982); do programa "Chico Anysio Show" (1982); do seriado "Ciranda, Cirandinha" (1978).

Em 2007 ela participou do seriado infantil "Sítio do Picapau Amarelo", na Rede Globo, e em 2008 esteve em cartaz no Rio de Janeiro com a peça "A Falecida", de Nelson Rodrigues.

Duse Naccarati morreu na madrugada do dia 23 de julho de 2009, aos 76 anos. A atriz sofreu uma parada cardíaca em sua residência e deu entrada no hospital. Em seguida, teve uma série de paradas cardíacas até que, pela manhã, não resistiu. A causa da morte foi diagnosticada como insuficiência respiratória consequente de paradas cardíacas.

A família declarou que aceitou bem a morte da parente, já que ela vinha apresentando uma saúde bem debilitada nas últimas semanas. A atriz estava acompanhada de sua irmã e alguns sobrinhos.

O último trabalho na televisão de Duse, chamada pelos amigos como a "Soberana da Comédia", foi no papel de Tia Saudade, na novela "Negócio da China".

O corpo da atriz foi velado na São João Batista e cremado no Cemitério do Caju.


Fontes: Sites Wikipédia; Guia da Semana, Rede Globo; Extra Globo.

Mário Brasini




(Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 1921 — Rio de Janeiro, 9 de outubro de 1997)

O ator, diretor, teatrólogo e inventor Mario Brasini viveu parte de sua infância entre Recife e Maceió. Iniciou seus estudos em Roma, onde nasceu seu pai, o arquiteto Ferruccio Brasini, e local em que viveu dos 8 aos 13 anos.

Escreveu sua primeira peça ainda ginasiano do Colégio Santo Antonio Maria Zacharias, no Catete, Rio de Janeiro. Depois de participar ativamente do elenco amador daquele educandário, Brasini passou a trabalhar com o elenco de atores italianos do Teatro del Doppo Lavoro e, posteriormente, na fundação da União Nacional dos Estudantes.

Na UNE, participou de vários trabalhos, inclusive da criação da Revista Movimento, da qual tornou-se redator-chefe e venceu o primeiro concurso nacional de peças teatrais daquela agremiação, cujo corpo de jurados era presidido pelo escritor Aníbal Machado. A peça vencedora chamava-se "Estudantes" e foi montada no Teatro Ginástico pelos estudantes.

A seguir, Mário Brasini prosseguiu sua iniciante carreira no Teatro Universitário, dirigido por Jerusa Camões, onde dirigiu e atuou em vários espetáculos, entre eles a opereta “A Viúva Alegre”.

Mário Brasini escreveu diversas comédias de costume, retratando seu povo e seu país, algumas vezes fazendo crítica social em tons de farsa e caricatura. Também foi tradutor de muitos textos do teatro italiano, francês e espanhol.

Em 1948, no auge de sua carreira cinematográfica e radiofônica, fundou, juntamente com três outros colegas, os "Artistas do Povo", companhia teatral da qual foi diretor artístico. Com um variado repertório, o grupo percorreu vários estados do Brasil.

Durante a turnê foram montadas muitas peças, dentre elas “Um Raio de Sol”. “Toda a Vida em Quinze Dias”, “Divórcio”, “Maria Cachucha” entre outras. A rapidez com que ocorriam as encenações foi a semente da idéia de se utilizar um pequeno radioreceptor para a comunicação entre o ator e o diretor para facilitar o trabalho do ator teatral.

Em 1950, dirigiu um dos maiores sucessos daquela temporada teatral, "Dona Xepa", de Pedro Bloch, com Alda Garrido, no Teatro Rival. Em 1951, Brasini dirigiu a peça "Cupim", estréia da Cia. Teatral de Oscarito-Margot Louro.

Em 1952, trabalhou em "Massacre", outro grande sucesso teatral, que dava inicío às atividades da Cia. Graça Melo. No ano seguinte, dirigiu a estréia teatral da cantora Marlene, na peça "Depois do Casamento", no Teatro Dulcina.

Atuou ao lado de André Villon e Tereza Austregésilo em "Alguém Falou de Amor", comédia de sua própria autoria, encenadaem 1955 no Teatro de Bolso, da Praça General Osório, em Ipanema. Essa peça foi premiada naquele ano pela Associação Brasileira de Críticos Teatrais. Na mesma temporada, encenou a comédia espanhola, "Três à Meia Luz", traduzida por ele.

