sábado, 29 de setembro de 2012

Morre aos 83 anos, Hebe Camargo, um ícone da tv brasileira

Hebe Camargo




(Taubaté, São Paulo, em 08/03/1929 - São Paulo, SP, em 29/09/2012).

A apresentadora, cantora e atriz Hebe Camargo era filha de Ester e Sigesfredo (Fego) Monteiro de Camargo e Hebe teve uma infância humilde.

Na década de 1940, formou, com sua irmã Estela, a dupla caipira Rosalinda e Florisbela. Seguiu na carreira de cantora com apresentações de sambas e boleros em boates até que abandonou a carreira musical para se dedicar mais ao rádio e à televisão.

Hebe Camargo estava no grupo que foi ao porto da cidade de Santos buscar os equipamentos de televisão para a formação da primeira rede brasileira, a TV Tupi. Foi convidada por Assis Chateaubriand para participar da primeira transmissão ao vivo da televisão brasileira, no bairro do Sumaré, em São Paulo, em 1950. No primeiro dia de transmissões da TV Tupi, Hebe Camargo deveria cantar logo no início das transmissões o "Hino da Televisão", mas alegou estar doente e faltou ao evento, sendo substituída por Lolita Rodrigues.

Durante muito tempo Hebe Camargo e Lolita Rodrigues, que são amigas desde aquela época, não admitiram se Hebe deixou de cantar o Hino porque estava doente ou se foi por causa de um encontro amoroso. No programa "Irritando Fernanda Young", exibido no dia 30 de dezembro de 2007 pelo canal pago GNT, Hebe revelou ter ido acompanhar seu namorado na época numa cerimônia, onde ele seria promovido, no Teatro Cultura Artística.

O programa "Rancho Alegre" (1950) foi um dos primeiros programas em que Hebe participou na TV Tupi, Canal 3, de São Paulo. Hebe fez um dueto com o cantor Ivon Curi, sentada em um balanço de parquinho infantil. Essas imagens estão gravadas em filme e são consideradas relíquias da televisão brasileira, uma vez que o videotape ainda não existia e na época não se guardava a programação em acervos.

A estréia na TV ocorreu, em 1955, no primeiro programa feminino da TV brasileira, "O Mundo é das Mulheres", onde chegou a apresentar cinco programas por semana.

Em 10 de abril de 1966, fai ao ar, pela primeira vez, o programa dominical de Hebe Camargo, pela TV Record (Canal 7 de São Paulo). O programa a consagrou como entrevistadora e ela se tornou líder absoluta de audiência, acompanhada do músico Caçulinha e seu Regional.

Durante a Jovem Guarda, Hebe deu espaço a novos talentos, como Roberto Carlos, Martinha, Wanderléa e Ronnie Von, a quem apelidou de Príncipe.

Logo depois, a apresentadora Cidinha Campos foi ajudar Hebe Camargo nas entrevistas. Hebe também arranjava tempo para o seu programa diário na Jovem Pan - Rádio Panamericana.

Hebe passou por quase todas as emissoras de TV do Brasil, entre elas a Record e a Bandeirantes, nas décadas de 1970 e 1980.

De 1986 a 2010, Hebe eseve no SBT, onde apresentou três programas: "Hebe"; "Hebe por Elas" e "Fora do Ar", além de participar do Teleton e em especiais humorísticos, como "Romeu e Julieta", em que contracenou com Ronald Golias e Nair Bello, já falecidos e que foram grandes amigos da apresentadora.

Em 1995, a gravadora EMI lançou um CD com os maiores sucessos de Hebe e em 1999 ela voltou a lançar um CD.

Em 22 de abril de 2006, Hebe Camargo comemorou o 1.000º programa pelo SBT.

Além da carreira de apresentadora e cantora, Hebe atuou em alguns filmes e foi convidada especial de telenovelas e programas humorísticos.

No cinema, Hebe Camargo participou dos filmes "Xuxa e o Mistério de Feiurinha" (2009); "Coisa de Mulher" (2005); "Zé do Periquito" (1960); "Liana, A Pecadora" (1951) e "Quase no Céu" (1949).

Na televisão, participou também da novela "Amigas e Rivais" (SBT- 2007); "Romeu e Julieta Versão 3" (SBT - 2001); "Escolinha do Golias" (SBT-1995); "Romeu e Julieta Versão 2" (SBT -1990); novelas "Cavalo Amarelo" (Band - 1980); "O Profeta" (TV Tupi- 1978); "As Pupilas do Senhor Reitor" (Record - 1970); "Romeu e Julieta Versão 1" (TV Record - 1968).

