quinta-feira, 30 de julho de 2009

Milton Gaúcho




(Salvador, Bahia em 07/10/1916 - Salvador em 06/01/2005).

O baiano registrado Milton Magalhães nunca soube direito o porque do nome ter se transformado em Milton Gaúcho.

O ator foi um figura emblemática do cinema baiano, pois atuou nele em todas fases a partir do filme "Redenção", lançado em 1959, primeiro longa metragem realizado em Salvador, dirigido por Roberto Pires.

Em 1936, aos 20 anos de idade, Milton Magalhães faz sua estréia em uma missora radiofônica, a Rádio Clube da Bahia (PRF-6). Nesta época, o cinema baiano praticamente não existe, restrito a curtas caseiros. Dessa emissora ele passa para a Rádio Comercial da Bahia, Rádio Transmissora do Rio de Janeiro (ZIN 20), Rádio Mayrink Veiga, a famosa Rádio Nacional, uma de Belo Horizonte, outra de Porto Alegre. E aí surge então o Milton Gaúcho.

No rádio ele vira ator de radionovelas mas ainda encontra tempo para investir no teatro, na direção artística de peças, na ópera, como cantor e até no circo.

No cinema, Milton Gaúcho depois de "Redenção" participa de quase todos as obras cinematográficas realizadas na Bahia. Em "Bahia de Todos os Santos", do paulista Trigueirinho Neto, uma presença discreta mas garantida; em "A Grande Feira", de Roberto Pires ele é o feirante e, logo a seguir, com o mesmo Pires na direção, "Tocaia no Asfalto", no papel do deputado corrupto Pinto Borges.

Outro papel de destaque foi como o guarda civil em "O Pagador de Promessas" (1962), de Anselmo Duarte, uma produção paulista de Oswaldo Massaini toda filmada aqui em Salvador, e que é, até hoje, o único filme brasileiro a ganhar a Palma de Ouro no Festival de Cannes.

A seguir ele foi o coronel malvado de "O Caipora" (1963), de Oscar Santana, e trabalha também em "Sol Sobre a Lama" (1964), dirigido pelo carioca Alex Viany.

Participa também em "O Rio dos Homens sem Medo"; "O Santo Módico"; "Rebelião de Brutos"; "Os Pastores da Noite", de Marcel Camus; "Luar Sobre Parador",de Paul Mazursky, "Caveira My Friend" (1969), de Álvaro Guimarães e "Meteorango Kid, o Herói Intergalático" (1970), de André Luiz Oliveira.

Seus dois últimos trabalhos foram em "Três Histórias da Bahia" e "Eu Me Lembro", recentemente lançado no circuito comercial.

Ele foi também criador do Grupo Bahiano de Cinema e morreu aos 88 anos vítima de um acidente vascular cerebral.

(RB)

Fotos e Informações: IMDB; Site Coisas de Cinema; Folha onLine e Site setarosblog.blogspot.com .





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