Em 1957, contratado pela Cia. Artistas Unidos, no Copacabana Palace, atuou na peça "É do Amor que se Trata" ao lado de Henriette Morineau.

Fundou juntamente com sua esposa, a atriz Theresa Amayo, em 1963, o Teatro Permanente de Brasília, onde encenou "Irene", " Divórcio", "Raio de Sol", o "Noviço", ” Diabinho de Saias” e, a peça infantil, "Rapto das Cebolinhas".

Em janeiro de 1965, Mario Brasini e Theresa Amayo seguiram para Portugal, em turnê com a Cia. Tônia Carrero-Paulo Autran.

Na volta da Europa, Brasini foi convidado por Eva Todor para dirigir e atuar na peça "A Moral do Adultério", texto inacabado do teatrólogo Luiz Iglésias. Brasini escreveu o segundo ato juntamente com Joracy Camargo.

No mesmo ano, sua peça "A Guerra Mais ou Menos Santa" foi escolhida para inaugurar o Teatro Princesa Izabel, no bairro do Leme, Rio de Janeiro. Brasini escreveu "A Guerra..." a partir de uma fato real: um padre residente em Patos de Minas e em briga com as prostitutas do local, foi descoberto pela alfândega, quando regressava da Europa, contrabandeando armas escondidas sob sua batina. Na peça, um cantor conta a história da intransigência, do poder atemporal usado de forma indevida e da hipocrisia muitas vezes existente no comportamento político-social. Essa peça foi encenada também em 1966, na reinauguração do Teatro Amazonas, em Manaus.

Ainda sob o impacto dos acontecimentos do ano anterior, Brasini terminou a peça "Nadim Nadinha Contra o Rei de Fuleiró".

Em 1966, atuou em "Vento nos Ramos de Sassafrás", ao lado de Mme. Morineau, no Teatro Dulcina, sob direção de Afonso Grisoli. No mesmo ano, participou do elenco de "As Viúvas do Machado" sob a direção de Sérgio Viotti, na Cia. Eva Todor.

Em 1967, Brasini, sob a direção de Maurice Vaneau, participou da montagem de "O Olho Azul da Falecida", no Teatro Ginástico.

Sob a direção de Ziembinsky, em 1968, trabalhou em "Zefa Entre os Homens", no Teatro Nacional de Comédia, hoje Teatro Glauce Rocha. Em 1969, no Teatro Copacabana, participou da montagem de "40 Quilates".

Sua peça teatral "Nadim Nadinha contra o Rei de Fuleiró" foi premiada em 1979, no Concurso de Dramaturgia do Serviço Nacional de Teatro (SNT), liberada pela censura e finalmente encenada naquele ano.

Na mesma ocasião, Brasini teve também montada a peça "Aqui e Agora", no Teatro Glória, com André Villon, Theresa Amayo e ele próprio, sob a direção de Cecil Thiré. Alguns anos antes, um de seus textos mais famosos, "Quarta-feira Sem Falta Lá em Casa", foi estrelado por Eva Todor e Mme. Morineau e dirigida por Gracindo Jr., também no Teatro Glória.

No dia 7 de novembro de 2002, “Quarta-feira, Sem Falta Lá em Casa”, foi encenada em São Paulo, no Teatro Renaissence, estrelada por Beatriz Segall e Miriam Pires, com direção de Alexandre Reinecke e produção da DBA 2, sucesso que se estendeu por mais de um ano. De agosto de 2005 a abril de 2006, a peça retornou ao Teatro Renaissence, com Beatriz Segall e Nicete Bruno, esta substitiuindo Miriam Pires que faleceu durante as gravações da novela "Senhora do Destino", de Aguinaldo Silva. A peça ainda fora traduzida para o alemão, inglês e espanhol e existe a intenção de roteirizá-la para o cinema.

Na década de 1940, Mário Brasini foi dirigido por Moacyr Fenelon nos filmes "É Proibido Sonhar", "Asas do Brasil" e Fantasma por Acaso. Brasini, por sua atuação em ”É Proibido Sonhar”, recebeu o prêmio “O Índio”, da Crítica Cinematográfica da época. Atuou, também, na película “Iracema”, onde estreou Ilka Soares.