Hebe Camargo foi casada por duas vezes, a primeira com Décio Capuano e a segunda com Lelio Ravagnani e teve um filho com o primeiro marido, Marcelo.

Em janeiro de 2010, logo depois de retornar dos festejos do réveillon com um grupo de amigos em Miami, a apresentadora submeteu- se a exames para checar a razão de um mal-estar de que vinha se queixando desde a véspera do Ano-Novo. Uma tomografia indicou a presença de nódulos em seu abdômen e Hebe ouviu dos médicos o diagnóstico impactante: ela tem câncer. Mais precisamente, um tumor disseminado pelo peritônio, membrana que envolve os órgãos abdominais. Na semana seguinte, já enfrentava a primeira das seis sessões de quimioterapia previstas como tratamento. A velocidade dos fatos atordoou fãs, parentes e amigos da apresentadora — Hebe, afinal, esbanjava vitalidade aos 80 anos.

Com seu estilo franco e sempre antenada, ela nunca deixou de criticar os políticos e a corrupção e de distribuir selinhos, que se tornaram sua grande marca.

Ela foi para a Rede TV, onde estreou em grande estilo, em 2011, mas teve muitos problemas na emissora. Ficou sem receber por vários meses e o programa não conseguiu lhe dar o sucesso que ela havia conseguido nas outras emissoras.

Em 2012, Hebe também teve o agravamento do seu estado de saúde e após romper seu contrato, que ia até dezembro, com a Rede TV, recebeu um convite do próprio Silvio Santos para voltar ao SBT. Seu retorno aconteceria no Teleton.

Hebe morreu aos 83 anos, vitimada por uma parada cardíaca enquanto dormia, no início da manhã deste sábado, 29 de setembro de 2012.

O velório desse ícone da televisão brasileira foi realizado no Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo de São Paulo, no Morumbi. O corpo da apresentadora, cantora e atriz chegou ao Palácio carregado pela Guarda de Honra da Polícia Militar de São Paulo.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Ted Boy Marino




(Fuscaldo Marina, Italia, em 18/10/1939 - Rio de Janeiro em 27/09/2012).

Mário Marino, conhecido como Ted Boy Marino, nasceu em Fuscaldo Marina, Itália, em 1939. É um ex-ator, apresentador e lutador de luta livre ítalo-brasileiro.

Ele veio para Buenos Aires em 1953, no porão de um navio, aos 12 anos de idade, junto com os pais e mais 5 irmãos.

Trabalhava como sapateiro em Buenos Aires, mas aproveitava o tempo livre para treinar luta livre e praticar halterofilismo.

Em 1962, Ted Boy Marino já estava participando de programas de Telecatch nos canais 9 de Buenos Aires e 12 de Montevidéu.

Em 1965, Marino chegou ao Brasil. Pouco tempo depois, foi contratado como lutador de Telecatch pela TV Excelsior, onde fez grande sucesso.

Nos ringues de luta-livre, ele derrotava vilões como Aquiles, Verdugo, Rasputim, Barba Negra e Múmia.

Nessa época, também participou do programa "Os Adoráveis Trapalhões", pela mesma TV Excelsior. A diretoria da emissora mandou Wilton Franco (diretor) fazer um programa com ele e mais o cantor Wanderley Cardoso, ídolo da juventude. Contudo, Wilton precisava de alguém para segurar o texto e escolheu para isto o cantor Ivon Cury, além de escalar Renato Aragão, para fazer o público rir. Daí surgiu o quarteto, cujo programa atingia entre 50 e 60 pontos de ibope.

Em 1968, Renato Aragão e Ted Boy Marino estrelaram o filme "Dois na Lona", no qual Ted vive um lutador que disputa o campeonato brasileiro e enfrenta na final o sanguinário Lobo (vivido por Roberto Guilherme, que até hoje trabalha nos programas de Aragão).

Na TV Globo, Ted Boy Marino participou de quatro programas que apareciam quase que diariamente na telinha. De segunda a sexta tinha o Sessão Zás Trás, na parte da tarde, onde apresentava desenhos animados. De segunda a sexta, antes do Jornal Nacional, entrava a novelinha "Orion IV x Ted Boy Marino", onde o protagonista combatia vilões. Nas terças, era a vez do "Oh! Que Delícia de Show", um programa de variedades onde Marino apresentava cantores e números circenses em companhia da atriz Célia Biar. Já aos sábados era exibido o Telecatch, no horário nobre das 9 às 10 da noite e também aos domingos (em São Paulo, ao vivo).

A partir da década de 1980, com o declínio do gênero Telecatch, Marino atuou como coadjuvante no programa "Os Trapalhões", geralmente no papel de vilão, além de fazer pontas em programas humorísticos como a "Escolinha do Professor Raimundo". Também se apresentou em clubes e teatros do interior.