Em 1958, Brasini co-dirigiu, escreveu e atuou em "Bruma Seca", dirigido por Mário Civelli. Também participou, como ator, de "Enigma para Demônios", dirigido por Carlos Hugo Christiensen, "Jovens pra frente" com Oscarito, “Rifa-se uma Mulher”, dentre outros.

Mário Brasini Iniciou sua carreira radiofônica na Rádio Clube do Brasil e, durante muitos anos, atuou na Rádio Nacional do Rio de Janeiro escrevendo e dirigindo crônicas, programas radiofônicos variados e novelas de sua autoria como: "Enquanto Houver Estrelas", "Lua Nova", "Laura", "A Alma das Coisas", "Balança Mas Não Cai" (ao lado de Max Nunes), entre outras, ao lado de Almirante, Paulo Roberto e Floriano Faissal.

Em 1955, a convite de Alziro Zarur dirigiu a Rádio Mundial, onde escreveu o programa "Boa Noite, Carmela", sucesso do rádio levado mais tarde ao Teatro e à televisão.

Entre 1962 e 1963, "emprestado" pela Radio Nacional do Rio de Janeiro, assumiu a Direção Artística da TV Nacional de Brasília, para onde seguiu com sua mulher e filhos.

Do final de 1963 a abril de 164, dirigiu a Rádio Educativa de Brasília e iniciou a preparação do Curso de Rádio e Televisão para a Universidade de Brasília, em fase de inauguração, convidado pelo reitor da universidade e pelo chefe da Casa Civil da Presidência da República, Prof. Darcy Ribeiro. Na mesma ocasião, Brasini foi convidado para assessorar o Dr. Julio Sambaqui, Ministro da Educação.

Durante o mês de janeiro de 1964, participou da Caravana da Cultura, projeto pioneiro do Embaixador Paschoal Carios Magno, levando o repertório do Teatro Permanente de Brasília a 16 pequenas cidades de três estados brasileiros: Minas Gerais, Bahia e Alagoas.

Com a eclosão da Revolução de 64, foi chamado de volta à Radio Nacional do Rio de Janeiro e, por motivos políticos, já que Brasini era um comunista sem partido, após responder a inquérito policial militar (arquivado por falta de provas), Brasini e mais 32 colegas foram cassados pelo AI-1 e proibidos de entrar no prédio da Radio Nacional do Rio de Janeiro, ficando com a Carteira de trabalho em aberto por 17 anos.

Mario Brasini foi, também, um pioneiro da televisão, atuando, escrevendo e dirigindo a programação da TV Tupi, em duas fases distintas: a primeira, em 1952 e a segunda em 1968.

Foi Diretor Artístico da TV Paulista, hoje Rede Globo, de 1959 a 1961. Escreveu e dirigiu a novela "Laura" e os programas "A Alma das Coisas", "Estampas Eucalol", "Teledrama 3 Leões", "Boa noite, Carmela", entre outros.

De volta ao Rio, atuou na TV Rio, no papel título da novela de Nélson Rodrigues "O Desconhecido" e no programa "Praça 11" no quadro chamado "O Italiano do Realejo".

Mário Brasini também trabalhou como publicitário. Em 1942, com 17 para 18 anos, foi o encarregado da publicidade e do marketing do Serviço de Alimentação da Previdência Social (SAPS), deu aulas e escreveu um livro sobre publicidade.

De 1957 a 1959 foi Diretor do Departamento de Rádio, Cinema e Televisão da Standard Propaganda, uma das maiores empresas de publicidade do país, participando ativamente de várias campanhas publicitárias, inclusive a do lançamento do Dia Nacional da Secretária, através do programa radiofônico "O mundo em suas mãos", na Rádio Mayrink Veiga, patrocinado pelas máquinas datilográficas Remington.

Como resultado de suas experiências eletrônicas amadoras, Brasini inventou um processo de comunicação, batizado com o nome de ponto eletrônico. Esse equipamento objetivava substituir, durante excursões teatrais, o "ponto" teatral (pessoa que ficava dizendo as falas dos atores, quando necessário). Esse invento deu origem a empresa de leasing que Brasini fundou mais tarde, durante a perseguição política de que foi vítima. Sua aparelhagem era alugada às televisões para estabelecer uma comunicação entre a direção artística, na área técnica e a equipe, no estúdio. Ao tentar registrar seu invento em 1965, também por motivos políticos, teve negado esse direito, sendo hoje usado gratuitamente por toda a televisão brasileira. A partir do ponto eletrônico, Brasini desenvolveu equipamentos para tradução simultânea usados em congressos, seminários e simpósios, através da firma que fundou: "Ponto Comando Eletrônico Intercom. Ltda." com sede no Rio de Janeiro.

A partir de um certo momento, as atividades crescentes da empresa exigiram a abertura das filiais de São Paulo, Curitiba e Rio Grande do Sul e, com isso, a dedicação integral de seu dono. Por essa razão, Brasini teve que afastar-se de suas atividades teatrais e televisivas para dedicar-se às de empresário.

Em 1993, Brasini e sua mulher Theresa venderam suas ações da empresa. O empresário saiu de cena, dando lugar ao teatrólogo, em tempo integral.

Depois de algumas viagens ao exterior, Brasini dedicou-se à produção de novos escritos. Deixou prontos dois romances e algumas peças teatrais, ainda inéditas.

Mario Brasini faleceu no dia 9 de outubro de 1997, vítima de uma pneumonia dupla com posterior falência múltipla dos órgãos.


Fontes: Sites Unicamp; Wikipédia; Orias Elias.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Arnaldo Montel




(Rio de Janeiro em 11/03/1929 - Rio de Janeiro em 09/09/2008).

O carioca Arnaldo José de Nazareth Montel foi ator, produtor e promoter.

Esportista, chegou a jogar de meia esquerda num time da segunda divisão. Na década de 50, um convite do amigo Alcino Diniz para aparecer em alguns programas de TV muda o rumo de sua vida. Interessado pelas artes, estuda arte dramática no Teatro do Estudante.

Entre 1953 e 1964, Arnaldo participou como ator dos filmes "Santa de um Louco", "Mãos Sangrentas", "Chico Fumaça", "Boca de Ouro", "O Noivo da Girafa", "Dona Xepa", "Rico Ri à Toa", "Chofer de Praça", "O Assalto ao Trem Pagador", "O Homem que Roubou a Copa do Mundo" e "Sonhando com Milhões".

Mas foi como organizador do tradicional Concurso de Fantasias do Hotel Glória, no Rio de Janeiro, que Arnaldo Montel fez seu nome no carnaval carioca. à frente do evento desde a primeira edição.

Ele era irmão do também ator Paulo Montel e sobrinho do compositor Ernesto Nazareth.

Internado na casa de Saúde Santa Terezinha, na Tijuca, devido a uma hemorragia interna, Arnaldo Montel foi vítima de uma parada cardíaca depois de mais de um mês de internação.

Fontes: Jornal O Globo, Jornal O Dia, IMDB, Site Museu Mazzaropi.

Cassiano Gabus Mendes




(São Paulo em 29/07/1929 - São Paulo em 18/08/1993).

Mais conhecido como autor de novelas, o paulistano Cassiano Gabus Mendes, filho do radialista Otávio Gabus Mendes, herdou do pai a sensibilidade criativa e o domínio da dramaturgia. Foi um dos pioneiros da televisão no Brasil, estando lá desde a sua inauguração, em 1950, e atuou como ator, diretor e autor.

Chegou a ser diretor artístico da TV Tupi por dez anos e foi o criador do TV de Vanguarda”, um dos maiores marcos da televisão dos anos 50, onde interpretava, escrevia e dirigia.

Em 1953, Cassiano Gabus Mendes criou o seriado “Alô, Doçura!”, uma comédia romântica inspirada em “I Love Lucy”, grande sucesso da televisão norte-americana. No início era exibido apenas um episódio por semana, passando mais tarde a dois. Eva Wilma e Mário Sérgio foram os escolhidos para viver as aventuras de diferentes personagens a cada episódio. No ano de 1954 Mário Sérgio foi substituído por John Herbert. O sucesso da nova dupla foi imediato, com grande aceitação do público. A química entre os dois protagonistas foi além da ficção e em 1955 Eva Wilma e John Herbert se casaram.

Em 1966, Cassiano Gabus Mendes deixa de aparecer em frente às câmeras para se tornar apenas autor, escrevendo a novela “O Amor Tem Cara de Mulher”, baseada no original do argentino Nené Cascallar. “A novela ficou nove meses no ar.