Aposentado e morando no Rio de Janeiro, no bairro do Leme, ele frequentemente podia ser visto na orla na altura do Restaurante Mariu's com seus amigos do Vôlei de Praia.

Ted Boy Marino era um crítico dos programas de MMA e não gostava de ver o telecatch que praticou comparado com essas lutas de agora. Segundo ele, "não sou como o Anderson Silva, que movimentou o Brasil todo com essa luta agressiva. Aquilo é coisa para bandido, pô! É matar ou morrer, cheio de violência. Eles dão soco na cara, cotovelada, joelhada... O que é isso"'.

O ex-atleta da luta livre e ex-ator não resistiu a uma cirurgia de emergência realizada no Hospital Pró-Cardíaco, no bairro de Botafogo, e sofreu uma parada cardíaca. Ele havia dado entrada no hospital na manhã do mesmo dia com insuficiência vascular aguda. A gravidade do estado do ex-astro da luta livre brasileira obrigou a equipe médica a iniciar uma cirurgia de emergência. Entretanto, a tentativa de salvá-lo foi em vão, em virtude da parada cardíaca.

Filmografia:
1983 - Os Três Palhaços e o Menino
1982 - Os Paspalhões em Pinóquio 2000
1968 - Dois na Lona

Fontes: Sites Wikipédia, Milton Neves, Revista IstoÉ

José Velloni




(São Paulo em 1927 - São Paulo em 2001)

O ator José Velloni se dedicou basicamente ao cinema nacional, onde participou de 13 filmes, dos quais nove foram com Mazzaropi.

A estréia aconteceu em "Uma Pistola Para D'Jeca" em 1969 e depois, com Mazzaropi, ele faria também "Betão Ronca Ferro"; "O Grande Xerife"; "O Jeca Macumbeiro"; "O Jeca Contra o Capeta"; "Jecão, um Fofoqueiro no Céu"; "O Jeca e seu Filho Preto"; "A Banda das Velhas Virgens" e "Jeca e a Égua Milagrosa", que seria o último filme de Mazzaropi.

O último trabalho do ator foi o filme "Conflito em San Diego", um faroeste caboclo de 1982.

(RB)

John Doo




(Chung King, China, 1942 - São Paulo, SP, 02/02/2012)

Chien Lien Tu, mais conhecido como John Doo, nasceu em Chung King, China, em 1942, foi cineasta, roteirista, ator e produtor de cinema sino-brasileiro.

Doo veio para o Brasil ainda criança, acompanhando os pais fugitivos da China comunista. Aventureiro e cheio de segredos, chegou ao cinema paulista depois de trabalhar como motorista de limusine, tintureiro e desenhista.

Seu primeiro filme, "Ninfas Diabólicas" (1977), foi um grande sucesso de bilheteria, surpreendendo pela qualidade da direção e ousadia no tratamento de um tema fantástico e violento.

"Ninfas Diabólicas", foi co-escrito por Ody Fraga e fotografado por Ozualdo Candeias. Nele, Sérgio Hingst interpretava o executivo Rodrigo que dá carona a duas jovens estudantes, Úrsula e Circe (interpretadas pelas estreantes Aldine Müller e Patrícia Scalvi) e acaba se envolvendo com elas, não conseguindo impedir que Circe mate Úrsula por ciúmes. Ele foge de carro com Circe, mas a assassina começa a dizer coisas sem sentido, seguidas da aparição repentina da morta no banco de trás. Rodrigo se assusta, e seu o automóvel cai numa ribanceira, matando-o. Então, as duas moças saem do carro, recompostas, como duas jovens estudantes, para pedir mais uma carona a algum homem solitário na estrada.

O filme é um dos mais lembrados da Boca do Lixo, embora não tenha sido comercializado posteriormente em VHS, e nem sequer exibido na televisão. O próprio cineasta, ao ser entrevistado, afirma não saber onde se podem encontrar os negativos do filme.

Em 1979, ao realizar um de seus filmes mais ambiciosos, "Uma Estranha História de Amor", Doo fez um filme carregado de ideias sobre paranormalidade e reencarnação, aproximando-se da obra de Garret.

Além de "Ninfas Diabólicas", fez outros filmes incensados à aura cult, como "O Gafanhoto", episódio de "Pornô!", e, principalmente, "O Pasteleiro", episódio de "Aqui, Tarados!".