Em 1968, Cassiano idealizou o roteiro daquela que se tornaria a novela que mudou o estilo do gênero no Brasil, “Beto Rockfeller”, chamando Bráulio Pedroso para escrevê-la.

Vai para a TV Globo em 1976, estreando na emissora carioca como autor de "Anjo Mau", um grande sucesso com Susana Vieira e José Wilker encabeçando um grande elenco. Fica sendo o grande autor das 19h da emissora e produz sucessos como: "Locomotivas" em 1977; "Te Contei?" em 1978; "Marrom Glacê" em 1979; "Plumas & Paetês" em 1981; "Elas Por Elas" em 1982; "Champagne" em 1984 (a primeira no horário das 20h); "Ti Ti Ti" em 1986; "Brega & Chique" em 1987; "Que Rei Sou Eu?" em 1989; "Meu Bem, Meu Mal" em 1991 e "O Mapa da Mina" em 1983.

Como ator ele voltou a fazer TV em "Perigosas Peruas" de Carlos Lombardi, levada ao ar em 1992 pela Globo, vivendo um mafioso, mas confessou que não tinha mais jeito e paciência para interpretar.

Cassiano era pai de dois atores: Tato Gabus Mendes e Cássio Gabus Mendes e cunhado do ator Luis Gustavo que viveu o Beto Rockfeller.

Ele morreu vitimado por um enfarto do miocárdio, dias antes da sua última novela, "O Mapa da Mina", terminar no ar. O ator Lima Duarte, um de seus grandes amigos desde os tempos da TV Tupi, fez um discurso emocionado sobre o autor após a exibição da última cena da novela.

Texto: Rodolfo Bonventti (RB)

Fontes e Fotos: Cinemateca Brasileira, IMDB, Wikipedia, Site jeocaz.wordpress.com; www.teledramaturgia.com.br.

domingo, 19 de julho de 2009

Ary Leite - Programa "Viva o Gordo" - 1986




O humorista Ary Leite no programa "Viva o Gordo", de 1986, contracenando com Jô Soares que interpreta o personagem Tavares.

Vídeo postado no Youtube por alemao50

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Margarida Rey




(Santos, São Paulo em 17/01/1922 - Rio de Janeiro em 19/11/1983)

Integrante de importantes companhias dos anos 50, Margarida Rey permaneceu ativa nas transformações ocorridas nos anos 60. Dotada de forte personalidade, atingiu grandes desempenhos em papéis dramáticos e trágicos, seus momentos de maior êxito.

Margarida Rey estreou em "A Rainha Morta", de Henry de Montherland, uma direção de Ziembinski para Os Comediantes, em 1946. No mesmo ano, esteve em um grande sucesso: "Desejo", de Eugene O'Neill. "Volta em Terras do Sem Fim", adaptação de Graça Mello para o romance de Jorge Amado, em 1947.

Junto a Os Artistas Unidos, a atriz participou de dois grandes espetáculos: "Medéia", de Eurípides, e "Uma Rua Chamada Pecado", de Tennessee Williams, ambos dirigidos por Ziembinski, com Henriette Morineau à frente do elenco, em 1948.

Em São Paulo, surgiu ao lado de Madalena Nicol, em "O Homem, a Besta e a Virtude", de Luigi Pirandello, 1951. Contracenando com Nicette Bruno em "De Amor Também Se Morre", em 1952, e, com a Companhia de Delmiro Gonçalves, esteve em duas realizações cheias de ressonâncias: "A Falecida Mrs. Black", de Dinner e Morunr, e "A Ilha das Cabras", de Ugo Betti, encenações de Rubens Petrilli de Aragão, que lhe deram dois prêmios Saci consecutivos.

Em 1954, Margarida Rey foi contratada pelo Teatro Brasileiro de Comédia, TBC, onde fez "Negócios de Estado" e "Cândida", em 1954, e "Santa Marta Fabril S. A.", em 1955.