No ano de 1981, o jovem publicitário paulista Jair Correia, diretor recém chegado à Boca do Lixo, estreou no cinema de longa metragem com "Duas Estranhas Mulheres", filme escrito por ele e por Leila Maria Bueno, que misturava erotismo com histórias de duplos assustadores e premonições malignas. Dividido em dois episódios, "Duas Estranhas Mulheres" começava com o média-metragem "Diana", estrelado por Hélio Portho e Patrícia Scalvi. Já o segundo episódio do filme, "Eva", estrelado por John Doo e Zélia Diniz, tratava do tema das premonições malignas e das trocas de personalidade ao contar a história de “China” (Doo), um homem que um dia acorda com a feição de outro, que fora vítima de um acidente de carro.

Sua melhor personificação como ator é como "O Pasteleiro", de David Cardoso. Nele, faz o serial killer de maneira bem perturbadora, justamente por unir o psicótico e zombador.

O que seria um filme comum de exploração ganha outros contornos quando os talentos do roteirista Ody Fraga, do diretor David Cardoso, da dupla de atores Doo/Taddei e do técnico em efeitos especiais Darcy Silva entram em cena para representar um conto de fadas macabro que se revela um estudo sobre o assassinato em série e as perversões sexuais. O filme possuía uma estrutura narrativa e uma coleção de imagens chocantes que denotavam uma impressionante compreensão do gênero e, ao mesmo tempo, objetividade e concisão narrativa.

O mais curioso sobre "O Pasteleiro", no entanto, é que, em sua época, o filme passou despercebido pela crítica, e apenas nos anos 2000, quando foi redescoberto, passou a ser tratado como a exceção que é em comparação com todos os outros filmes de horror realizados por diretores da Boca do Lixo.

Era um diretor que não tinha medo de arriscar dentro de um mercado um tanto fechado a ousadias, como o da Boca do Lixo: filmes enigmáticos, macabros e extremamente inventivos. Isso tudo, claro, dentro do esquema requisitado, com nudez e insinuação sexual, sempre usado a seu favor, fosse para galhofa, ou para dar um maior tom de aflição nos espectadores.

Foi também ativo ator na Boca, trabalhando com emblemáticos diretores, como José Miziara, Antonio Meliande, Ody Fraga (habitual roteirista de Doo), Jean Garret, Carlão Reichenbach e Guilherme de Almeida Prado. Com esse último, fez "A Dama do Cine Shanghai", no papel do dono do Chuang Tzu, restaurante que serve de ponto de encontro para os protagonistas, e como fotógrafo do casamento. É um filme-síntese da forma de Doo se expressar: dosa sua atuação entre o irreverente e o sinistro/macabro, assim como fazia em seus filmes enquanto diretor.

Em 1982, Doo ainda participou da produção independente "Delírios Eróticos"– em parceria com Waldir Kopesky e com o desconhecido Peter Ivan Joséf Racz – filme que, curiosamente, continha três curtas-metragens diferentes abordando o tema das mulheres monstruosas ou vingadoras. O segmento de Kopesky chamava-se "Sussurros e Gemidos" e foi estrelado por Fabio Vialonga e Rosângela Gomes, com roteiro de Doo. O episódio de Doo, mais distante do horror, estrelado por Lia Furlin e Arlindo Barreto, chamava-se "Amor por Telepatia".

"O Gafanhoto" é hoje, talvez, um dos filmes mais cults da Boca, por aproximar o universo fantástico e macabro para a produção erótica, somado ao bizarrismo da já famosa cena de sexo entre um gafanhoto e uma mulher.

Pouco se noticiou a respeito da morte de John, acontecida em fevereiro de 2012. Doo, afastado do cinema desde o final dos anos 1980, estava em coma desde 2009, por conta de um acidente vascular.

Fontes> Sites abraccine.wordpress; Banco de Conteúdos Culturais, IMDB.

Mara di Carlo




(Sorocaba, SP, 05/12/1935 - Sorocaba, SP, em 1996)

A atriz e dubladora Teresinha Amélia Pezzodipane, que adotou o nome artístico Mara di Carlo, nasceu em Sorocaba, São Paulo, no dia 5 de Dezembro de 1935.

Começou a carreira no cinema em 1955 no filme "Carnaval Em Lá Maior". Depois, fez "Eva no Brasil" e "A Família Boaventura" (1956), "Sherlock de Araque" (1957), "Matemática Zero, Amor Dez" e "O Camelô da Rua Larga", ambos em 1958, "Um Caso de Polícia e Eu Sou o Tal", ambos em 1959, "A Viúva Valentina" e "Cala a Boca, Etelvina", ambos de 1960, "A Desforra" (1967), dentre outros.

Na televisão, fez na TV Bandeirantes, em 1968, a novela "Nunca é Tarde Demais", ao lado dos também dubladores Líria Marçal, José Miziara e Aldo César.

Começou a carreira de dubladora no início dos anos de 1960 na CineCastro, tendo também trabalhado na Televox, Telecine e Herbert Richers.

Entre seus trabalhos como dubladora estão a a inocente Melody em "Josie e As Gatinhas", Dedé em Clue Club, Heckett em A Princesa e o Cavaleiro (CineCastro e Televox). Em filmes, Mara di Carlo fez Terry Gionoffrio interpretada por Angela Dorian em "O Bebê de Rosemary", Senhora Gruen interpretada por Georgann Johnson em "Encontro Às Escuras", entre outros.

Uma curiosidade é que Mara ficou muito conhecida pela dublagem característica que fez na personagem Melody em Josie e As Gatinhas. Por essa razão, sempre era chamada para dubla-la em outras versões do desenho, apesar de não ter dublado a Melody nas outras aparição da turma. Em "Josie e As Gatinhas no Espaço" fez a Alexandra e na aparição de Josie e As Gatinhas em Os Novos Filmes de Scooby-Doo fez a Valéria.

Mara não foi uma dubladora tão constante assim, apesar de ter sido dubladora por quase 30 anos, em razão de sua intensa carreira de atriz em filmes e em produções de televisão, tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro.


Trabalhos como dubladora:

- Melody em Josie e As Gatinhas
- Alexandra em Josie e As Gatinhas no Espaço
- Dedé em Clue Club
- Sandra em Cachorro Quente
- Valéria em Josie e As Gatinhas em Os Novos Filmes de Scooby-Doo
- Mãe do Denis (primeira voz) em Denis o Pimentinha
- Heckett (segunda voz) em A Princesa e o Cavaleiro (CineCastro e Televox)
- Terry Gionoffrio (Angela Dorian) em O Bebê de Rosamary
- Sra. Gruen (Georgann Johnson) em Encontro Às Escuras
- Virginia (Marcia Reider) em Footloose - Ritmo Louco
- Caroline Lake Quiner Ingalls (Karen Grassle) em Os Pioneiros
- Sra. Sherman (Colleen Dewhurst) em O Garoto Que Podia Voar
- Terry, a Dançarina (Claire Bloom) em Luzes da Ribalta
- Patricia Pemberton "Pat" (Katharine Hepburn) em A Mulher Absoluta

Principais trabalhos como atriz:

1968 Nunca é tarde demais
1967 A Desforra
1960 A Viúva Valentina
1960 Cala a Boca, Etelvina
1959 Eu Sou o Tal
1959 Um Caso de Polícia
1958 O Camelô da Rua Larga
1958 Matemática Zero, Amor Dez
1957 Sherlock de Araque
1956 A Família Boaventura - série de televisão
1956 Eva no Brasil
1955 Carnaval em Lá Maior

Mara di Carlo faleceu em 1996, deixando um legado de belos trabalhos tanto para o cinema como para a televisão e a dublagem.


Fontes: Site Casa da Dublagem, Banco de Conteúdos Culturais.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Abrahão Farc




(São Paulo em 28/07/1937 - São Paulo em 24/09/2012).

O verdadeiro nome de Abrahão Farc era Abram Jacob Szafarc.

Ele foi ator de cinema, teatro e televisão, tendo trabalhado em quase todas as emissoras paulistanas.

Começou no cinema onde apareceu pela primeira vez no filme "As Amorosas" de Wálter Hugo Khouri. Em seguida fez "A Mulher de Todos" e "Em Cada Coração um Punhal".

O personagem Padre Rozendo de "O Meu Pé de Laranja Lima", em 1970, na TV Tupi, marcou a sua estréia na televisão. Ficou na TV Tupi de 1970 até o fechamento da emissora, em 1980, e fez vários trabalhos marcantes.