Saiu do TBC para retornar ao Rio de Janeiro, na Companhia Tônia-Celi-Autran, CTCA, atuando com destaque nas principais montagens da empresa, como "Otelo", de William Shakespeare; "A Viúva Astuciosa", de Carlo Goldoni; "Entre Quatro Paredes" (Huis Clos), de Jean-Paul Sartre, todas em 1956, com novas premiações; "Natal na Praça", de Henri Ghéon, em 1960; e ainda "Calúnia", de Lillian Hellmann; "Seis Personagens à Procura de um Autor", de Luigi Pirandello; "Esses Maridos" e "O Castelo da Suécia", de Françoise Sagan; "Arsênico e Alfazema", de Joseph Kesselring, em 1961.

Em São Paulo, na Companhia Nicette Bruno, interpretou "Oito Mulheres", de Robert Thomas, com direção de Luís de Lima, em 1963. Voltou ao gênero trágico, em 1965, na montagem de "Electra", de Sófocles, ao lado de Glauce Rocha, com o diretor Antônio Abujamra à frente do Grupo Decisão.

Em 1966, Margarida Rey esteve em "Os Físicos", de Dürrenmatt, novamente com Ziembinski e, no ano seguinte, na montagem de "Édipo Rei", direção de Flávio Rangel para a companhia de Paulo Autran. Em 1968, participou de "O Burguês Fidalgo", de Molière, direção de Ademar Guerra para o mesmo conjunto.

Em 1974, ressurgiu ao lado de Miriam Mehler em "Bonitinha, mas Ordinária", de Nelson Rodrigues, uma encenação de Antunes Filho.

Sua interpretação em "A Ilha das Cabras" motivou o crítico Décio de Almeida Prado a comentar: "Margarida Rey tem no drama de Ugo Betti o maior desempenho de sua carreira. Embora contracenando com três bons atores, esmaga-os com sua sobriedade, a sua força autêntica e profunda, a sua impecável dignidade, a sua noção de medida que é calor e não frieza. Margarida sempre foi uma excelente atriz mas ascende agora ao rol, muitíssimo restrito, das grandes atrizes. A sua preocupação, durante muito tempo, será a de manter e não de ultrapassar o nível deste seu desempenho".

Margarida Rey também atuou na televisão e no cinema.

No cinema, estreou em "Alegria de Viver" (1958). Em 1962, protagonizou o filme "Porto das Caixas" (1962). Depois, interpretou a Rainha Maria de Portugal no filme "Os Inconfidentes" (1972)

Na televisão, Margarida Rey esteve nas novelas "Nenhum Homem É Deus" (1969); "Super Plá" (1969); "Bandeira 2" (1971); "O Bofe" (1972); "O Bem-Amado" (1973), onde interpretou a irmã do personagem Zeca Diabo; "Anjo Mau" (1976) e "Sem Lenço, Sem Documento" (1977).

Margarida Rey faleceu no dia 19 de novembro de 1983, no Rio de Janeiro.


Fontes: Sites Itau Cultural; IMDB.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Amaury Alvarez




(São Paulo, 07/11/1951 - Sâo Paulo em 28/11/2003).

O ator, professor e diretor de teatro Amaury Alvarez dirigiu onze peças e atuou em mais de 20, incluindo a premiadíssima "Lembrar é Resistir".

Na televisão, Amaury Alvarez participou de minisséries como "Seu Quequé" e "Paiol Velho" e de novelas como "A Justiça de Deus" e "Meus Filhos, Minha Vida", no SBT, além de vários comerciais.

Os principais trabalhos de Amary Alvarez na televisão e no cinema foram:

"16060" - (1995) (cinema)
"Meus Filhos, Minha Vida" (1984)
"A Justiça de Deus" (1983)
"Paiol Velho" (1982)
"Seu Quequé" (1982)
"Maria Stuart" (1982)
"Renúncia" (1982)
"Partidas Dobradas" (1981)
"Vento do Mar Aberto" (1981)
Eles Não Usam Black-Tie (1981 - cinema) (creditado Amaury Pinto)
"Floradas na Serra" (1981)
"Ainda Agarro Esse Machão" (1975 - cinema)

Amaury foi um dos maiores incentivadores do teatro na cidade Taboão da Serra, em São Paulo, onde trabalhou de 1997 até 2001 como servidor da Secretaria Municipal de Educação e Cultura.

Funcionando desde 1998, a atual Casa da Cultura Amaury Alvarez atende centenas de alunos com cursos gratuitos de: capoeira, karatê, violão, dança, música e teatro.