Na TV, atuou em :
2007 Sete Pecados - Slias
2002 Marisol (SBT) - Dr. Heitor
1999 Força de um Desejo - Padre Olinto
1998 A história de Ester (Rede Record) - Abner
1991 Salomé - Albino
1990 Mico Preto - Juca
1988 Vida Nova - Abrahão
1986 Tudo ou Nada (Rede Manchete) - Salomão
1986 Dona Beija (Rede Manchete) - Coronel Paulo Sampaio
1985 De quina pra Lua - Moshe
1984 Livre para voar - Lau
1984 Meu destino é pecar - Saul
1983 Moinhos de Vento
1982 Campeão (Rede Bandeirantes) - Matias
1982 Os imigrantes - terceira geração (Rede Bandeirantes) - Domingues
1982 Avenida Paulista - Artur
1982 O coronel e o lobisomem (TV Cultura) - Padre Malaquias de Azevedo
1981 Partidas Dobradas (TV Cultura) - Hermano
1981 O fiel e a pedra (TV Cultura)
1980 Dulcinéa vai à guerra (Rede Bandeirantes) - Eugênio
1979 Gaivotas (Rede Tupi) - Júlio
1977 O Profeta (Rede Tupi) - Piragibe
1976 O Julgamento (Rede Tupi) - Procópio
1976 Xeque-Mate (Rede Tupi) - Salomão
1975 A Viagem (Rede Tupi) - Tibério
1975 Ovelha negra (Rede Tupi) - Vital
1974 Ídolo de Pano (Rede Tupi) - Guilherme
1974 O Machão (Rede Tupi) - Calixto
1973 Mulheres de Areia (Rede Tupi) - Marujo
1972 Camomila e bem-me-quer (Rede Tupi) - Lula:
1972 Bel Amy (Rede Tupi)
1972 Na idade do lobo (Rede Tupi)
1971 Nossa filha Gabriela (Rede Tupi) - Romeu
1970 Meu pé de laranja lima (Rede Tupi) - Padre Rozendo

Fez muito cinema também atuando, entre outros, em: "Tiradentes, o Mártir da Independência"; "Excitação"; "O Estripador de Mulheres"; "Ato de Violência"; "Vera"; "Alma Corsária" e "Cafundó".

Abrahão é bastante atuante no teatro, tendo participado, dentre outras, nas peças "Pequenos Burgueses"; Tambores na noite" (1972); "Equus" (1975); " Jardim das Cerejeiras" (2006); "O Escrivão" (2006) e "Anna Weiss" (2006).

Abrahão Farc em 2009 participou da novela "Revelação" no SBT e em 2011 do curta-metragem "A Grande Viagem".

Ele teve uma queda recentemente e ao se hospitalizar descobriu um tumor no intestino. O ator estava internado a três semanas e teve uma infecção generalizada que o levou à morte.

Fontes: Wikipédia, IMdB, Site Iolanda Huzak

Abrahão Farc em A Viagem na TV Tupi




O ator Abrahão Farc, falecido nesta segunda contracenando com a saudosa Lucia Lambertini em 1975.

Morreu aos 75 anos, em São Paulo, o ator Abrahão Farc

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Morreu na madrugada desta segunda-feira, 24 de setembro, o ator paulistano Abrahão Farc, aos 75 anos. Ele estava internado há três semanas com um tumor no intestino e teve falência múltipla de órgãos.

O corpo do ator foi enterrado na própria segunda no Cemitério Israelita do Butantã. Nascido Abram Jacob Szafarc, ele foi presença constante nos palcos brasileiros e nas nossas novelas e minisséries.

No teatro participou de montagens famosas como "Pequenos Burgueses"; "Tambores na Noite"; "A Visita da Velha Senhora"; "Equus"; "Jardim das Cerejeiras" e "O Escrivão".

Fez novelas e minisséries em quase todas as emissoras, entre elas as primeiras versões de "Meu Pé de Laranja Lima", "Mulheres de Areia" e "A Viagem" na TV Tupi. Tambem esteve na Globo em "Vida Nova"; "Mico Preto"; "Salomé"; "Malhação"; "Força de um Desejo" e "Sete Pecados". No SBT participou de "Marisol" e "Revelação" e na Bandeirantes fez "Os Imigrantes" e "Campeão". Também atuou na extinta TV Manchete em "Dona Beija" e em vários teleteatros na TV Cultura.

No cinema marcou presença em "A Mulher de Todos"; "Bang Bang"; "Cada Um Dá o Que Tem"; "O Mulherengo"; "Ato de Violência"; ""Nem Tudo é Verdade"; "Vera"; "Alma Corsária"; "Nina"; "Cafundó" e "O Ano em que meus pais saíram de férias", vivendo o personagem Anatol.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Barbosa Júnior




(Rio de Janeiro, RJ, 17/05/1897 - Rio de Janeiro, 21/05/1965)

O radialista, cantor, ator e humorista Arthur Barbosa Júnior, conhecido como Barbosa Júnio, nasceu no Rio de Janeiro.

Apelidade de “Tutu”, teve seis irmãos e desde pequeno tomava parte em espetáculos organizados em sua casa.

Atuou como ator no teatro e cinema e compositor.

Era irmão do cantor e compositor Luís Barbosa (Rio de Janeiro, 07/07/1910 - 08/10/1938) e do compositor Paulo Barbosa (Rio de Janeiro, 29/04/1900 - 04/12/1955) .