Como coordenador teatral, Amaury Alvarez ficou em Taboão da Serra de 1997 a 2001. Ajudou a organizar a União Teatral Taboão (UTT) que, pela primeira vez na cidade, uniu atores de diversos grupos com objetivo único. Com o elenco da UTT, Amaury Alvarez dirigiu três peças : "Este Ovo é Um Galo" e "A Morte do Imortal" de Lauro César Muniz, e "A Torre em Concurso" de Joaquim Manoel de Macedo e coordenou o Projeto 4 X Martins Pena. Os prêmios começaram a chegar aos atores taboanenses nos mais diversos festivais. O teatro da cidade foi deixando de ser amador e se profissionalizando.

Faleceu aos 52 anos de idade em 2003. Em 2004, a Casa da Cultura de Taboão da Serra recebeu o nome de Amaury Alvarez, na Secretaria de Educação e Cultura da cidade.

Fontes: Sites O Taboanense; Mofotv; IMDB

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Napoleão Moniz Freire




(Rio de Janeiro em 1928 - Rio de Janeiro em 18/11/1971).

O ator, cenógrafo e figurinista Napoleão Moniz Freire, também é creditado apenas como Moniz Freire.

Formou-se pela Escola Nacional de Engenharia, e, ainda estudante, começou a fazer teatro, no grupo "O Tablado", de Maria Clara Machado.

Como engenheiro estadual foi diretor da Divisão de Parques e Jardins, da Administração Regional de Copacabana e, como diretor da Divisão de Teatro da Secretaria de Educação e Cultura de Guanabara, instituiu o Festival de Teatro Infantil.

Moniz Freire reabriu vários teatros que se encontravam paralisados, por falta de pequenas obras como o João Caetano, no Rio de Janeiro; o Artur Azevedo, em Campo Grande e o Teatro Armando Gonzaga, em Madureira.

"Tio Vania", de Tchecov foi a sua peça de estréia. Depois, fez quase de tudo no teatro: foi figurinista, cenógrafo e empresário.

Napoleão Moniz Freire produziu o "Amante" e "A Coleção", de Pinter e "O Sr. Puntilla e seu Criado Matti", de Brecht e, ainda, "Casa de Bonecas" de Ibsen.

“Pluft, o fantasminha” foi levado pela primeira vez pelo Tablado no Rio de Janeiro, em setembro de1955, com cenário de Napoleão Moniz Freire.

A primeira montagem do texto "Pigmaleoa", de Millôr Fernandes, em 1962, e dirigida por Adolfo Celi, rendeu a Napoleão Moniz Freire o prêmio ABCT (Associação Brasileira de Críticos Teatrais) de Melhor Figurino.

Em 1967, trabalhou na peça "O Sr. Puntila e o Seu Criado Matti", de Bertold Brecht, coincidindo com os 20 anos da morte do autor. Um elenco de nomes que se tornariam famosos - como Ítala Nandi e Thelma Reston - por exemplo, e já veteranos como Jardel Filho e Rosita Thomaz Lopes. Cenários e figurinos de Napoleão Moniz Freire, também no elenco.

Moniz Freire foi responsável pelo cenário de "Um Elefante no Caos", dirigida por Cláudio Corrêa e Castro em 1963, e pelo cenário e figurinos da peça "Tio Vânia", também dirigida por Cláudio Corrêa e Castro em 1965; e "Escola de Mulheres", de 1965.

No cinema, Napoleão Moniz Freire atuou no filme "Cara a Cara", de Júlio Bressane, de 1967.

Ele faleceu após um enfarte momentos antes de encenar "Casa de Bonecas" ao lado de Tonia Carrero.

Fontes: Sites Genealogia Freire; Acervo Klaus Vianna; Millarch; Teatro Guaíra;

sábado, 4 de julho de 2009

Norma Geraldy - "Jogo da Vida" (1981) - Primeiro capítulo




Cena com a atriz Norma Geraldy no primeiro capítulo "Jogo da Vida" exibida pela Rede Globo entre 1981 e 1982.

Vídeo postado no Youtube por pugaman77

Sandro Solviatt - Filme "Os Sete Gatinhos"




Trecho do filme "Os 7 gatinhos", baseado na obra de Nelson Rodrigues.

Vídeo postado no Youtube por boulderdamn