Na década de 20, Barbosa Júnior estreou no teatro, levado pelas mãos de Aprígio de Oliveira, interpretando um bêbado. Depois, Barbosa Júnior trabalhou nas companhias de Jayme Costa, Iracema Alencar e Leopoldo Fróes, dentre outras.

Em 1933, o locutor César Ladeira convidou-o para fazer programas na Rádio Mayrink Veiga, onde permaneceu até 1941, ano em que foi para a Rádio Nacional. Alcançou muito sucesso principalmente como humorista de rádio.

Na Rádio Mayrink, Barbosa Júnior teve o famoso programa infantil “Picolino”. Barbosa (ou Brabosa, como chamava a si próprio) criou uma linguagem original: quecatrai (um quê que atrai), dequeoquê (de que cor que é) e o longo “heeeeim!” característico.

Sua grande parceira em programas foi a atriz Ismênia dos Santos.

Trabalhou em vários filmes e também em programas de televisão.

Filmografia:

1964 Sangue na Madrugada

1956 Quem Sabe, Sabe!

1953 Com a Mão na Massa - Cornélio

1952 Está com Tudo

1940 Laranja-da-China - Ferdinando Flores

1940 O Simpático Jeremias - Jeremias

1939 Banana-da-Terra

1937 Samba da Vida

1936 João Ninguém

1936 Caçando Feras

1936 Alô Alô Carnaval

1935 Estudantes - Flores

1935 Alô, Alô, Brasil


Estreou em discos gravando pela Odeon, em 1934, a marcha Dona Helena (Ary Barroso e Nássara) e o intermezzo Cavalhada franciscana (Ary Barroso).

Era considerado um dos melhores amigos de Carmen Miranda no meio artístico, a tal ponto que, na volta da Pequena Notável ao Rio em 1954, ele foi um dos primeiros a encontrá-la e a saudá-la.

Lançou as seguintes canções com Carmen: Casaquinho de tricô (Paulo Barbosa), Quem é? (Custódio Mesquita e Joraci Camargo), Que baixo (Milton Amaral), A Pensão da Dona Stella (Paulo Barbosa e Osvaldo Santiago), Blague-blague (G. Filho e J. de Araújo) e Ginga-ginga.

Faleceu no Rio de Janeiro em 21 de maio de 1965, aos 68 anos, sendo enterrado no Cemitério S. João Batista.


Fontes: Sites Cifra Antiga, Banco de Conteúdos Culturais

Arnaldo Amaral




(Rio de Janeiro, RJ, 05/08/1912 - Rio de Janeiro em 1985)

Arnaldo Augusto do Amaral Filho, conhecido como Arnaldo Amaral foi cantor, ator, locutor e produtor.

Nascido no Rio de Janeiro em 05 de agosto de 1912, foi muito conhecido também por sua boêmia. Sua história começou ainda jovem ao fazer apresentações para o público na Rádio Guanabara. Arnaldo teve como padrinho artístico o também radialista Cristóvão de Alencar e não demorou para apresentar-se em um dos mais conceituados programa da época " Programa Casé, na Rádio Philips".

Sua primeira gravação aconteceu em 1933, interpretando "Fita meus olhos" (samba de Cartola e de Osvaldo Vasques) e "Por que será", parceria de Buci Moreira e Osvaldo Vasques.

Em 1935 faz sucesso com Vou fazer uma pergunta (Cristóvão de Alencar e Nássara). Nesse mesmo ano, assinou contrato com a Rádio Cruzeiro do Sul onde permaneceu até 1938.

Na área de locução, Arnaldo Amaral revelou nomes como Américo Vilhena, Oswaldo Sargenteli, Walter e Décio Luiz. Encerrou sua carreira como diretor da Rádio Mundial.

Arnaldo Amaral teve uma passagem bem marcante no rádio como locutor esportivo.

Como cantor, suas últimas gravações foram: Conversa de siri e Do mundo nada se leva, ambas de 1943. Em 1945 gravou Apaguei o nome dela, Nosso presidente continua.

No final de sua carreira, como cantor, chegou a se apresentar no famoso Avenida Danças, em São Paulo.

Como ator, Arnaldo Amaral teve as seguintes atuações:

1944 Abacaxi Azul

1941 Entra na Farra

1940 Cisne branco

1940 Laranja-da-China

1940 Céu azul

1940 E o Circo Chegou

1940 O Simpático Jeremias

1939 Futebol em Família

1936 Bonequinha de Seda

Em 1946, Arnaldo Amaral resolveu parar de cantar e seguiu com a carreira de radialista, tornando-se locutor e produtor de programas na Rádio Clube. Atuou, ainda, como locutor esportivo. Sua produção radiofônica mais famosa foi o programa "Pescador de estrelas", onde foram revelados nomes como Zezé Gonzaga, Jamelão, Ângela Maria, Dóris Monteiro, Norma Suely, Altamiro Carrilho, Miriam de Souza, Alaíde Costa, Marisa, Dalva de Andrade, Ellen de Lima, Humberto Martins, Marilena Cairo e os locutores Jair Amorim, Oswaldo Sargenteli, Américo Vilhena, Décio Luiz e Walter Luiz.

Encerrou sua carreira como diretor da Rádio Mundial, antiga Rádio Clube.

Fontes: Sites IMDB; BCC; Dicionário da MPB

Saint-Clair Lopes




(Rio de Janeiro - RJ, 1906 - Rio de Janeiro - RJ, 06/03/1980)

O ator, bacharel em Direito, radialista e professor Saint-Clair da Cunha Lopes, conhecido como Saint-Clair Lopes, nasceu no Rio de Janeiro em 1906.

Bacharel em Direito, lecionou na Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil e na PUC, como professor de radio - jornalismo.

O início de sua carreira no rádio foi como locutor, em 1937, por meio de concurso promovido por Renato Murce na antiga Rádio Philips. Depois de algum tempo passou para a locução da Rádio Educadora do Brasil, onde exerceu toda a espécie de atividades, tendo como companheiro outro destacado radialista: Luiz Vassalo.

Em 1939, Luiz Vassalo se transferiu para a Rádio Transmissora, pertencente a RCA, e Saint-Clair foi para a Rádio Nacional, levado por Celso Guimarães. Nos 33 anos que atuou na emissora, atuou como locutor, animador, apresentador e produtor de programas.

Saint-Clair Lopes participou do elenco da primeira novela "Em busca da Felicidade" e, em 1951, na novela "Direito de Nascer", no papel de D. Rafael de Juncal.

Atuou também no seriado "O Sombra" que esteve no ar durante seis anos.

Ainda no Rádio, Saint-Clair Lopes participou da coletânea de histórias extraídas da vida real e dramatizadas pelos melhores autores de novelas como Raimundo Lopes, Ghiaroni, Haroldo Barbosa e José Roberto Penteado. As histórias eram, por sua vez, interpretadas pelos melhores atores do cast da Rádio Nacional, dentre eles Rodolfo Mayer, Saint Clair Lopes, Celso Guimarães, Roberto Faissal, Mário Brasini, Mário Lago, Nélio Pinheiro, Alvaro Aguiar, Domício Costa, e, dentre as mulheres, Isis de Oliveira, Amélia de Oliveira, Henriqueta Brieba, Graziela Ramalho, Alda Verona e Olga Nobre. As histórias eram narradas por um personagem principal e por isso a maioria delas tem nome de pessoas. Quase todas começavam com "Meu nome é...ou Eu me chamo..." e em seguida iniciava a narração do seu drama. "Atire a Primeira Pedra" é o precursor do sucesso do programa "Você Decide", exibido pela Rede Globo, uma vez que todas as histórias terminam convidando o ouvinte a julgar a decisão tomada pelo personagem. Naquela época, era impossível conseguir uma decisão, no momento da irradiação, daí o autor tomar uma das decisões possíveis e concitar o ouvinte que não concordasse com ela a..." atirar a primeira pedra...".

No cinema, Saint-Clair Lopes atuou nos longa metragens "Argila" (1940) e "Asas do Brasil" (1947).

Saint-Clair morreu aos 73 anos de idade no dia 06 de março de 1980, no Rio de Janeiro.

Fonte: Site de Ivan Dornelles; IMDB; BCC, Collector´s.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Miguel Carrano




(Curitiba, Paraná, em 1939 - Curitiba em 31/05/1987).

Ele se destacou no cinema, na televisão e no teatro. A estréia foi no cinema com "Garota Enxuta" em 1959 e depois fez "Dona Xepa".

Foi para a TV Globo onde fez as novelas "Rosa Rebelde" e "Irmãos Coragem".

Mas foi no cinema que Miguel Carrano conquistou o público fazendo nove filmes na década de 1970, entre eles "A Filha de Madame Bettina"; "Um Edifício Chamado 200"; "Banana Mecânica"; "As Loucuras de um Sedutor" e "Sábado Alucinante".

Ainda no cinema, Miguel participou de "Tudo Acontece em Copacabana"; "Uma Marciano em Minha Cama"; "Estranho Jogo do Sexo" e "Mulheres Insaciáveis", o último filme realizado em 1984.

Miguel Carrano morreu vítima de AIDS no Hospital de Clínicas de Curitiba, quando estava em turnê com o espetáculo "Brasil em Cadeira de Rodas".

(RB).